Foto: Marcio Machado
[ in Engenhão ]
Vença o Fluminense, vença o Botafogo,
ao que tudo indica teremos hoje,
inaugurando o belo Engenhão,
uma festa inesquecível:
marcarei presença,
naturalmente.
BALAIO PORRETA 1986
nº 2049
Rio, 30 de junho de 2007
MEMÓRIA TRICOLOR
Moacy Cirne
[ in Cinema Pax. Rio/Natal, 1983 ]
nos idos de 54
um suicídio abalava o país
e a criança que eu era
só tinha olhos para
os filmes de carlitos
os gibis do fantasma
e o fluminense de
castilho
píndaro
e pinheiro.
nos idos de 54
um suicídio abalava o país.
A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
666 livros inesquecíveis (22a / 111)
O profeta tricolor, de Nelson Rodrigues. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 236p. [] Coletânea das melhores crônicas do genial dramaturgo voltadas pra uma de suas grandes paixões: o Fluminense. Há crônicas verdadeiramente mágicas: A grande noite do ceguinho, Sejamos docemente barrigudos, A incomparável torcida tricolor, A mais doce vitória da terra, A vitória estava escrita há seis mil anos, Chega de humildade, Momento de eternidade, Duelo de paixões, A volta do profeta. Enfim, um livro maravilhoso. E não só para os tricolores.
Botafogo entre o céu e o inferno, de Sérgio Augusto. Rio de Janeiro, 2004, 256p. [] Obra indispensável para aqueles que amam o alvinegro carioca, mas também para todos aqueles que amam o futebol sem preconceitos clubísticos. Com a marca inconfundível do jornalista Sérgio Augusto, há capítulos brilhantes: Cabeça e coração, Petulâncias alvinegras, Estrela solitária, Gilda!, Um cão e um passarinho. Só não entendemos uma coisa: a bigamia do gaúcho Luís Fernando Veríssimo, ao mesmo tempo apaixonado pelo Internacional e pelo Botafogo.
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Quando o Tricolor parecia uma piada, o bom Haroldo [Barbosa] piscou o olho para o Marcelo Soares de Moura : - 'Este é o ano [1969] do Fluminense!'. E do seu olhar vazava luz". (Nelson Rodrigues, in O profeta tricolor, p.162)
O Botafogo é o clube mais passional, mais siciliano, mais calabrês do futebol brasileiro. (Nelson Rodrigues, citado por Sérgio Augusto, in Botafogo entre o céu e o inferno, p.8)
6 comentários:
Moacy,
Falando do Tricolor, revi "Um Fio de Esperança", de William Wellmann, que vira na minnha adolescência, creio que em 1956. Mas o que esse filme tem a ver com o Flu, há de perguntar algum visitante deste blogue. Há sim e imagino que você, bem informado do time do seu coração saiba. É que o Telê Santana (na época de exibição do filme, chamado apenas pelo prenome) foi apelidado pelos torcedores de "o fio de esperança", por causa do físico franzino e porque era o jogador mais talentoso de um time que não estava bem. Um abraço.
Claro que eu sei, meu caro Sobreira. Aliás, tenho em minha biblioteca o bom "Fio de Esperança - Biografia de Telê Santana", de André Ribeiro (Rio: Gryphus, 2000, 476p.).
Oi, Moacy, tem coisa nova no blog! Beijos
Bacana teu poema, Moacy!
***
Quando eu e minha família morávamos no Rio, meu pai torcia pelo Botafogo e eu seguia sua preferência, quando viemos para Recife ele passou a torcer pelo santa Cruz e eis-me tricolor... Será que eu amo meu pai, hein? ;)
Tô torcendo pelo pelo tricolor carioca, viu?
Beijo Grande.
Embora como toda humanidade saiba que sou apaixonado pelo Flamengo, a impessoalidade que mais amo nesta vida, reconheço a importância destes dois clubes que se enfrentaram ontem no Engenhão. Parabéns ao alvinegro.
Nelson Rodrigues é patrimônio de todas as torcidas, além da tricolor, é claro.
Carpe Diem.
É verdade, Marco, Nelson Rodrigues é patrimônio de todas as torcidas. Um abraço.
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