domingo, 8 de julho de 2007


Nosso Brasil Brasileiro:
É verdade, é verdade, o Natal está longe.
Mas, para o Balaio, o tempo é uma questão relativa.
E o artista pernambucano Jô Oliveira, que reside em Brasília,
sabe que os festejos natalinos deveriam ser comemorados
da forma a mais brasileira possível.
E quem somos nós para discordar de Jô Oliveira?


BALAIO PORRETA 1986
nº 2057
Rio, 9 de julho de 2007


OS MELHORES FILMES BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS

A revista Paisà, em sua versão eletrônica, promoveu uma enquete sobre os melhores filmes nacionais até hoje realizados, ouvindo 18 jovens críticos. Publicamos, a seguir, o resultado final. Concordemos ou não com ele, é um resultado dos mais interessantes. Vejam:
1. Limite (Mário Peixoto)
2. Terra em transe (Glauber Rocha)
3. Bang bang (André Tonacci)
4. Deus e o diabo na terra do sol (Glauber Rocha)
5. São Paulo S/A (Luís Sérgio Person)
6. O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla)
7. A mulher de todos (Rogério Sganzerla)
8. Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho)
9. Vidas secas (Nelson Pereira dos Santos)
10. A hora e vez de Augusto Matraga (Roberto Santos)
11. A idade da terra (Glauber Rocha)
12. O signo do caos (Rogério Sganzerla)
13. Sem essa aranha (Rogério Sganzerla)
14. O império do desejo (Carlos Reichenbach)
15. O anjo nasceu (Júlio Bressane)
16. O despertar da besta (José Mojica Marins)
17. São Bernardo (Leon Hirszman)
18. Ganga bruta (Humberto Mauro)
19. Rio, zona norte (Nelson Pereira dos Santos)
20. A margem (Ozualdo Candeias)
& Serras da desordem (André Tonacci)

Eis, agora, a nossa seleção:
1. Deus e o diabo na terra do sol (Glauber Rocha)
2. Terra em transe (Glauber Rocha)
3. Vidas secas (Nelson Pereira dos Santos)
4. Porto das Caixas (Paulo César Saraceni)
5. Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho)
6. O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla)
7. São Paulo S/A (Luís Sérgio Person)
8. Assuntina das Amérikas (Luís Rosemberg Filho)
9. São Bernardo (Leon Hirszman)
10. Os fuzis (Rui Guerra)
11. O padre e a moça (Joaquim Pedro de Andrade)
12. Bang bang (André Tonacci)
13. LavourArcaica (Luiz Fernando Carvalho)
14. Limite (Mário Peixoto)
15. Ganga bruta (Humberto Mauro)
16. O anjo nasceu (Júlio Bressane)
17. Mar de rosas (Ana Carolina)
18. Romance do vaqueiro voador (Manfredo Caldas)
19. Viagem ao fim do mundo (Fernando Coni Campos)
20. Blábláblá (André Tonacci), curta
& Arraial do Cabo (Mário Carneiro & Paulo César Saraceni), curta

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Limite é de fato incontornável. Mas não apenas pelo aspecto histórico. Não apenas por ser um de nossos primeiros poemas filmados, um filme em sintonia com as vanguardas européias, ou por ter sido considerado perdido por muitos. Limite é inconternável porque tem imagens absurdamente fortes ... (Sérgio ALPENDRE, in Paisà)

10 comentários:

Anônimo disse...

Caro Moacy,
Não vou comentar as duas listas, porque já me cansou essa história de reclamar inclusões ou omissões. Digo apenas que me surpreendeu a primeira colocação para "Limite", pelo fato de a enquete ter sido feita com a nova geração. Um abraço.

Moacy Cirne disse...

Meu caro Sobreira, reclamar o quê, exatamente? Todos nós sabemos, inclusive você, que uma dada lista de melhores, qualquer que seja, precisa ser relativizada levando em conta várias mediações: formação cultural de cada um, preferências estéticas, consciência crítica diante do "papel histórico" das contextualizações, e assim por diante. Não existe lista perfeita, nem a minha, nem a sua, nem de ninguém, e ao mesmo tempo todas são interessantes, na medida que revelam, num dado momento, os nossos questionamentos e as nossas "verdades", que também são provisórias, mesmo que durem uma eternidade. Decerto, podemos "estranhar" determinadas escolhas, mas não num sentido negativo. Faz parte das diferenças críticas que nos mobilizam como uma totalidade social e cultural. Um grande abraço.

Sonia Sant'Anna disse...

Vou comentar o post anterior. Racista ou não, o que está em questão é a qualidade do filme. Como você, considero um dos grandes clássicos do cinema. E jamais esquecerei a tensão incrível, o cheeiro de medo no ar enquanto a família de pioneiros esperava pelo ataque dos índios. Também... é um John Ford e dali só saiu coisa boa. Se não me engano é dele um filme, cujo título já não lembro, com Richard Widmark, em que a história é contada do ponto de vista dos índios.

Anônimo disse...

Caro Moacy,
Volto, mas para falar do comentário da Sonia. "Rastros de òdio" não é racista e nem você disse isso. É o personagem de John Wayne, com aquele ódio intenso aos índios, que chega ao ponto de quase matar a sobrinha por ela ter se transformada numa índia. Ford jamais faria um filme contra o índio. Veja-se "Sangue de Heróis" (Fort Apache), principalmente. Um abraço.

Sérgio Alpendre disse...

Moacy, concordo completamente com o seu comentário aqui.
abraço

Jens disse...

Moacy, fiz referência lá na Toca à corrente literária.
***
Quanto às listas, você matou a charada: não existe lista perfeita. Eu, por exemplo, incluíria Cidade de Deus e Vai Trabalhar, Vagabundo - entre outros.
***
Um abraço e uma boa semana.

Anônimo disse...

Adorei Jô de Oliveira.
Um abração

o refúgio disse...

Que quadro lindo, Moacy! E eu nem conhecia esse artista Jô Oliveira.

Quanto a corrente literária,bem, após exaustiva reflexão durante o último final de semana, decidi optar pela condenação, responsabilizando-me por quaisquer danos afetivos, psicológicos, metafísicos, etc.. Perdoe-me, se possível. Um beijo.

André Renato disse...

Achei (pessoalmente, é claro, já que é importante mesmo as relativizações em tais casos) bem interessantes as duas listas! Também num âmbito pessoal, gosto muito de dois filmes que ficaram de fora: O Pagador de Promessas (é cinema clássico no melhor sentido do termo) e Assalto ao Trem Pagador (por ser um ótimo filme de gênero, e isso é raríssimo no Brasil). Abraços!

Anônimo disse...

Pois é Moacy,
listas sempre são polêmicas.
A Minha crítica, é claro que eu tinha uma, é não inserir filmes mais drecentes - e parece que isso acontece por pura nostalgia de trabalhos mais antigos, como se tudo que fosse anytigo fosse suaprior ao que foi produzido.
Me parece que a lista também tem algod e Europeu na escolha do filme mais atual - Lavoua Arcaica, que para mim não é nada bom. Acredito que filmes como Carlota J. e Cidade de Deus dvem sempre aparecer em uma lista de melhores nacionais. Afinal, eles marcam verdadeiras guinadas e acima de tudo criam uma estética nacxional, Cidade de Deus muito mais ainda.
ABRAÇOS!