AS SETE MARAVILHAS DA PARAÍBA,
segundo o poeta Linaldo Guedes,
responsável pelo blogue Zumbi Escutando Blues:
1. Cachoeira do Roncador [vide foto], em Bananeiras
2. Farol de Cabo Branco, em João Pessoa
3. Vale dos Dinossauros, em Sousa
4. Pedra do Ingá, em Ingá
5. Lagoa do Parque Solon de Lucena, em João Pessoa
6. Praia de Tambaba, em Conde
7. Pôr do sol no Açude Grande de Cajazeiras
BALAIO PORRETA 1986
nº 2085
Rio, 9 de agosto de 2007
DIALÉTICA
de Antônio Mariano (PB)
[ in Poesia dos Brasis, em Antônio Miranda ]
Aquele homem
me aguarda na esquina
com uma faca
que irá repartir o pão.
Cortasse ele a esquina,
seria talvez o padeiro
resgatando a poesia
que me escapa das mãos.
OS 100 FILMES ESSENCIAIS DA BRAVO! (4)
Continuemos com a seleção da revista paulistana:
61. Nosferatu, o vampiro (Murnau); 62. O último tango em Paris (Bertolucci); 63. Ladrões de bicicleta (De Sica); 64. Asas do desejo (Wenders); 65. Pulp fiction (Tarantino); 66. Repulsa ao sexo (Polanski); 67. Crimes e pecados (Allen); 68. Uma rua chamada pecado (Kazan); 69. Butch Cassidy (Hill); 70. Os imperdoáveis.
Os admiradores mais entusiastas de Woody Allen dificilmente aceitarão esse segundo filme do diretor americano entre os 100 Mais, já que outros (Manhattan e A rosa púrpura do Cairo, por exemplo) poderiam representar melhor o seu universo. Os amantes do bangue-bangue também se surpreenderão negativamente com a presença de um Butch Cassidy e a ausência (lamentável?) de obras como My darling Clementine, No tempo das diligências, O homem que matou o facínora (todas de John Ford), Johhny Guitar (Ray), Matar ou morrer (Zinnemann), Winchester 73 (Mann), Consciências mortas (Wellman), Matei Jesse James (Fuller) ou Rio Vermelho e Rio Bravo (as duas de Howard Hawks). Para esses amantes - é o nosso caso -, qualquer uma das dez produções provavelmente supera, formal e tematicamente, o filme de George Roy Hill. Além do mais, voltamos à tecla, não há aparente justificação metodológica para a suposta ordem qualitativa dada à lista.
71. Patton - Rebelde ou herói (Schaffner); 72. Tudo sobre minha mãe (Almodóvar); 73. Um lugar ao sol (Stevens); 74. Um estranho no ninho (Forman); 75. Amor à flor da pele (Kar-wai); 76. Hiroshima, meu amor (Resnais); 77. Kaos (Taviani); 78. Brazil - o filme (Gilliam); 79. Quanto mais quente melhor (Wilder); 80. Cidade de Deus (Fernando Meirelles).
Patton entre os 100 Mais? E por que não um film noir em seu lugar? Ou o admirável Glória feita de sangue (Kubrick)? Cidade de Deus? Por que não uma chanchada da Atlântida? Ou os excelentes Porto das Caixas (Paulo César Saraceni), São Paulo S/A (Luiz Sérgio Person) ou A hora e vez de Augusto Matraga (Roberto Santos)? Claro, são as nossas opiniões. Igualmente discutíveis. Mas já que a Bravo! procurou fazer média com a crítica (e também, paradoxalmente, com um público até certo ponto mais popularesco), há uma pergunta que não não pode deixar de ser feita: como se esqueceram de Limite, o cultuado filme de Mário Peixoto? Outra coisa: por certo há filmes orientais muito mais significativos do que o de Kar-wai, além dos poucos citados (ao todo, menos de cinco).
UM BLOGUE PORRETA
Museu de Tudo, de Theo G. Alves.
Sensibilidade nordestina com fortes características universais.
Literatura em alto estilo.
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[O] mar é triste como um cemitério.
(Augusto dos ANJOS. O mar)
[ in Pedras de toque da poesia brasileira, de José Lino Grunewald. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1996, p.96 ]
15 comentários:
Infelizmente não conheço a Paraíba. Mas um dia vou, conhecer a história e as maravilhas de lá.
Bom dia pr'ocê, Moacy!
Moacy, meu querido,
obrigado pela referência!
estou tentando resolver um probleminha nos comentários do Museu, que se negam a aparecer, mas vi seus comentários. esta semana ainda resolvo esse problema.
e Cabo Branco é um lugar que adoro e está no meu coração. que ótima lembrança.
grande abraço!!
Trocaria o "Tudo sobre minha mãe" pelo "Fale com ela". E senti falta de Gabeh, do Mohsen Makhmalbaf, que representa tão belamente o cinema iraniano. Também queria ver por aqui Cría cuervos, do Carlos Saura. Mas eu sei, eu sei, nesse negócio de eleição as preferências pessoais falam alto. Beeijo!
"Paraíba meu amor, eu estava de saída mas eu voltar......."(Chico César)
Quero conhecer essa maravilha.
A poesia só pelo título já merece aplausos.
Só um poeta que compreende a contradição como inerente a tudo pode atribuir esse nome à um poema.
E a poesia é a faca contraditória que rasga o verbo, dilacera as mãos de quem a escreve e atordoa a mente dos que lêem.
Um beijo.
Sempre ótimas dicas.
Belo trabalho, Moacy.
Moacy coincidências: hoje de manhã fui a biblioteca publica aqui de Cajazeiras PB e peguei por acaso num livrinho cujo autor é vc. Chego a tarde olho meu blog e encontro justamente um comentário seu, fora que teu post sobre as sete maravilhas da PB por Linaldo. Interessante. Um beijo.
Ladrões de bicicleta é lindo demais. Asas do Desejo, nem me fale, amo. Aliás gosto muito de Wim Wendres. Crimes e Pecados de Woody Allen é muito bom. Acho muito difícil eleger o melhor filme de Allen. Tarantino? Quando assisti Pulp Fiction pela primeira vez achei o máximo, hoje nem tanto.
Beijos.
Fiquei pensando aqui, relendo esta lista...Tem Brazil, 0 filme, de Terry Gilliam que foi do grupo Monty Python, cujo filme A Vida de Brian é uma das melhores comédias que já assisiti na vida. Já viste?
Beijo.
Adorei seu recado.
Seu blog é porreta.
Beijo,
Martha
Caro Moacy,
Fiquei sem entender o fato de, ao se referir a "Crimes e Pecados", você escreve "esse segundo filme" (de Woody Allen). Você quis dizer segundo em relação à qualidade, comparada com a dos outros do diretor que você mencionou? Porque só quem não o conhecesse, poderia achar que você o citasse como o segundo filme realizado por Allen. É só isso. Um abraço.
SOBREIRA: Estava me referindo ao segundo filme de Allen entre os 100 essenciais elaborados pela Bravo. "Annie Hall" foi citado antes. Nem é o segundo em termos cronológicos (claro), nem é o segundo(para mim) em termos qualitativos. Um abraço.
Moacy, blog porreta o seu :)
qual filme do L Fernando Carvalho? não achei... "Lavoura arcaica' é maravilhoso.
Pasolini não entrar tb acho demais. "Teorema" ficou no meu imaginário.
mas não sou especialista em cinema.
Tb coloquei um texto de barthes estes dias lá, do "Fragmentos..." que foi durante anos meu livro de cabeceira- gosto mto de Barthes.
É mto bom ler seus comentários sobre cinema, vou voltar.
Abs, Laura
PS:Está assinando Diz que é meu sobrenome- coisas do blogger.
Um dia eu vou conhecer a Paraiba- tão perto, né?
nunca saí daqui, ando atrapalhada.
laura
Moacy,
adoro os lugares que Linaldo citou!!! Já morei em Bananeiras e meu pai é de Cajazeiras... e de todos os lugares, um a um, tenho boas lembranças! Mas é o Cabo Branco onde morei desde os treze anos que tenho maior paixão. E aposto que Linaldo aumentaria essa lista de sete... citaria ainda o casario de Jaguaribe, a gameleira de Tambaú, a serra de Texeira, a cidade de Areia... que saudade!
Um abraço, Lisbeth
Moacy visite o novo blog: http://aflordaterra.blogspot.com/
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