Fortaleza, Fortaleza:
uma das mais belas capitais do país
AS SETE MARAVILHAS DE FORTALEZA
segundo
Bosco Sobreira
1. Theatro José de Alencar
2. Praia de Iracema
3. Padaria Espiritual (O Boteco)
4. Bairro do Benfica
5. Jacarecanga
6. Praça da Estação
7. Passeio Público
BALAIO PORRETA 1986
nº 2105
Rio, 28 de agosto de 2007
Memória 1997
A POESIA E O POEMA BRASILEIROS:
DOZE LIVROS FUNDAMENTAIS
na opinião
de Luís Carlos Guimarães (RN)
[ in Balaio Incomun, nº 999, de 3/9/1997 ]
Estrela da vida inteira (Manuel Bandeira)
Reunião (Carlos Drummond de Andrade)
Obras completas (Murilo Mendes)
Obras completas (João Cabral de Melo Neto)
Poesias (Dante Milano
Poesias (Mário Quintana)
Invenção de Orfeu (Jorge de Lima)
Navegos (Zila Mamede)
Poesias (Myriam Coeli)
Poesias (Gregório de Matos)
Poesias (Vicente de Carvalho)
Ausência viva & Terra imóvel (Octávio Mora)
A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
(29b / 111)
Alfabismo literário, de Cássio Loredano. Rio de Janeiro : Capivara, 2002, 262p. [] Com um estilo gráfico primoroso, "Olhar espantado de quem não se surpreende" (Millôr Fernandes), o vascaíno Loredano é um mestre irretocável da caricatura tupiniquim. Entre Trimano e Picasso, mas com luz própria em sua gloriosa fúria criativa, o estudioso e divulgador da obra do gigante J. Carlos apresenta, aqui, um álbum de esmerado e fino grafismo, voltado para o mundo da literatura. Daí as caricaturas, ora pulsantes, ora estilizadas, ora "deformadas", entre muitas outras, de Lima Barreto e Clarice Lispector, de Garcia Lorca e Bertolt Brecht, de Osman Lins e José Lins do Rêgo, de Ernest Hemingway e Leon Tolstoi. A epígrafe de Nelson Rodrigues é perfeita para o universo gráfico de Loredano: "Só vejo beleza na pessoa humana. Acho que qualquer um de nós é mil vezes mais interessante do que a Via Láctea".
Blues, de Robert Crumb. São Paulo : Conrad, 104p. [] Os comix de Crumb, com seu grafismo grotesco anticonvencional, são essenciais para um estudo mais acurado da contracultura americana. Não por acaso, ele se tornou um ícone dos quadrinhos independentes produzidos nos Estados Unidos, criador de personagens hoje antológicos (Mr. Natural, Fritz the Cat e outros) Em música, sua paixão pelo blues é notória. Este álbum reúne HQs (e capas de discos) que expressam essa paixão, particularmente por figuras lendárias - ou desconhecidas - da música norte-americana das primeiras décadas do século passado. Há também uma história radical em termos de experimentalismo gráfico: Quadrinhos be bop cubistas (p.73-80), uma releitura singularmente criativa da arte contemporânea, onde são evidentes as homenagens a Picassso e outros grandes criadores. Enfim, um álbum com alta voltagem estético-informacional.
UMA RECOMENDAÇÂO BOROGODOSA
Peso na balança, de Wilson Moreira [Atração ATR 31239].
Originalmente lançado em 1986, contém sambas dentro da melhor tradição da música produzida no Rio de Janeiro, fevereiro e março: Portela e seus encantos, Canteiro de obra, Quero você, Incompreensão, Vivo bem com ela, Deixa clarear, Forró do Cafundó, Peso na balança. Enfim, um grande disco, com a participação de Rafael Rabello (violão de 7 cordas), Henrique Cazes (violão tenor), Paulo Sérgio Santos (clarineta), Velha Guarda da Portela (coro na faixa 2), Beto Cazes (pandeiro, reco-reco, tamborim, frigideira, triângulo, caixa de fósforos) e outros. Enfim, só gente de primeiríssima qualidade. O lançamento festivo do cd, com roda-de-samba e o escambau, deu-se no sábado à tarde, na Folha Seca, em plena Rua do Ouvidor, para alegria e emoção do aniversariante (rubro-negro) Rodrigo Ferrari, um dos sócios-proprietários da livraria.
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A Arte verdadeira tem a capacidade de nos deixar nervosos. (Susan SONTAG. Contra a interpretação. Porto Alegre : L&PM Editores, 1987, p.16)
13 comentários:
Adoro o blog.
Continue sempre.
Abraços.
Grato e honrado pela visita, levemente frustrado pelo insucesso da tentativa de comentário. Esse meu blog carece de exposição e visibilida, resolvi tardiamente abandonar o autismo-centrado de blogueiro iniciante. Fiz um teste que confirmou não haver problemas com o registro de comentários. Talvez tenha sido instabilidade momentânea. Coisas da virtualidade eletrônica.
Talvez não te recordes, mas nos idos de 97/98, produzi em companhia de 3 colegas um mini-zine poético chamado "semcomsenso", que nasceu e morreu no primeiro número. Na ocasião, a raquel mohrez, uma colega de publicidade (eu era de cinema), te pediu incentivo e benção, e foi prontamente atentida nas duas solicitações com a generosidade que sempre lhe foi peculiar. Salve Moacy, salve Chico doido de caicó!
Não sei se a "Arte verdadeira" me deixa nervosa...me deixa é feliz demais. Sacia aquela fome tão bem cantada pelo Arnaldo Antunes.
Linda foto, a constrastar com esse cinza de hoje no Rio.
Bom dia pra ti. Beijo.
Prezado Moacy. Tomei a liberdade de incluir em meu blog um link para o Balaio. Abraço. Benno
Moacy,
Se Sontag entendia "nervoso" o leitor/receptor a quem uma obra deixa perturbado, sente um certo mal-estar, como nos filmes de Buñuel e em alguns de Bergman (sobretudo "Gritos e Sussuros), ouso dizer que ela estava parcialmente certa, porque isso é uma das funções da Arte, não a única. É o que pensa este beradeiro de Canindé, que, infelizmente, não saberia dizer quais as 7 maravilhas da sua cidadezinha. Um grande abraço.
Meu caro Moacy,
Valeu a referência à nossa Fortaleza!
Só falta você dar uma conferida, quem sabe agora.
Forte abraço.
Adoro Fortaleza!
Beijos e uma boa semana!
Salve, salve Moacy:
Bom estar de volta e constatar que o Balaio continua singrando a blogosfera a todo o vapor. Parabéns pelos versos do Recomeço ai embaixo.
E o Crumb? O Crumb é uma das feras do traço. Valeu a dica.
Um abraço.
infelizmente não conheço fortaleza. do nordeste só conheci até salvador. quanto a john e mary, me lembro que faz pouco tempo que os filmes chegam quase na mesma época de lançamento nos estados unidos. e que faz pouco tempo que quase todos os filmes americanos lançados chegam no Brasil. se não me engano, já na década de 80, os filmes demoravam muito pra chegar nos cinemas brasileiros, ou nem chegavam. talvez john e mary tenha se tornado um hit nos estados unidos e não chegou aos cinemas brasileiros, ou a todas as capitais. beijos, pedrita
Querido Moacy,
Algumas pessoas partem deste mundo e estamos certas disto. Outras partem e guardamos algumas dúvidas quanto a isto, tão forte a sua presença em cada esquina, em cada palavra, em cada poema. Saudades do Luís Carlos, sempre lembrado de forma carinhosa e respeitosa aqui no seu blog. Muito bem-vinda a relação dos seus livros.
Abraços. Felipe, SM.
Fortaleza eu amo. Muito boa lembrança. Não comentar os outros tópicos pq nesse momento n me sinto à altura. Um beijo, sempre.
Do que eu conheço de Fortaleza, eu concordo totalmente!
Carpe Diem.
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