sábado, 18 de agosto de 2007


Grandes momentos do cinema:
Rio Bravo / Onde começa o inferno (Howard Hawks, 1959).
Um clássico do bangue-bangue: um dos melhores filmes de Hawks.
A rigor, uma das obras-primas da "sétima arte" dos anos 50.
Com John Wayne, Dean Martin, Angie Dickson e outros.


BALAIO PORRETA 1986
nº 2095
Rio, 18 de agosto de 2007



Centenário de nascimento de John Wayne
O MELHOR DO BANGUE-BANGUE
segundo a nossa leitura crítico-afetivo-libertinária

1. My darling Clementine / Paixão dos fortes (Ford, 1946),
com Henry Fonda e Victor Mature
2. The searchers / Rastros de ódio (Ford, 1956),
com John Wayne e Natalie Wood
3. Rio Bravo / Onde começa o inferno (Hawks, 1959),
com John Wayne e Dean Martin
4. Era uma vez no oeste (Leone, 1968),
com Charles Bronson, Henry Fonda e Claudia Cardinale
5. Stagecoach / No tempo das diligências (Ford, 1939),
com John Wayne
6. O homem que matou o facínora (Ford, 1962),
com John Wayne e James Stewart
7. Johnny Guitar (Ray, 1954),
com Sterling Hayden e Joan Crawford
8. Rio Vermelho (Hawks, 1948),
com John Wayne e Montgomery Clift
9. High noon / Matar ou morrer (Zinnemann, 1952),
com Gary Cooper e Grace Kelly
10. Fort Apache / Sangue de herói (Ford, 1948),
com Henry Fonda e John Wayne
11. Winchester 73 (Mann, 1950),
com James Stewart
12. Consciências mortas (Wellman, 1943),
com Henry Fonda,
Matei Jesse James (Fuller, 1949),
com Preston Foster, e
Os imperdoáveis (Eastwood, 1992),
com Clint Eastwood.


NOSSA SOLIDARIEDADE AO PIAUÍ

O sr. Paulo Zattolo, presidente-arrogante da Philips do Brasil e um dos líderes do movimento Cansei, declarou o seguinte, esta semana, ao jornal Valor Econômico: "Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir, ninguém vai ficar chateado". Haja preconceito! Haja ignorância! Haja conservadorismo!


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
666 livros indispensáveis (28a / 111)

Aventuras de Huck [1884], de Mark Twain. Trad. Monteiro Lobato. São Paulo : Brasiliense, 1961, 348p. [] Mais do que um livro juvenil, ou infanto-juvenil, trata-se de uma obra-prima para todas as idades, e que, censurada por muitos, resiste bravamente ao tempo. Há que dizer: uma obra "cuja riqueza e complexidade são assombrosas: ... observamos os sucessivos ataques à inocência, que, longe de se corromper em sua caminhada para a maturidade, chega incólume ao final como prova de que a esperança ainda é possível" (La biblioteca ideal, vários autores, 1995, p.46).

Ensaios [1580-88], de Michel de Montaigne. Trad. Sérgio Milliet. Porto Alegre : Globo, 1961, 3v. [Livro adquirido nos anos 60, em Recife] Possivelmente, segundo a nossa perspectiva, um dos 12 ou 13 maiores livros da cultura ocidental. Com ele, como já foi dito por inúmeros estudiosos, "a moderna psicologia do ser humano sobe ao palco". Não há, é bom acrescentar, uma seqüência tematica ou cronologicamente definida; os capítulos podem ser lidos de forma aleatória. Variados são os assuntos. Enfim, um livro importantíssimo. Para ser lido e relido. Sempre.


UM BLOGUE PORRETA

Anotações de um cinéfilo, de Filipe Furtado.

FF é mais do que um simples cinéfilo.
É um leitor atento e crítico em relação ao cinema.
Seu mundo, suas aspirações, suas linguagens.

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Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil maneiras diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me bem menos as diferenças entre nós do que as semelhaaças. Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios [...]. (Michel de MONTAIGNE. Ensaios, 1, p.278-9)

11 comentários:

Anônimo disse...

Se mais pessoas refletissem e adotassem as palavras de Montaigne, com certeza o respeito ao outro seria levado mais a sério, o mundo teria menos prepotência e seria mais criativo, mais colorido, mais leve e muito mais justo.
Democracia e liberdade são palavras bonitas de adotar na teoria, colocar em discurso. Mas daí a torná-las uma prática real, a começar pela vida pessoal, são outros quinhentos...
Bom fim de semana, Moacy. Beijo.

Francisco Sobreira disse...

Sem nenhuma dúvida, Moacy, "Onde Começa o Inferno" é um dos maiores "westerns". Está entre os 5 ou 6 no meu modo de ver. Sábio esse pensamento de Montaigne. Quanto ao comentário do Sr. Zaloto, foi muito infeliz, preconceituoso. Ele não precisava afirmar o seu protesto (justo) contra o descaso do governo em relação ao "apagão aéreo" ,fazendo pouco de um estado já tão maltratado. Um abraço.

midc disse...

moacy, solidariedade ao piauí e repúdio à piauí, cada vez mais uma versão - como me comentou afonso martins - de uma caros amigos às avessas (ou uma primeira leitura cult).
no mais, listas servem sempre ou quase sempre p um chato reclamar a ausência de algum título - no caso, nada a reclamar, só relembrar a belíssima epígrade de por uns dólares a mais (do p mim insuperável leone) q serve a todos faroestes: "onde a vida não tinha valor, a morte, às vezes, tinha seu preço."
e como os chatos quando não chateiam na entrada, chateiam na saída: não dava p incluir por um punhado de dólares, com toda sua ref(v)rência à linguagem dos quadrinhos... ...

Fernanda Passos disse...

Esse senhor ridículo e preconceituoso que vive sentado em uma cadeira e, certamente, já tem a bunda quadrada e os dedos amassados de tanto assinar papéis, só merece nosso pesar. Pena é o melhor sentimento a um alienado como esse. Desprezo por suas palavras e indig(nação) por seu desrespeito para com o nosso País.

Estou até agora borbulhando de raiva por causa desse comentário infeliz.
Um beijo Moacy.

Pedrita disse...

passam alguns no telecine cult. eu vi muito filme de faroeste com o meu pai, mas não me lembro de nomes, elenco, talvez tenha visto muitos com o john wayne. caramba, um presidente dizer algo assim é muito sério. ele deveria é mudar de país já que desconhece tanto de sua pátria. não li aventuras de huck e nem os ensaios de montaigne. beijos, pedrita

Anônimo disse...

sim moacyr. visityava seu blogui, com mais frequência, quando tinha outra cara. de fato, a música instrumental brasileira tem orvalhos, extraído na beira das cacimbas. quanto ao poema do rapaz , da paraiba. é endosso do que a turma do "cansei" alardeia. façamos uma campanha contra a phillips

Anônimo disse...

Valeu pela menção ao blog. Ainda mais numa edição do Balaio falando de rio Bravo e outros faroestes.

Anônimo disse...

Olá, Moacy!
Apenas respondendo à pergunta da caixa de comentários do post abaixo: não tenho qualquer ligação com o Piauí, sou mineiro do interior e moro em BH. Apenas me sinto na obrigação de defender meu país contra esses folgados que vêm aqui, enchem o traseiro com a nossa grana, e depois cospem no prato. Ainda não conheço o PI, infelizmente, portanto, se houver alguém que possa elencar as maravilhas desse Estado, ficarei muito feliz em conhecer. Abraços!

Anônimo disse...

mas que sintonia-sincronia! acabei de pensar em você. primeiro que ia dizer para você ir lá ler o último e depois pois que li o ítalo moriconi dizendo assim: "a diferença entre os prosadores de 60/70 e os de 90/00 está no suporte e está no repertório de referências culturais. o suporte blogueiro,possibilitando uma simultaneidade muito maior entre o escrever e o viver, leva a um tipo de escrita mais solto, mais coloquial, menos "estético""
por aí, né, estivemos já, até, nesse grau de pensamento.
um grande beijo

Anônimo disse...

Grande ensinamento de Montaigne, Moacy, que sintetiza a postagem bela!
Abração de Lívio

Marcelo F. Carvalho disse...

Um comentário infeliz como este sempre acontece quando temos a elite que temos, mas se a Philips manter esse senhor na cadeira é conivente com tal pensamento. A empresa é grande e o homem provou ser pequeno, não pode ser presidente.
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Abraço forte!