Serenidade. Azulência.
Foto de Regina Lopes
in Meu Porto
BALAIO PORRETA 1986
nº 2113
Rio, 5 de setembro de 2007
POEMA de
Miguel Cirilo
(São José do Seridó, RN)
[ in Os elementos do caos, 2ª ed. 2001 ]
o corpo branco no chão
não faz esforço.
a luz circula na intimidade.
a nudez é antiga,
o quarto também.
as palavras estão se arrumando
para um novo poema.
as coisas, postas em sossego
repousam de qualquer modo.
anônima é a presença da noite.
os chinelos esperam.
eles não sabem, mas esperam.
- pode alguém exigir mais para dormir?
A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS (30b/ 111)
Corpo de baile, de João Guimarães Rosa. Capa de Poty. Rio de Janeiro : José Olympio, 1956, 2v., 822p. [Adquirido no sebo da Livraria São José, no Rio] Sete novelas, sete obras-primas. No primeiro volume (Os romances): Campo geral, A estória de Lélio e Lina, Dão-Lalalão (um texto absolutamente genial; talvez o melhor dentro da obra roseana, depois de GS:V), Buriti. No segundo volume (Os contos): Uma estória de amor, O recado do morro, "Cara-de-Bronze". Na segunda edição, em 1960, em um só volume (514p.), a ordem das novelas - nomeadas como poemas - é diferente.
A dama do cachorrinho e outros contos, de Tchekhov. Trad. Bóris Schnaiderman. São Paulo : Max Limonad, 1985. 358p. [] Execpcional seleção da produção contística do grande escritor russo - e autor teatral - Antón Tchechov (1860-1904). Há verdadeiras preciosidades literárias: Nos banhos, A morte do funcionário, Crime premeditado, Um dia no campo, Sonhos, Vanka, Gente supérflua, Na primavera, Angústia, Bilhete premiado, Olhos mortos de sono (para muitos, o seu melhor trabalho), Um caso clínico, Homem sem estojo, Queridinha, A dama do cachorinho. Ao todo, 37 contos.
UM BLOGUE PORRETA
Agreste, de Manoel Carlos Pinheiro.
Política, literatura e cultura, da nordestina à africana.
Blogue antiLula a partir de uma militância prestista.
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Quando a riqueza de poucos afronta a miséria de muitos, a insegurança é de todos. (Josué de CASTRO, citado por Manoel Carlos Pinheiro, em seu blogue.)
13 comentários:
Caro Moacy, se é para qualificar com um ista, a minha militância é de origem prestista e o Velho, pelas análises políticas que fazia, jamais apoiou Lula.
O mais importante é que temos interpretações distintas, mas nos respeitamos e estimamos. A sua homenagem ao Agreste me honra e me alegra, pois comprova a sua natureza democrática, capaz de conviver com as divergências.
Grato.
Caro MANOEL: A emenda já foi feita; de qualquer maneira, sempre o vi como brizolista. Com um abraço.
Caro Moacy, nem precisava fazer o reparo no texto.
O essencial é que conhecemos nossas divergências e sabemos que elas não afetam o respeito e a estima.
Jamais deixei de render homenagens a você.
Talvez pela proximidade entre Prestes e Brizola, você tenha esta visão de mim, a aliança entre eles fez com que eu ficasse próximo de ambos, mas a minha referência sempre foi Prestes, de quem tive a honra de ser amigo e colaborador.
Na prática, sou oposição ao modelo neoliberal. Na época de FHC, você teria classificado Agreste (que não existia) de "blogue antiFCH a partir de uma militância prestista", pois combato o neoneoliberalismo como combatia e combato o neoliberalismo.
Josué de Castro: o filho dele me deu de presente uma revista sobre ele, posso emprestá-la, pois vale a pena lê-la.
Ah! Mais uma vez agradeço a honra e o carinho da citação.
Belíssima foto e poema! Viajei longe com os dois.
Perfeita a citação de Josué de Castro, pescada no ótimo Agreste de Manoel Carlos.
Como sempre, saio feliz ao vir remexer teu Balaio. Beijo, Moacy.
Concordo plenamente com Isabella. Foto perfeita, poema encantador. Manoel Carlos? Ouso dizer que sou fã nº1!!! Abraços, querido amigo.
Moacy, aprecio Dão-lalalão, mas em Corpo de Baile como não ficar absolutamente "chapado" com aquela infância ao mesmo tempo, bizarra e familiar, que é a de Miguilim, em Campo Geral? De todo modo, essa é a Biblioteca do Sonhos de muita gente. Um abraço.
Moacy passei para Urbano o email que está indicado aqui no seu blog. Espero que tenham conseguido trocar idéias.
vc conhece o poeta Goulart Gomes e a sua invenção, o poetrix?
Poetrix? Não, MARIA, não conheço. Um abraço.
Ah, o sebo da Rua São José... Ficava ao lado da casa da Borracha e próximo a uma loja de discos. Lembro muito bem...
Bela a poesia. E os livros indicados dispensam comentários. O balaio cada vez mais porreta.
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Moacy, j� sou leitora do Agreste, a passei aqui hoje s� pra dizer que meu post desta semana surgiu de um coment�rio seu.
Por que essses carcateres estranhos surgem quando comento aqui? Será que o haloscan já está todo confuso com a mudança ortográfica? Imagine se eu ousasse usar o descartado trema...
So pra contrariar saiu tudo certinho aí em cima.
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