Outras terras, outras gentes:
Catedral de Pedra, em Luang Prabang (Laos)
Foto de
Daniel Japiassu
in
Uma Coisa e Outra
BALAIO PORRETA 1986
n° 2228
Rio, 10 de fevereiro de 2008
DESABAFO
Carito
Um poema para meu pai
Jessé Dantas Cavalcanti (25/02/1921-06/02/2008)
[in Os Poetas Elétricos ]
Vou mandar tudo pra lá
Para a concha
In
China
Para assim poder escutar
Os silêncios
Do seu
Mar
Um mar de orientes
Para nos orientar
E nos salvar de de qualquer
Ocidente
Brinco com as palavras
Porque você me ensinou
A ser
Feliz!
A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
A história da linguagem [1969], de Julia Kristeva. Trad. Maria Margarida Barahona. Lisboa : Edições 70, 1974, 458p. /Colecção Signos/ [] Língua/linguagem: o signo lingüístico e a materialidade da própria lingua(gem). Antropologia e lingüística: história e conhecimento dos signos transnacionais. As especulações medievais. Os humanistas e gramáticos do Renascimento. Psicanálise, linguagem e semiótica. Assim anunciam seus principais capítulos. Embora introdutório, um livro de grande alcance epistemológico. "A pergunta 'O que é a linguagem?' pode e deve ser substituída por outra: 'Como é que a linguagem pôde ser pensada?'. Pondo assim o problema, recusamo-nos a procurar uma pretensa 'essência' da linguagem, e apresentamos a prática lingüística através desse processo que a acompanhou: a reflexão que suscitou, a representação que dela se elaborou" (p.18).
La révolution du langage poétique, de Julia Kristeva. Paris : Seuil, 1974, 644p. [] Um dos "nossos" livros fundamentais nos anos 70: uma leitura estrutural das obras de Lautréamont e Mallarmé. A semiótica e o simbólico & o dispositivo semiótico do texto. O processo de significância: as teorias gerais do sentido. A semiótica ("as pulsões de suas articulações", cf. p.41ss) e o domínio da significação. Reconhecemos: não se trata de uma leitura fácil, mas vale a pena enfrentar suas dificuldades, seus problemas, suas enunciações. Althusser já dizia, no final dos anos 60: "Não há leitura inocente". Kristeva dirá: "Toda linguagem poética é trabalhada pela contradição entre o signo e os processos pré-simbólicos" (p.607). É preciso refletir sobre sua precisão crítica. É preciso pensar: as facilidades verbais e/ou conteudísticas são muitas vezes enganosas. Terrivelmente enganosas.
RECOMENDAMOS ESPECIALMENTE
a leitura de
É o Estado, estúpido!, de Emir Sader (no Blog do Emir),
in Carta Maior
a leitura de
É o Estado, estúpido!, de Emir Sader (no Blog do Emir),
in Carta Maior
3 comentários:
Bonito o poema. Vou lá conferir o Emir.
Bom domingão (no Maraca, possivelmente, hoje tem FlaFlu).
Abração.
O domingo não me agrada, mas é nele que posso visitar o balaio. Beijos, Moacy.
todo dia é dia de se ter sentimentos bons e poder encontrar abrigo num lugar virtual tão assim assim, como colo de vó depois de tomar um tombo: ou seja, acolhedor e generoso. bom dia Moacy, obrigada Moacy.
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