Praia de Botafogo
nos idos do Rio Colonial:
concepção gráfica de
Camões
BALAIO PORRETA 1986
n° 2363
Rio, 9 de julho de 2008
O espetáculo na sociedade corresponde a uma fabricação concreta da alienação. A expansão econômica é sobretudo a expansão dessa produção industrial específica. O que cresce com a economia que se move por si mesma só pode ser a alienação que estava em seu núcleo original.
(Guy Debord. A sociedade do espetáculo, 1967)
Memória
MEU PRIMEIRO POEMA
Publicado na Folha Estudantil, de Jardim do Seridó (RN),
no segundo semestre de 1962
P O E M A
de Moacy Cirne
Contrariando John Donne
sou
uma ilha deserta.
Será que os sinos dobrarão
por mim?
POEMA DE NEL MEIRELLES
girassóis
o amor apascenta
as pequenas
gotas de beijos
que descansam
nos teus olhos
( os girassóis quase sempre
sonham horizontes azuis )
[ in Fala Poética ]
MEU PRIMEIRO POEMA
Publicado na Folha Estudantil, de Jardim do Seridó (RN),
no segundo semestre de 1962
P O E M A
de Moacy Cirne
Contrariando John Donne
sou
uma ilha deserta.
Será que os sinos dobrarão
por mim?
POEMA DE NEL MEIRELLES
girassóis
o amor apascenta
as pequenas
gotas de beijos
que descansam
nos teus olhos
( os girassóis quase sempre
sonham horizontes azuis )
[ in Fala Poética ]
LEITURAS & RELEITURAS
DO MOMENTO
Visões do Rio de Janeiro Colonial
Antologia de textos (1531-1800),
de Jean Marcel Carvalho França.
Rio de Janeiro: EdUERJ ; José Olympio, 1999, 262p.
"Seus habitantes são limpos e de uma circunspeção comum aos de sua nação. Em geral, são possuidores de numerosos escravos e de famílas inteiras de índios, mantidas a contragosto nos engenhos. Os escravos ocupam-se da quase totalidade dos trabalhos da casa, o que torna os habitantes moles e afeminados, ao ponto de serem incapazes de se abaixar para apanhar um alfinete." (François Froger, 1695, p.52)
"Estes senhores que governam as colônias só têm em conta seus interesses. ... Creio que o dinheiro tem aqui o mesmo poder de persuasão que tinha em Roma, nos tempos de Juvenal." (Journal d'un voyage, autoria anônima, 1703, p.59)
DO MOMENTO
Visões do Rio de Janeiro Colonial
Antologia de textos (1531-1800),
de Jean Marcel Carvalho França.
Rio de Janeiro: EdUERJ ; José Olympio, 1999, 262p.
"Seus habitantes são limpos e de uma circunspeção comum aos de sua nação. Em geral, são possuidores de numerosos escravos e de famílas inteiras de índios, mantidas a contragosto nos engenhos. Os escravos ocupam-se da quase totalidade dos trabalhos da casa, o que torna os habitantes moles e afeminados, ao ponto de serem incapazes de se abaixar para apanhar um alfinete." (François Froger, 1695, p.52)
"Estes senhores que governam as colônias só têm em conta seus interesses. ... Creio que o dinheiro tem aqui o mesmo poder de persuasão que tinha em Roma, nos tempos de Juvenal." (Journal d'un voyage, autoria anônima, 1703, p.59)
"Devo dizer que há belas brasileiras. Uma delas, nossa vizinha, é de uma beleza incomparável. Ela tem alguma coisa de tão tocante e surpreendente que, a primeira vez que a vi, fiquei meio aturdido." (idem, 1703, p.60) [Em tempo: apesar de muito insistir, o francês em questão 'nada conseguiu' com a jovem brasileira.]
"A maioria desses homens [os portugueses no Brasil] é totalmente avessa ao trabalho, preguiçosa e muito inclinada à volúpia. Nem mesmo os padres e os monges estão isentos desses vícios. A luxúria, especialmente, tornou-se tão familiar entre eles que sequer se dão ao trabalho de ocultá-la." (idem, 1703, p;64)
"Creio que todos estarão de acordo em admitir que as mulheres das colônias espanholas e portuguesas da América meridional concedem seus favores mais facilmente do que aquelas dos países civilizados. No que se refere ao Rio de Janeiro, algumas pessoas chegam a afirmar que na cidade não há uma única mulher honesta." (James Cook, 1768, p.134)
"Essas damas [as mulheres locais] são todas muito morenas, seus belos cabelos são negligentemente penteados - o que lhes confere uma charmosa simplicidade - e seus grandes e voluptuosos olhos negros revelam um caráter naturalmente inclinado para o amor." (Evariste Parny, 1773, p.144)
"A população é composta por portugueses, negros e mulatos, sendo a proporção entre brancos e negros de um para 14. Os escravos, na sua maioria, andam quase nus, cobrindo somente a vergonha." (Friedrich Ludwig Langstedt, 1782, p.172)
"Pela dimensão da cidade do Rio de Janeiro, estima-se que nela habitem cerca de 60 mil almas, entre homens livres e escravos. Contudo, os visitantes que passam por essa urbe não podem contar com albergues, hotéis ou qualquer outro tipo de alojamento. Tampouco podem dispor de algum tipo de divertimento, a não ser uma espécie de taverna situada no lado direito da praça principal." [Atual Praça XV.] (George Barrington, 1791, p.217)
"A maioria desses homens [os portugueses no Brasil] é totalmente avessa ao trabalho, preguiçosa e muito inclinada à volúpia. Nem mesmo os padres e os monges estão isentos desses vícios. A luxúria, especialmente, tornou-se tão familiar entre eles que sequer se dão ao trabalho de ocultá-la." (idem, 1703, p;64)
"Creio que todos estarão de acordo em admitir que as mulheres das colônias espanholas e portuguesas da América meridional concedem seus favores mais facilmente do que aquelas dos países civilizados. No que se refere ao Rio de Janeiro, algumas pessoas chegam a afirmar que na cidade não há uma única mulher honesta." (James Cook, 1768, p.134)
"Essas damas [as mulheres locais] são todas muito morenas, seus belos cabelos são negligentemente penteados - o que lhes confere uma charmosa simplicidade - e seus grandes e voluptuosos olhos negros revelam um caráter naturalmente inclinado para o amor." (Evariste Parny, 1773, p.144)
"A população é composta por portugueses, negros e mulatos, sendo a proporção entre brancos e negros de um para 14. Os escravos, na sua maioria, andam quase nus, cobrindo somente a vergonha." (Friedrich Ludwig Langstedt, 1782, p.172)
"Pela dimensão da cidade do Rio de Janeiro, estima-se que nela habitem cerca de 60 mil almas, entre homens livres e escravos. Contudo, os visitantes que passam por essa urbe não podem contar com albergues, hotéis ou qualquer outro tipo de alojamento. Tampouco podem dispor de algum tipo de divertimento, a não ser uma espécie de taverna situada no lado direito da praça principal." [Atual Praça XV.] (George Barrington, 1791, p.217)
4 comentários:
Caro Moacy, estamos fervilhando com algumas idéias aqui no Seridó e gostaria de obter alguma ajuda sua acerca de novos poetas aqui da região. Você tem alguns nomes e contatos? Agradeceria se pudesse me transmitir. O e-mail é o mesmo: macabea33@gmail.com.
A propósito de poetas, é sempre bom vê-lo em poemas aqui no Balaio.
Beijos.
Iara
Passando para ler os seus belos poemas. O seu blog é muito inspirador, amigo. Beijos.
Olá Moacy, obrigada por sempre aparecer no elienenews.Estou sempre por aqui olhando suas coisas lindas.Bj grande. Coloquei uma montagem relembrando o nosso passeio na caatinga
Fiquei curiosíssimo para conhecer este livro, caro mestre Moacy. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
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