quinta-feira, 25 de setembro de 2008


Foto de
Lorne Resnick
via
Sentimentos e Momentos


BALAIO PORRETA 1986
n° 2435
Rio, 25 de setembro de 2008

Da
vida
não se espera resposta.
(Orides FONTELA. Carta, in Teia, 1996)


TRÊS POEMAS de
Orides Fontela (1940-1998)
[ in Teia. São Paulo, 1996 ]


Adivinha

O que é impalpável
mas
pesa

O que é invisível
mas
fere

O que é invisível
mas
dói


Ver

Ver
o avesso
do sol o
ventre
do caos os
ossos.

Ver. Ver-se.
Não dizer nada.


Teologia

Não sou un deus, Graças a todos
os deuses!
Sou carne viva e
sal. Posso morrer.


POEMA de
J. Brito Costa

As deusas
quando se vestem de auroras ensangüentadas
espantam as tristezas dos animais.

As deusas
quando se aninham em palavras despudoradas
fazem a alegria de muitos carnavais.

As deusas
quando são deusas e vivem paixões desesperadas
tornam-se humanas - e nada mais.

10 comentários:

Unknown disse...

Bom dia Moacy,
Belíssima imagem! Com curvas ou sem curvas, a mulher parece ser mesmo, em sua inteireza, a criação mais perfeita desse Universo. Deixe lhe contar um segredo:
"Após vinte anos de profissão
Descuidei-me de um plantão
Que alívio!
Descobrir que sou humana,
Que sou capaz de errar".
Grande abraço e um ótimo fim de semana que já se aproxima.

Anônimo disse...

moacy:
vim olhar as passagens.
um abraço.
romério

Anônimo disse...

"As deusas
quando são deusas e vivem paixões desesperadas
tornam-se humanas - e nada mais."

Que gran finale!!!

SAM disse...

Obrigada pela visita, Moacy!

Amei seus blogs. Bom gosto em fotos e na escolha de poemas. Caiu nas graças de Sam e Desnuda rsrs.

Obrigada por citar o link do Sam e mais ainda pela visita.

Voltarei com certeza! Guardarei seu link.


Grande beijo e ótimo fim de semana.

dade amorim disse...

Gostei dos poemas, em especial de Orides, que não conhecia.
Beijo pra você.

mundo azul disse...

...bonitos!
Gostei dos poemas!


Beijos de luz...

Dilberto L. Rosa disse...

Lidos os poemas, especialmente "Ver" e o "Poema" das deusas... E esta foto?... Uma escultura... Abração, meu caro!

Mme. S. disse...

Adoro a Orides. Adoro o Balaio... cheirão, S.

Meg disse...

Caro Moacy,

Não sei de qual dos poemas gosto mais... eclética sua escolha.
Leio e releio e me encanto nas palavras.

Um cheiro e um abraço da Meg

o refúgio disse...

Aaaah...eu conheço muito bem esse Brito Costa. Que saudade!
Um beijo!