Mulher mucabal,
angolana
Pintura
de
Albanno Neves e Sousa
(1921-1995)
BALAIO PORRETA 1986
n° 2557
Rio, 3 de fevereiro de 2009
Rio, 3 de fevereiro de 2009
Aos que admitem a morte de homens como John Ford, só a estes se deve dizer que homens assim não morrem e, portanto, Ford nem precisa ressuscitar. A sua personalidade estava sempre límpida na obra inigualável e luminosa
- que permanecerá.
(Antonio Moniz VIANNA, in Correio da Manhã, 10/9/1973,
republicado em Um filme por dia, org. Ruy Castro, 2004)
- que permanecerá.
(Antonio Moniz VIANNA, in Correio da Manhã, 10/9/1973,
republicado em Um filme por dia, org. Ruy Castro, 2004)
A MORTE DE UM CRÍTICO
Aos 84 anos faleceu, no Rio, o crítico de cinema Antonio Moniz Vianna, que se destacou na imprensa carioca sobretudo nos anos 60. Por ser extremamente conservador em suas preferências estético-cinematográficas, preferíamos outros nomes. Como, por exemplo, José Lino Grunewald (para nós, até hoje, o melhor de todos eles.) Mas sempre o respeitamos. A sua admiração por John Ford chegava a ser emocionante. O que não deixa(va) de ser mais um motivo para respeitá-lo.
UMA DADA MORTE, 22 ANOS DEPOIS
Ontem completou 22 anos de uma morte que me abalou profundamente. Não uma morte qualquer: a morte de um homem que eu não conhecia pessoalmente, mas que fazia parte de meus sonhos de infância, e que era responsável direto, ao lado de outras pessoas queridas, por uma das minhas maiores paixões, sempre e sempre. Ontem completou 22 anos de uma morte trágica: o suicídio de Carlos Castilho, goleiro do Fluminense de 1948 a 1965. (Segundo pesquisa realizada entre jornalistas pelo GloboEsporte, Castilho foi o maior goleiro da história do campeonato carioca, de 1906 até hoje.)
Aos 84 anos faleceu, no Rio, o crítico de cinema Antonio Moniz Vianna, que se destacou na imprensa carioca sobretudo nos anos 60. Por ser extremamente conservador em suas preferências estético-cinematográficas, preferíamos outros nomes. Como, por exemplo, José Lino Grunewald (para nós, até hoje, o melhor de todos eles.) Mas sempre o respeitamos. A sua admiração por John Ford chegava a ser emocionante. O que não deixa(va) de ser mais um motivo para respeitá-lo.
DOMINGO DE MANHÃ
Suzana Vargas
[ in Sombras chinesas ]
Uma borboleta morta
voa
pelas páginas do caderno.
POEMA
Rubens da Cunha
[ in Casa de Paragens, em 29/07/2008 ]
a ilusão assovia
- aço sobre a carne -
gritolâmina
descascando
- lento e preciso -
o que é preciso
ser descascado
NA MESMA MOEDA
Líria Porto
[ in Tanto Mar ]
minhas dúvidas
nascem com esta certeza
: nunca é para sempre
Suzana Vargas
[ in Sombras chinesas ]
Uma borboleta morta
voa
pelas páginas do caderno.
POEMA
Rubens da Cunha
[ in Casa de Paragens, em 29/07/2008 ]
a ilusão assovia
- aço sobre a carne -
gritolâmina
descascando
- lento e preciso -
o que é preciso
ser descascado
NA MESMA MOEDA
Líria Porto
[ in Tanto Mar ]
minhas dúvidas
nascem com esta certeza
: nunca é para sempre
UMA DADA MORTE, 22 ANOS DEPOIS
Ontem completou 22 anos de uma morte que me abalou profundamente. Não uma morte qualquer: a morte de um homem que eu não conhecia pessoalmente, mas que fazia parte de meus sonhos de infância, e que era responsável direto, ao lado de outras pessoas queridas, por uma das minhas maiores paixões, sempre e sempre. Ontem completou 22 anos de uma morte trágica: o suicídio de Carlos Castilho, goleiro do Fluminense de 1948 a 1965. (Segundo pesquisa realizada entre jornalistas pelo GloboEsporte, Castilho foi o maior goleiro da história do campeonato carioca, de 1906 até hoje.)
7 comentários:
O que mais admirava em Moniz, Moacy, era a sua forma de escrever. Escrevia muito bem, com uma elegância que não perdia mesmo quando metia o pau nos filmes e diretores que detestava, como Godard e o pessoal da Nouvelle Vague. A gente podia discordar dele (e tantas vezes isso aconteceu), mas não deixava de se deleitar com o seu estilo. E conhecia cinema como poucos, embora o seu conservadorismo, que atingia até o misoneismo. E Castilho, hem? Embora sendo flamengista, sempre o admirei. Vi-o jogar uma vez em Fortaleza, num amistoso, quando ele fez uma defesa que mostrava o grande goleiro que era. Um abraço.
Lindo poema o de líria Porto!!!!!!!!!! Beijos
hm... nunca é um tempo que não existe, então espero encontrar a bela luanda...
Caro mestre Moacy,
uma postagem com um certo travo melancólico. Moniz era um crítico cuidadoso, que conhecia o seu ofício. Nos anos 70, quando eu achava que seria um cineasta, eu li alguns de seus textos com bastante atenção. E me maravilhei com eles.
Sobre Castilho, embora eu seja rubro-negro apaixonado, tenho de reconhecer que o Homem da Leiteria é parte da história do futebol. Eu tinha dois times de botão, quando criança: um do Fla, outro do flu. Eram botões da Estrela, que tinham pequenas fotos dos jogadores. O goleiro do flu era o Castilho. Eu cresci ouvindo as histórias que os adultos contavam sobre ele, que tinha mandado cortar um pedaço de um dos dedos da mão, que estava infeccionado e poderia impedi-lo de seguir na profissão, das defesas impossíveis... Foi triste quando eu soube que ele tinha se atirado de um prédio. Fica a minha homenagem de torcedor do adversário, mas que reconhece os grandes do futebol. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Moacy, seu blog é muito bom, e a combinação com o informativo na poecia um serviço à nós leitores.O poema, tbm é lindo!É certo, viver é
(im)preciso.Nada durará.
obrigado pela postagem em tao boa companhia.
abraços
Oi Moacy,
o Balaio continua maravilhso!
Mas o que eu queria dizer mesmo é que ontem teve encontro de blocos líricos na rua da aurora. lindo! acho que você iria gostar: Música & Poesia, juntas!
Beijos.
olha, tou acessando pouco a internet, viu?
Beijos.
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