Imagem:
RetroAtelier
BALAIO PORRETA 1986
n° 2734
Natal, 28 de julho de 2009
Todas as cidades têm características que lhe servem de referência cultural, gastronômica, paisagística, religiosa, cultural ou de lazer. Ou tudo isso junto. Exemplos? Imagine Natal sem Ponta Negra, Parelhas sem São Sebastião, Currais Novos sem Cristo Rei, Rio de Janeiro sem Fla-Flu, São Paulo sem o Ibirapuera, Timbaúba sem Batista, Acari sem Gargalheiras, Brasília sem o plano piloto, Porto Alegre sem chimarrão, Recife sem frevo, Salvador sem axé... Não existiriam!
Pense como seria estranho Caicó sem a carne de sol, sem a Festa de Sant’Ana, sem Magão, sem o Arco do Triunfo, sem a Rádio Rural, sem o Itans, sem a Praça da Liberdade, sem o mercado público e sem os seus bares e restaurantes. Deus nos livre e guarde, porque a história também se faz de homens e bares. Caicó teve e tem bares famosos, frequentados pelas famílias, boêmios, músicos, artistas em geral, empresários e políticos. A boa comida e a bebida gelada são do cardápio. O aconchego é cortesia.
(Roberto FONTES, in Bar de Ferreirinha)
RetroAtelier
BALAIO PORRETA 1986
n° 2734
Natal, 28 de julho de 2009
Todas as cidades têm características que lhe servem de referência cultural, gastronômica, paisagística, religiosa, cultural ou de lazer. Ou tudo isso junto. Exemplos? Imagine Natal sem Ponta Negra, Parelhas sem São Sebastião, Currais Novos sem Cristo Rei, Rio de Janeiro sem Fla-Flu, São Paulo sem o Ibirapuera, Timbaúba sem Batista, Acari sem Gargalheiras, Brasília sem o plano piloto, Porto Alegre sem chimarrão, Recife sem frevo, Salvador sem axé... Não existiriam!
Pense como seria estranho Caicó sem a carne de sol, sem a Festa de Sant’Ana, sem Magão, sem o Arco do Triunfo, sem a Rádio Rural, sem o Itans, sem a Praça da Liberdade, sem o mercado público e sem os seus bares e restaurantes. Deus nos livre e guarde, porque a história também se faz de homens e bares. Caicó teve e tem bares famosos, frequentados pelas famílias, boêmios, músicos, artistas em geral, empresários e políticos. A boa comida e a bebida gelada são do cardápio. O aconchego é cortesia.
(Roberto FONTES, in Bar de Ferreirinha)
POEMA
Ada Lima
[ in Menina Gauche ]
talvez o luar seja o mesmo
ainda
embora caia sobre outras pontes
(Londres permanece distante)
as estrelas
parecem cada vez mais raras
ofuscadas
parece tão absurdo contá-las
- as estrelas e as lâmpadas
marés continuam a ir e vir
e cada vez mais distante delas vai
a cidade
una com outras terras potis
percorro-a a esmo
como quem perdeu
para sempre
o caminho de volta.
(publicado na revista Perigo Iminente)
Ada Lima
[ in Menina Gauche ]
talvez o luar seja o mesmo
ainda
embora caia sobre outras pontes
(Londres permanece distante)
as estrelas
parecem cada vez mais raras
ofuscadas
parece tão absurdo contá-las
- as estrelas e as lâmpadas
marés continuam a ir e vir
e cada vez mais distante delas vai
a cidade
una com outras terras potis
percorro-a a esmo
como quem perdeu
para sempre
o caminho de volta.
(publicado na revista Perigo Iminente)
SOLITUDE
Jeanne Araújo
O que era aquilo diante
de mim e de ti?
Se era de sangue
ou rubro de dor
necessitava arder tanto
nos olhos?
Por que palavra e meia
não bastava para essa lírica?
Que sentimento podava
nossas mãos e palavras
num sopro do vento?
Travessia de sombras no muro.
Tens solidão mais funda
que antigos jazigos.
Jeanne Araújo
O que era aquilo diante
de mim e de ti?
Se era de sangue
ou rubro de dor
necessitava arder tanto
nos olhos?
Por que palavra e meia
não bastava para essa lírica?
Que sentimento podava
nossas mãos e palavras
num sopro do vento?
Travessia de sombras no muro.
Tens solidão mais funda
que antigos jazigos.
A TUA LUA
Hercília Fernandes
Hercília Fernandes
[ in Retrato de Helena, 2005 ]
Me veja nos teus olhos,
como te vejo nos meus.
Me tenha nos teus sonhos,
como tenho, você, nos meus.
Guarde a minha lembrança,
como eu guardarei a tua.
Guarde a minha paixão,
e eu serei a tua lua.
Me ame assim mesmo:
Distante, mas por inteiro.
Porque o que nos separa,
não é à distância,
é a proximidade.
UMA PEQUENA PROVOCAÇÃO
Se Nísia Floresta é uma autora potiguar,
eu sou um escritor marciano.
Nascido em Júpiter.
(Moacy Cirne)
BAR DE FERREIRINHA:
MAIS FOTOS DOS 50 ANOS
Me veja nos teus olhos,
como te vejo nos meus.
Me tenha nos teus sonhos,
como tenho, você, nos meus.
Guarde a minha lembrança,
como eu guardarei a tua.
Guarde a minha paixão,
e eu serei a tua lua.
Me ame assim mesmo:
Distante, mas por inteiro.
Porque o que nos separa,
não é à distância,
é a proximidade.
UMA PEQUENA PROVOCAÇÃO
Se Nísia Floresta é uma autora potiguar,
eu sou um escritor marciano.
Nascido em Júpiter.
(Moacy Cirne)
BAR DE FERREIRINHA:
MAIS FOTOS DOS 50 ANOS
17 comentários:
Olá, Moacy!
Realmete, o Brasil é o que é pelas suas riquezas, incluindo todas s caracteríticas de suas cidades e e sua gente.
Como sempre, as indicações dos poemas são ótimas.
Adoei poder ver algmas destas suas fotos.
Valeu!
Excelente semana!
Muita paz! Beijssssssss
gosto de ver as fotos do povo em confraternização. gosto da nísia.
a moça do retroatelier... gosto do jeito que olha pra o lado, simulando uma indiferença. o colar que se perde no ombro. e que belo colar! rs.. mas o que mais me chamou atenção foi sua barriga, bem diferente (e melhor) que essas "tanquinhos" padronizadas pela mídia.
grande, poeta :)
beijo.
muito bom
muito bom
muito bom
bum!
linda foto e lindo poema da ada lima. beijos, pedrita
Sei não viu.. esse correspondente do RJ, do Bar de Ferreirinha, tá parecendo que num volta de Caicó tão cedo! Nunca estive na Festa de Santana. Ler você e os meninos do Bar do Ferreirinha me são como uma viagem a esse lugar santo... ou seria profano? tanto faz. Um beijo, meu querido, celebre a vida!
Sheyla, Deus te ouça. Moacy em Caicó definitivamente seria bom demais.
Cara! Como eu queria estar aí nessa festa e conhecer esse monte de gente porreta!!! E o poema hoje Tua lua, pq me identifiquei.
esmaques pra ti guri porreta!!!
Marisete Zanon
Retro Atelier, que maravilha!
Parabés a Roberto Fontes pelo belo texto.
Ada Lima e Jeanne Araújo, como sempre arrasam.
Hercília nota 1000!
Pra voce, Moacy, o meu forte abraço, e a alegria de estar aqui.
Beijos Mirse
Conterrâneo,
Ontem mesmo, depois da postagem, copiamos uma idéia do Balaio, que achamos porreta: uma postagem por dia, e pronto! Manteremos a chama acesa, o Bar de Ferreirinha continua funcionando, você nos garante no resto do mundo como correspondente no Rio de Janeiro, e a vida segue. Mirse, obrigado, muito obrigado pela força. Apareça.
Roberto
Moacy,
As mulheres arrasam no bar do Ferreirinha,heim?
Ó mana deixa eu ir
Ó mana eu vou só
Ò mana deixa eu ir
para o sertão do Caicó.
***
Desde que Dottie Parker e o resto do pessoal abandonaram o Algonquim, em New York, e Hem e Scottie deixaram de bater o ponto no Bar do Ritz, em Paris, pressinto que o Bar do Ferreirinha é meu lugar no mundo (Sorry, Nereu e Alemão).
Deusas, me aguardem.
MOacy, me apresente (positivamente, of course).
Mirse, obrigado pela força.Jens, o convite está de pé.Mestre Moacy,seu apelo é uma ordem. Já estamos na batalha.Obrigado por tudo.
Moacy
Não saberia escolher dos poemas, o mais bonito. Adorei o comentário da nina sobre a moça do retroatelier. :). bjs.
Ê coisa boa... Poemas dos bons e festa!
Sim, caro mestre Moacy, cada cidade tem sua peculiaridade que a faz única. Em São Paulo, por exemplo, não dá para imaginar aquela cidade sem as cantinas do Bixiga...
Carpe Diem.
Linda postagem, Moacy.
O texto do Roberto é de uma sensibilidade e coerência encantadora. (O meu aplauso ao querido jornalista caicoense!).
Os poemas são belíssimos, tematizam as percepções de tempo/espaço e os sentimentos do eu-feminino.
Para completar o quadro, a linda imagem de abertura e as fotografias durante as comemorações no bar do Ferreirinha. Tudo muito bonito!
Me sinto honranda, poetíssimo, de figurar nesta bela aquarela. Obrigada!
Um forte abraço,
H.F.
Corrigindo...
Me sinto "honrada"... (risos).
Beijos em todos!
H.F.
Postar um comentário