OBRAS-PRIMAS DO CINEMA
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Minha noite com ela
(Erich Rohmer, 1969)
Godard, Renoir, Bresson, Resnais e Rohmer constituem, para mim, o quinteto mágico do cinema francês, assim como Antonioni, Rossellini, Visconti, Leone e Pasolini, dependendo do nosso momento crítico-afetivo, formam, em minha particular visão, o quinteto mágico do cinema italiano. E aqui temos Rohmer em um de seus "contos morais", um cinema que dialoga com a reflexão e o sentimento. Leiamos Luiz Carlos Merten: "Seus contos tratam, basicamente, de relações amorosas, de encontros e desencontros, de personagens ‘lost in translation’, muito antes que Sofia Coppola se apropriasse da expressão. Boy meets girl, mas este encontro é sempre complicado, porque a relação do casal coloca a questão da fidelidade e Rohmer foi sempre atraído pela transgressão amorosa. A grama do vizinho é mais verde, sempre, mas existem imperativos morais que travam o desejo no seu cinema. Em Ma Nuit Chez Maud, Minha Noite com Ela, Jean-Louis Trintignant passa a noite com a sublime Françoise Fabian, viúva de Jacques Becker, arranjando 1001 razões para não ter sexo com a mulher que está a fim dele e mais tarde descobrimos que sua noiva, na mesma hora, estava na cama com outro. Há sempre uma sutil ironia, uma vontade de refletir sobre o que se ganha e o que se perde com a virtude. E é um cinema falado, construído mais por meio do diálogo do que da ação."
BALAIO PORRETA 1986
n° 2836
Natal, 8 de novembro de 2009
Outros grandes filmes de 1969:
Othon (Straub & Huillet)
A cor da romã (Paradjanov)
Diaries, notes and sketches (Mekas)
Kes (Loach)
Sons britânicos (Godard)
69 primaveras (Alvarez), curta
Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade)
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Minha noite com ela
(Erich Rohmer, 1969)
Godard, Renoir, Bresson, Resnais e Rohmer constituem, para mim, o quinteto mágico do cinema francês, assim como Antonioni, Rossellini, Visconti, Leone e Pasolini, dependendo do nosso momento crítico-afetivo, formam, em minha particular visão, o quinteto mágico do cinema italiano. E aqui temos Rohmer em um de seus "contos morais", um cinema que dialoga com a reflexão e o sentimento. Leiamos Luiz Carlos Merten: "Seus contos tratam, basicamente, de relações amorosas, de encontros e desencontros, de personagens ‘lost in translation’, muito antes que Sofia Coppola se apropriasse da expressão. Boy meets girl, mas este encontro é sempre complicado, porque a relação do casal coloca a questão da fidelidade e Rohmer foi sempre atraído pela transgressão amorosa. A grama do vizinho é mais verde, sempre, mas existem imperativos morais que travam o desejo no seu cinema. Em Ma Nuit Chez Maud, Minha Noite com Ela, Jean-Louis Trintignant passa a noite com a sublime Françoise Fabian, viúva de Jacques Becker, arranjando 1001 razões para não ter sexo com a mulher que está a fim dele e mais tarde descobrimos que sua noiva, na mesma hora, estava na cama com outro. Há sempre uma sutil ironia, uma vontade de refletir sobre o que se ganha e o que se perde com a virtude. E é um cinema falado, construído mais por meio do diálogo do que da ação."
BALAIO PORRETA 1986
n° 2836
Natal, 8 de novembro de 2009
Outros grandes filmes de 1969:
Othon (Straub & Huillet)
A cor da romã (Paradjanov)
Diaries, notes and sketches (Mekas)
Kes (Loach)
Sons britânicos (Godard)
69 primaveras (Alvarez), curta
Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade)
A UM POETA
Nina Rizzi
[ in Ellenismos ]
eu vou te lendo e pouco a pouco
meus olhos verdes, beijo lento, alcançam
o azul das melancolias de picasso;
meu corpo renascentista, fremente, vai
braillando, incendiando como um poema.
Nina Rizzi
[ in Ellenismos ]
eu vou te lendo e pouco a pouco
meus olhos verdes, beijo lento, alcançam
o azul das melancolias de picasso;
meu corpo renascentista, fremente, vai
braillando, incendiando como um poema.
ENCONTRO
de Lisbeth Lima
[ in Flor de Craibeira ]
Trouxe-me a chuva
e, depois dela,
céu aberto, anil.
Trouxe-me a noite
e, dentro dela seu corpo chuviscado,
amanhecido junto ao meu.
Dia claro, céu aberto, abril.
de Lisbeth Lima
[ in Flor de Craibeira ]
Trouxe-me a chuva
e, depois dela,
céu aberto, anil.
Trouxe-me a noite
e, dentro dela seu corpo chuviscado,
amanhecido junto ao meu.
Dia claro, céu aberto, abril.
17 comentários:
Excelente número do Balaio, Moacy. Como sempre, você reúne com notável excelência um caldeirão de boas coisas.
Parabenizo aos poetas in destaque pela fortuna de suas criações, especialmente as meninas, Nina e Karnal, companheiras de estrada.
Beijos em todos e todas,
H.F.
Parabéns, sempre boa poesia. Mas adorei o último dos provérbios: "Dinheiro público é como água benta: todos põem a mão.
(Italiano)" Ehehehehe
Kandandu
ai, esse tb não vi. beijos, pedrita
moacy - bom dia, domingo porreta pra ti!
ler o balaio logo de manhã é pra lá de bombom!
besos
É muita gente fera e eu no meio delas, ai!
Parabéns a todos os colaboradores!
Obrigado, Moa!
Quanta honra!
Um Balaio iluminado como este domingo.
Moacy: gosto muito do cinema do Rohmer. Acho o mesmo de uma regularidade incrível. Já vi dez filmes dele, inclusive este 'Minha noite com ela', que mandei buscar em S.Paulo. É realmente um belo filme.
Um abraço...
Oi Moacy!
Bom filme!
Poesias dos melhores poetas!
Henrique Pimenta
Nina rizzi
Lisbeth Lima
Alezandre Lourenço
Adriana karnal
Gilbert Daniel
Aplausos a todos.
Feira de provérbios: "Se os filhos da puta voassem, nunca veríamos o sol!
Beleza de Balaio!
Beijos
Mirse
Moa,
Chacal não precisa ser comentado.
Adriana Karnal mistura tez com o cosmos, uma de suas belas faces poéticas. A geometria do amor tal como apresentada por Alexandre é prenhe de efeitos sugestivos.
Henrique faz bem sonetos: sejam úmidos ou secos.
Lisbeth manda bem.
Nina sabe compor poemas-dedicatórias, entre tantos outros gêneros.
Abração,
Marcelo.
Moacy,
enredada no Balaio em pleno domingo... é bom demais!
Obrigada,
Um abraço,Lisbeth
Nina Rizzi
O poeta Nina
Mima – a
Finidades
Eletivas
Rima
Soluços outonais
Ri
Mais
Ri (zziiiii) de Palhaço
Roda- roda
Assassina
Nesse imenso Ser ( Tão)
Arcaico Caicó
Tantra Dor
Tão grande o amor
Em (tão ) curta vida.
damata
Gosto muito do Rohmer, mas "Minha Noite com Ela" não está entre meus preferidos dele. Um abraço!
delícia estar no balaio com tanta gente boa,valeu moacy!!!
moa, esse balaio está uma overdose de gostosuras poéticas, igual à goiaba gaiata do chacal... a gente sai com a alma saciada :)
obrigadíssima pela mensagem, viu.
um beijo.
arre, que balaio mais porreta, e eu aqui, sempre em boa companhia, devia levá-los todos pra minha casa e até arrancava da porta a poesia "sobre aminha porta".
tudo aqui é esmero, mas pra continuar em minha linha "poética", eu vou gritar até esvair a voz, dissolver renascências, o poema de Alexandre Lourenço...
Ah, 'inda ganhei um poema de DaMata. tá bom demais, tá bom demais e vai o recado: dulcinéia tá querendo ver o dom quixote mulamanca. esse cordel é nosso ;)
beijo de azulescências...
Destaque para Adriana Karnall e Pimenta. Excelentes produtos em geral para o balaio. você sabe escolher a mercadoria ...beijo.
Nossa, Moacy, acabei não vendo este post. Tá bárbaro! Quanta fera... Beijos.
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