OBRAS-PRIMAS DO CINEMA
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para verouvir uma sequência cantante de
Jules et Jim
(Ftançois Truffaut, 1962)
Uma mulher para dois (em alguns momentos, uma mulher para três) é um dos filmes mais sutis e amorosos da história do cinema, com sua beleza febril de conotações transplanetárias: na Paris da belle époque, dois grandes amigos - um francês e um alemão - se apaixonam pela mesmíssima e inesquecível mulher (interpretada de forma antológica por uma deslumbrante Jeanne Moreau). Os três, morando juntos, vivem um você-nós, eventualmente um você-eu, de raízes vivenciais sublinhadas pela sensibilidade narrativa e temática de François Truffaut. O filme, assim, é um poema cinematográfico, capaz de provocar alumbramentos e encantamentos: a rigor, plástica e existencialmente, é um turbilhão da vida, um turbilhão do amor. Pronto para ser contemplado, sequência por sequência; pronto para ser amado, fotograma por fotograma.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2850
Natal, 22 de novembro de 2009
Grandes filmes lançados e/ou produzidos em 1962,
segundo a nossa avaliação atual,
sujeita a tempestades, tangerinas e seridolências:
1. Eclipse (Antonioni)
2. Viver a vida (Godard)
3. Jules et Jim (Truffaut)
4. O homem que matou o facínora (Ford)
5. O processo (Welles)
6. O anjo exterminador (Buñuel)
7. O silêncio (Bergman)
8. Muriel (Resnais)
9. Dois destinos (Zurlini)
10. Porto das Caixas (Paulo César Saraceni)
11. O processo de Joana d'Arc (Bresson)
12. A infância de Ivan (Tarkovski)
13. A faca na água (Polanski)
14. Harakiri (Kobayashi)
15. O homem de Alcatraz (Frankenheimer)
16. Labirinto (Lenica), curta/animação
para verouvir uma sequência cantante de
Jules et Jim
(Ftançois Truffaut, 1962)
Uma mulher para dois (em alguns momentos, uma mulher para três) é um dos filmes mais sutis e amorosos da história do cinema, com sua beleza febril de conotações transplanetárias: na Paris da belle époque, dois grandes amigos - um francês e um alemão - se apaixonam pela mesmíssima e inesquecível mulher (interpretada de forma antológica por uma deslumbrante Jeanne Moreau). Os três, morando juntos, vivem um você-nós, eventualmente um você-eu, de raízes vivenciais sublinhadas pela sensibilidade narrativa e temática de François Truffaut. O filme, assim, é um poema cinematográfico, capaz de provocar alumbramentos e encantamentos: a rigor, plástica e existencialmente, é um turbilhão da vida, um turbilhão do amor. Pronto para ser contemplado, sequência por sequência; pronto para ser amado, fotograma por fotograma.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2850
Natal, 22 de novembro de 2009
Grandes filmes lançados e/ou produzidos em 1962,
segundo a nossa avaliação atual,
sujeita a tempestades, tangerinas e seridolências:
1. Eclipse (Antonioni)
2. Viver a vida (Godard)
3. Jules et Jim (Truffaut)
4. O homem que matou o facínora (Ford)
5. O processo (Welles)
6. O anjo exterminador (Buñuel)
7. O silêncio (Bergman)
8. Muriel (Resnais)
9. Dois destinos (Zurlini)
10. Porto das Caixas (Paulo César Saraceni)
11. O processo de Joana d'Arc (Bresson)
12. A infância de Ivan (Tarkovski)
13. A faca na água (Polanski)
14. Harakiri (Kobayashi)
15. O homem de Alcatraz (Frankenheimer)
16. Labirinto (Lenica), curta/animação
POEMA de
Sanderson Negreiros (RN)
[ in 50 poemas escolhidos pelo autor, 2008 ]
Aves ardem
portos barcos muros.
O sol
cancioneiro
veleja em hábil azul.
Jaz.
E, baixo, desliza
o pomo do seu gasto sossego.
Sanderson Negreiros (RN)
[ in 50 poemas escolhidos pelo autor, 2008 ]
Aves ardem
portos barcos muros.
O sol
cancioneiro
veleja em hábil azul.
Jaz.
E, baixo, desliza
o pomo do seu gasto sossego.
MERGULHO
Janice Caiafa
[ in SupLeMGnto. BH, março de 1995 ]
quando caio
nada vinga além do nado
caio entre e me salvo
pelo meio
guelras ganhas, estou só
absoluta no líquido
quase aquática
nem amo de tão perfeita
POEMA
Mariana Botelho
[ in Suave Coisa ]
minha boca quer silêncio
Alain Bisgodofu
Quero comer o verso
que tremula na
língua
e nunca mais falar de
poesia
EPICENTRO
Mercedes Lorenzo
[ in Cosmunicando ]
caladas
há palavras morando em minhas mãos
onde um gráfico sísmico
se desenha tradução
BOM DIA
Vivi Fernandes de Lima
[ in Atos da folia, inédito ]
Não há bom dia mais perfeito
do que a minha cara de bem comida
refletida no espelho.
APREÇO
Adrianna Coelho
[ in Metamorfraseando ]
tem sido um esforço caro
libertar a poesia:
da minha própria essência
torno-me cativa
PEDRA
Francisco Marcelo Cabral
[ in Livro dos poemas. Cataguases, 2003 ]
Escrevemos
porque sabemos
que vamos morrer.
Escrevemos
porque não sabemos
por quê.
Informação cultural
DE COMO O POPULAR FURICO É CONHECIDO
PELA BRAVA GENTE BRASILEIRA
- Alguns exemplos
[ in Balaio n° 810, de 9 de abril de 1996 ]
Arroto choco [] Ás de copas [] Arroz queimado
Almanaque [] Boga [] Bebê chorão [] Bainha de bosta
Bode rouco [] Bufante [] Bassoura [] Ceguinho [] Curioso
Demagogo [] Deputado [] Dólar furado [] Decente [] Digníssimo
Drácula [] Excomungado [] Excelência [] Foba [] Fi-o-fó
Frinfa [] Fedegoso [] Foreba [] Fogoió [] Fim de linha
Furiba [] Farinha azeda [] Fole gemedor [] Furioso
Flozardo [] Graduado [] Impaciente [] Inté logo
Janeiro [] Lamparina de cego [] Merdante
Oião [] Oritombó [] Plim-plim [] Sibazó
Trololó [] Tribufu [] Triscado [] Usina
Viajante [] Zeguedegue [] Zefini
( Fonte: Oxente, nous avons buchê,
de Orlando Caboré. Natal, 1996 )
Janice Caiafa
[ in SupLeMGnto. BH, março de 1995 ]
quando caio
nada vinga além do nado
caio entre e me salvo
pelo meio
guelras ganhas, estou só
absoluta no líquido
quase aquática
nem amo de tão perfeita
POEMA
Mariana Botelho
[ in Suave Coisa ]
minha boca quer silêncio
Alain Bisgodofu
Quero comer o verso
que tremula na
língua
e nunca mais falar de
poesia
EPICENTRO
Mercedes Lorenzo
[ in Cosmunicando ]
caladas
há palavras morando em minhas mãos
onde um gráfico sísmico
se desenha tradução
BOM DIA
Vivi Fernandes de Lima
[ in Atos da folia, inédito ]
Não há bom dia mais perfeito
do que a minha cara de bem comida
refletida no espelho.
APREÇO
Adrianna Coelho
[ in Metamorfraseando ]
tem sido um esforço caro
libertar a poesia:
da minha própria essência
torno-me cativa
PEDRA
Francisco Marcelo Cabral
[ in Livro dos poemas. Cataguases, 2003 ]
Escrevemos
porque sabemos
que vamos morrer.
Escrevemos
porque não sabemos
por quê.
Informação cultural
DE COMO O POPULAR FURICO É CONHECIDO
PELA BRAVA GENTE BRASILEIRA
- Alguns exemplos
[ in Balaio n° 810, de 9 de abril de 1996 ]
Arroto choco [] Ás de copas [] Arroz queimado
Almanaque [] Boga [] Bebê chorão [] Bainha de bosta
Bode rouco [] Bufante [] Bassoura [] Ceguinho [] Curioso
Demagogo [] Deputado [] Dólar furado [] Decente [] Digníssimo
Drácula [] Excomungado [] Excelência [] Foba [] Fi-o-fó
Frinfa [] Fedegoso [] Foreba [] Fogoió [] Fim de linha
Furiba [] Farinha azeda [] Fole gemedor [] Furioso
Flozardo [] Graduado [] Impaciente [] Inté logo
Janeiro [] Lamparina de cego [] Merdante
Oião [] Oritombó [] Plim-plim [] Sibazó
Trololó [] Tribufu [] Triscado [] Usina
Viajante [] Zeguedegue [] Zefini
( Fonte: Oxente, nous avons buchê,
de Orlando Caboré. Natal, 1996 )
14 comentários:
Domingo poético aqui no Balaio. Valeu, Moacy.
jules e jim é daqueles filmes q todo mundo viu menos eu. beijos, pedrita
Seleção de oiro, Moacy, dá vontade de nem mais sair daqui.
Abraço!
;)
Pedrita:
Tenho inveja de vc que ainda pode descobrir um filmaço como "Jules e Jim"!
Beijos:
Marcos Silva
Moacy: 'Jules et Jim' foi exibido aqui em Natal em junho de 1965, no cine Nordeste. Eu o assisti, precisamente, no dia 17. Realmente é uma obra-prima.
Sobre os filmes que vc cita, não conheço 'Muriel' e nem 'Labirinto'.
Um abraço...
"Escrevemos
porque sabemos
que vamos morrer.
Escrevemos
porque não sabemos
por quê."
Kandandu, meu caro!
O melhor do melhor: "seridolências" e o poema de F. Marcelo Cabral...
Um abraço.
Que Bom dia da Vivi. Seleção de filmes impecável. É domingo.
Moa,
Parabéns aos poetas.
O Digníssimo é, de fato, bem popular.
E c'est fini [Zefini é fantástico epíteto ao dito cujo].
Abração,
Marcelo.
Belas palavras sobre Jules e Jim. Assino embaixo e por todos os lados.
Lindo domingo por aqui, Moacy! Por muito tempo assiti Jules & Jim e sempre dizia -e ainda digo: este filme está entre os melhores que já vi. Truffaut arrebentou!
Um abraço.
Jefferson.
Jules & Jim... para um rever sem fim... Mas foi o anjo de Buñuel que me exterminou para sempre... e entre tantos que ainda não vi, quero essa Faca na água... e entre atos fico com a folia de Vivi, confesso que Vivi, deu ao dia o bom da poesia! Balaio na cabeça, sempre! E a aula de hoje, em pleno domingo, bingo: nesse cú de mundo, foi a fundo!
jules et jim foi dos filmes que mais mexeram comigo. isso nos anos 90. imagino o que não deve ter sido turbilhonamentos em 60.
eu já vi uma re-história, não me lembro agora o nome, mas era um homem pra duas. parece que atualmente há mais mulheres e mais machismos.
abraço.
Oi, Moa!
Estava fora no fim de semana. Mas, pelo visto, chacoalhei no Balaio, com esses poetas Porretas.
Arroto choco me fez rir muito.
beijos
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