Pin-up
dos anos 30 do século passado por
Rolf Armstrong
BALAIO PORRETA 1986
n° 2865
Natal, 10 de dezembro de 2009
Num poema, o eco é tão importante quanto o silêncio.
(Edmond JABÊS / Max MARTINS)
POR VIA DAS DÚVIDAS
Vivi Fernandes
[ in Chalé da Vivi ]
FILMES PARA UMA TEMPORADA EM SÃO SARUÊ
(2 / 22)
dos anos 30 do século passado por
Rolf Armstrong
BALAIO PORRETA 1986
n° 2865
Natal, 10 de dezembro de 2009
Num poema, o eco é tão importante quanto o silêncio.
(Edmond JABÊS / Max MARTINS)
LIMIAR
Carlito Azevedo
[ in Sob a noite física. Rio, 1996 ]
A via-láctea se despenteia.
Os corpos se gastam contra a luz.
Sem artifícios, a pedra
acende sua mancha sobre a praia.
Do lixo da esquina partiu
o último vôo da varejeira
contra um século convulsivo
Carlito Azevedo
[ in Sob a noite física. Rio, 1996 ]
A via-láctea se despenteia.
Os corpos se gastam contra a luz.
Sem artifícios, a pedra
acende sua mancha sobre a praia.
Do lixo da esquina partiu
o último vôo da varejeira
contra um século convulsivo
POR VIA DAS DÚVIDAS
Vivi Fernandes
[ in Chalé da Vivi ]
Eu prometo
que vou te esperar
sem tropeço
Eu prometo
que só vou falar
com quem conheço,
mesmo assim,
com algum receio
Eu prometo
que só vou estar
com quem mereço,
mesmo assim,
só no bar do Alfredo
Por isso mesmo
eu te peço:
Meu amor, volte cedo.
que vou te esperar
sem tropeço
Eu prometo
que só vou falar
com quem conheço,
mesmo assim,
com algum receio
Eu prometo
que só vou estar
com quem mereço,
mesmo assim,
só no bar do Alfredo
Por isso mesmo
eu te peço:
Meu amor, volte cedo.
POEMA
Chico Doido de Caicó
O meu pau-brasil,
Cabra safado por natureza,
Adora um xibiu macio
Em natural safadeza.
Adora bunda e adora boca
Dentro da maior chumbregueza.
Chico Doido de Caicó
O meu pau-brasil,
Cabra safado por natureza,
Adora um xibiu macio
Em natural safadeza.
Adora bunda e adora boca
Dentro da maior chumbregueza.
FILMES PARA UMA TEMPORADA EM SÃO SARUÊ
(2 / 22)
City Lights / Luzes da cidade (Chaplin, 1931). O humor. O humanismo. A pantomina. O circo. O meloso. A surpresa. A cidade. A luz. O verão. O bêbado. O equilibista. A poesia. Em busca do ouro.
Calabuch / Onde o mundo acaba (Berlanga, 1956). A utopia. A simplicidade. O poético. O cientista. A professorinha. A claridade. A fuga. A surpresa. O cômico. O quasetudo. Em busca de Pasárgada.
Nem Sansão nem Dalila (Carlos Manga, 1954). A oscaritização. A chanchada. O humor. A paródia. O Brasil. O Rio. A carioquice. A malandragem. A cumplicidade. O carnaval. Em busca da história.
Calabuch / Onde o mundo acaba (Berlanga, 1956). A utopia. A simplicidade. O poético. O cientista. A professorinha. A claridade. A fuga. A surpresa. O cômico. O quasetudo. Em busca de Pasárgada.
Nem Sansão nem Dalila (Carlos Manga, 1954). A oscaritização. A chanchada. O humor. A paródia. O Brasil. O Rio. A carioquice. A malandragem. A cumplicidade. O carnaval. Em busca da história.
APRENDIZAGENS
Carmen Vasconcelos
[ in Preá nº 12, Natal, FJA, 2005 ]
"Não há nada de novo debaixo do sol"
(Eclesiastes, 1,9)
Chego ao sol, meu pasmo é imenso!
Quero enfeitiçar o amanhecer.
Tranço cabelos, destranco roupas,
fico tramando proximidades.
Guardo nesgas da noite nos poros,
trago cartas, cristais, oráculos
e pulsares varados de vidência.
Não me seguro em pensamentos,
o mundo é coisa de sentir.
Abro janelas em mim, e portas,
mas conservo cortinas, transparências,
para reter os avisos do vento.
Todos os dias teço aprendizagens,
todos os dias renasço de assombro.
O sol é um deus que sabe doar-se.
Carmen Vasconcelos
[ in Preá nº 12, Natal, FJA, 2005 ]
"Não há nada de novo debaixo do sol"
(Eclesiastes, 1,9)
Chego ao sol, meu pasmo é imenso!
Quero enfeitiçar o amanhecer.
Tranço cabelos, destranco roupas,
fico tramando proximidades.
Guardo nesgas da noite nos poros,
trago cartas, cristais, oráculos
e pulsares varados de vidência.
Não me seguro em pensamentos,
o mundo é coisa de sentir.
Abro janelas em mim, e portas,
mas conservo cortinas, transparências,
para reter os avisos do vento.
Todos os dias teço aprendizagens,
todos os dias renasço de assombro.
O sol é um deus que sabe doar-se.
8 comentários:
tudo no bom sentido da palavra!
besos
Chico Doido e Oscarito dariam um grande espetáculo de carnavalização, da linguagem e dos sentidos.
Que boa a ideia do Assis.
Buenas, Moacy!
Belabelabela, molto bella a pin-up, dá mesmo um UP no meu dia que já é um sol sustenido.
Por via das dúvidas (uh), ficarei com o segundo filme.
Um cheiro. de café. da Nina
Moacy consegui encontrar teu livro, História e crítica dos quadrinhos brasileiros, na dedicatória tem o mês e o ano em que vc esteve em Feira - na UEFS, participando de um seminário sobre hqs: maio de 1991.
via-láctea me lembrou o maravilhoso filme da lina chamie. beijos, pedrita
Querido Mestre,
espero que já estejas bem recuperado.
Estive ausente, em busca de estrelas, mas voltei de mãos vazias.
Mas não desisto! Um dia apareço com os braços e o coração cheios delas.
É só ter perseverança, e isso tenho de sobra.
Beijos saudosos
Oi Moacy!
Carlito e Chico Doido, em destaque hoje!
Como sempre belo seu Balaio!
Através de comentários, soube que não anda bem e estimo suas melhoras!
Precisamos de sua força!
Beijos
Mirse
Olha só que honra! Participar da mesma edição de Chico Doido é uma coisa muito doida, doida de boa! beijos
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