quinta-feira, 14 de junho de 2007

O nome dos municípios devia ser inalterável, imutável, perpétuo, como os nomes dos oceanos e das cordilheiras. (Luís da Câmara CASCUDO. Vila Imperial de Papari, in O livro das velhas figuras, IX. Natal: EDUFRN, 2005, p.19)


BALAIO PORRETA 1986
nº 2036
Rio, 14 de junho de 2007


QUATRO MOMENTOS MÁGICOS EM NATAL

1. A partir do primeiro dia, o reencontro, diário ou ocasional, com pessoas queridas e/ou amigas: Fátima (a mulher amada), Thaís, Thaíssa, Thiago, Pedrinho, Antônia e Ericsson (o americano por excelência); os irmãos Milton, Betinha, Lourdinha, e mais: Walfredo, Raimundo, Melissa e Madrinha Bela (com seus admiráveis 93 anos); Nei, Sandra, Tácito, Jeanne, Abimael, Lívio e Lula; Anchieta, Falves, Dácio, Candinha, Dailor e Teresa Maciel; Donária, Margarida, Marlon e Pablo (o abecedista de todas as horas e de todos os segundos). Quem mais?

2. Dia 6, à noite: a comemoração da torcida tricolor no Bar Sol e Lua, em Ponta Negra. Diante da tv, reagíamos como se estivéssemos em Floripa: entusiasmo, receio, sofrimento. E o mais profundo grito final: vibrávamos enlouquecidos pelas magia do nosso terceiro título nacional (Taça de Prata, 1970; Brasileirão, 1984; Copa do Brasil, 2007). Abraçávamos como se fôssemos conhecidos desde a época da publicação d'Os lusíadas, em 1572. Cantávamos o hino tricolor como se, enfeitiçados, presenciássemos uma cena bíblica do Velho Testamento.

3. Dia 7, à tarde: a homenagem aos 40 anos do poema/processo, na Bienal do Livro. A sua importância para a história das vanguardas & experimentações (anti)literárias do país. Como tudo surgiu, em dezembro de 1967. Como Natal participou de seu momento inaugural. Como se deu a "ponte produtiva" entre o Rio e Natal. Como pensar o poema/processo, hoje. Ou amanhã. Anchieta Fernandes, Falves Silva, Dácio Galvão e este vosso escriba das águas seridoenses colocávamos em discussão as matrizes gerais do movimento & suas conseqüências teóricas e práticas.

4. Dia 10, à noite: a encenação, no Alberto Maranhão, de Toda nudez será castigada, pelo excelente Armazém Companhia de Teatro. Uma montagem quase perfeita, seja pela direção de Paulo de Moraes, ou pela cenografia de Carla Burri e do próprio Moraes. Seja pela interpretação de Patrícia Selonk, ou pela presença em cena de Thales Coutinho, Sérgio Medeiros, Raquel Karro e das "três tias". Seja pela iluminaçaão de Maneco Qinderé, pelos figurinos de Rita Murtinho, ou pela música de Arrigo Barnabé. Enfim, um espetáculo digno de Nelson Rodrigues.

Nota1:
Para completar a magia natalense dos últimos dez dias, ainda em homenagem ao poema/processo, lançamos na barraca do Sebo Vermelho o livro Poemas inaugurais.

Nota2:
No Poema/Processo atualizado hoje: gravurapoema do paraibano Guy Joseph.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Moacy,

Gostei Muito Da Lembrança Da Gente!! Já Estou Com Muitas Saudades De Você!!

Beijos Da Sua Filha "Torta"

Thaís