segunda-feira, 2 de julho de 2007


Em busca do tempo perdido:
Eis Ponta Negra, em Natal, quando a conheci, em 1952.
Um lugar distantedistante, verdadeiro paraíso,
simples vila de pescadores e praia de veranistas.
Hoje, o Morro do Careca já não é o mesmo.
Hoje, Ponta Negra já não é a mesma.
(Foto de Jaeci Emerenciano)


BALAIO PORRETA 1986
nº 2051
Rio, 2 de julho de 2007



A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
666 livros indispensáveis (22b / 111)

Poesia russa moderna, sel. & trad. Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968, 268p. [] Transcriações de alguns dos mais belos poemas russos e/ou soviéticos. Destaque todo especial para Aleksander Blok, Vassíli Kamiênski, Vielímir Khliébnikov, Ana Akhmátova, Sierguéi Iessiênin e, claro, Vladímir Maiakóvski. Há uma segunda edição, revista e ampliada, em 1985, pela Brasiliense (292p.), de São Paulo. De qualquer maneira, as duas edições são primorosas.

Poesia [1963], de T.S. Eliot. Trad., intr. & notas Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981, 312p. [] Bastaria a inclusão do antológico A terra desolada, de 1922, para transformá-lo em grande livro. Mas há outros momentos da melhor qualidade poética, sempre bem traduzidos: Quarta-feira de cinzas, Poemas de Ariel, Quatro quartetos. No Brasil, também traduziram Eliot, é bom lembrar, Paulo Mendes Campos, Maria da Saudade Cortesão, Oswaldino Marques, Péricles Eugênio da Silva Ramos. Há mais nomes, decerto.


UMA RECOMENDAÇÃO BOROGODOSA

Antologia: Chiclete com Banana, n° 1, de Angeli. São Paulo: Nova Sampa / Devir Livraria, junho 2007, 50p. Preparemos nossos corações, nossas mentes, nossas dúvidas, nossas alegrias: as HQs de Angeli para a a revista Chiclete com Banana, lançada em 1985, estão de volta. Para quem as conheceram na época e para aqueles que nunca as viram, as histórias de Rê Bordosa, Bob Cuspe, Meiaoito e outros pesonagens são impagáveis. Há também uma HQ de Laerte: Penas. Este é o primeiro de uma série de 16 gibis. O presente número contém criações de 1985 a 1989.

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Por muito libertário que seja, um jovem procura moldar-se com base num esquema abstrato, que decorre, em última análise, do exemplo do mundo. E um homem, por muito conservador que seja, faz seu valor consistir no desvio individual do modelo. // Isso provém do fato de que somente aos poucos a gente compreende que uma linha de vida é criação nossa em todas as raízes miúdas que a fazem surgir da experiência. (Cesare PAVESE. O ofício de viver [5 de março de 1939]. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988, p.149)

5 comentários:

Maria Maria disse...

Moacy, gostei muito dessa imagem de Natal antiga! Beijos, Maria

Anônimo disse...

Realmente a praia de Ponta Negra, onde estive faz pouco tempo, não lembra em nada a dessa foto. O Morro do Careca está muiiiiito mais careca. Coisas do progresso, infelizmente! Um abraço.

Anônimo disse...

Meu caro Moacy,
Gosto muito de Natal, muito, a despeito de nunca ter conhecido nenhuma de suas praias.
Estou acompanhando a relação de sua Biblioteca dos Sonhos. Considero um serviço a mais que sua generosidade nos presta.
Forte abraço.

Marco disse...

Caro mestre Moacy,
Que saudades de Ponta Negra! Ah, eu ali estive pela primeira vez em 1984. Subi o Morro do Careca e do outro lado descobri uma praia deserta onde tomei banho pelado.
Quando estive há três anos em natal, Ponta Negra já não ea a mesma coisa e o Morro do Careca estava cercado.
Caro mestre: tem prêmio para o Balaio lá no Antigas Ternuras.
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.

o refúgio disse...

Adoro fotos antigas e essa tá linda.
Poesia Russa Moderna: maravilhoso esse livro. Quem tem é meu ex, que pena...
Mas na verdade voltei pra te falar do blogue do Marcelo Carvalho. Marcelo é um rapaz jovem, professor da rede pública na Baixada Fluminense, gente muito fina, inteligente, sensível e escreve bem, seu blogue é bem diversificado. Vai lá dar uma olhada, acho que ele vai gostar de conhecer o Balaio.

www.resumodachuva.blogspot.com

Beijão.