sábado, 21 de julho de 2007


Grandes momentos do cinema:
M, o vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931).
Com interpretação magistral de Peter Lorre,
fotografado por Fritz Arno Wagner
e tema musical [assobiado] de Edward Grieg (Peer Gynt).
"O roteiro de M, o vampiro de Dusseldorf inspirou-se na crônica policial: uma série de assassinatos praticados contra crianças na cidade de Dusseldorf. Nas mãos de um diretor qualquer, esse material poderia resultar, no máximo, num thriller interessante feito com correção, se apoiado num bom roteiro. Servido pelo talento cinematográfico de Lang, sua sensibilidade artística e a visão crítica da sociedade, transformou-se num dos maiores filmes da história do cinema e, certamente, a obra-prima do cinema sonoro alemão durante muitos anos". (Francisco SOBREIRA, in Clarões da tela; o cinema dentro de nós, de Marcos Silva e Bené Chaves, orgs. Natal: EDUFRN, 2006, p.59-60).


BALAIO PORRETA 1986
nº 2068
Rio, 21 de julho de 2007
105 anos do Fluminense Futebol Clube



POEMA
de Sandra Camurça (PE)
[ in O Refúgio ]

num mergulho quente-úmido
você afunda
dentro de mim
em direção ao centro da Terra


MARACUJÁ
de Napoleão de Paiva Sousa (RN)
[ in Substantivo Plural ]

de tão redondo e belo
estabelece a dúvida:
fruta ou bibelô?
se da fruteira sai, ponche é.
se fica, bruxuleia em rugas
na atrofia lenta, seca
do enfeite que envelhece
quieto.


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
666 livros indispensáveis (25a / 666)

A Cidade de Deus [413-426], de Santo Agostinho. Trad. Oscar Paes Leme. Intr. Padre Riolando Azzi. São Paulo: Editora das Américas, 1961, 446p. [Livro adquirido em Natal, na Universitária, por volta de 1962-63] "A Cidade de Deus exerceu sobre a história das doutrinas uma das mais diversas e duráveis influências. Ela fascinou a Idade Média cristã" (Michel Fédou, in Dicionário das obras políticas, 1993, p.19). Como já se disse inúmeras vezes, trata-se, a rigor, da primeira e mais consistente tentativa de uma fundante leitura teológica da História, ou seja, neste caso particular, de uma leitura de base cristã. Uma das obras fundamentais do pensamento religioso-político-filosófico ocidental, entenda-se A Cidade de Deus - com todo o seu fulgor teológico - como a abertura ontológica para um Platão cristianizado. Aliás, esse é o entendimento de Riolando Azzi, na Introdução. Um livro absolutamente indispensável. Para ser lido e relido com a devida atenção.

Manifesto do Partido Comunista [1848], de Karl Marx & Friedrich Engels. Trad. Marco Aurélio Nogueira e Leandro Konder. Petrópolis: Vozes, 1988, 152p. [São muitas as traduções em língua portuguesa do Manifesto; escolhemos esta entre outras, sem nenhum motivo especial para fazê-lo, a não ser pela tradução confiável] Até hoje, em termos de propaganda política tecida com rigor e vigor, o Manifesto de Marx & Engels continua sendo um documento cultural de rara importância para a história social do pensamento humano. E se o socialismo real, pretensamente construído em nome do marxismo, faliu em várias frentes de prática política, a Teoria Marxista - em suas premissas políticas e econômicas - está mais viva do que nunca. Decerto, é preciso saber estudá-la e apreendê-la, sem os vícios revisionistas e pseudo-socialistas que a deturparam durante anos e anos, décadas e décadas. Faz-se necessário, pois, que voltemos ao Marxismo, numa releitura criadora de Marx e Engels.


UM BLOGUE PORRETA

Luzes da Cidade
, de Francisco Sobreira.
Cinema e literatura:
contos, análises de filmes
e curiosidades cinematográficas.
Escrita segura, escrita madura.

||||||||||||||||||||||||

Deplorar a religião é tão inútil quanto celebrá-la. Onde encontrar a transcendência? Temos as artes: Shakespeare, Bach e Michelangelo ainda bastam para a elite, mas não bastam para o povo. (Harold BLOOM. Jesus e Javé; os nomes divinos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006, p.271)

3 comentários:

Francisco Sobreira disse...

Caro Moacy,
Corri pra cá assim que vi o seu comentário lá no "Luzes". Que alegria ver "M", um dos meus 20 filmes preferidos e a surpresa da transcrição de um trecho da minha crítica sobre ele no livro "Clarões da Tela. Muito obrigado pela transcrição e, por mais uma vez, você recomendar o meu blogue, que terminei há pouco de atualizá-lo. Agora, uma pequenina correção na sua postagem. Napoleão, cujo apartamento é vizinho ao meu, é aqui do Rio Grande do Norte, precisamente de Alexandria. Um grande abraço.

Marco disse...

Bela postagem, no que destaco a homenagem ao blog do nosso amigo Sobreira que � sempre sensacional e extremamente l�cido em seus coment�rios. Carpe Diem.

o refúgio disse...

Ó eu na fita, mano! Vamo que vamo (risos). Grata, Moacy.
Ah, tenho o Manifesto Comunista em quadrinhos.

Beijos,
sandra, uma grafiteira virtual.