quinta-feira, 17 de janeiro de 2008


Nu feminino
(c1853)
de
Eugène Durieu

in
Photo icons
[ Taschen, 1996, p.26 ]


BALAIO PORRETA 1986
n° 2207
Rio, 17 de janeiro de 2008


ADIVINHA
Orides Fontela
[ in Teia. São Paulo, 1996 ]

O que é impalpável
mas
pesa

o que é sem rosto
mas
fere

o que é invisível
mas
dói.


AUTO-EPITÁFIO n° 2
José Paulo Paes
[ in Socráticas. São Paulo, 2001 ]

para quem pediu sempre tão pouco
o nada é positivamente um exagero


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS

Photo icons; Petite histoire de la photo [1996], de Hans-Michael Koetzle. Paris; Köln; Hong Kong; Los Angeles; Madrid; Tokyo : Taschen, 2005, 352p. [] Mapeamento crítico-histórico e gráfico-visual de fotos emblemáticas, entre 1827 e 1991. As reproduções são perfeitas, como a do Nu (p.26), segundo a visão sofisticada de Eugène Durieu (1800-74), em associação com o pintor Eugène Delacroix: a fotografia, já em seu início, ou quase, começava a ser arte. Muitas vezes, arte e encantamento, como a série dedicada a Sarah Bernhardt por Nadar (1820-1910), em 1864 (p.54ss); arte e realismo, como a famosa Mulher cega, em 1916 (p.150), de Paul Strand (1890-1976); arte e experimentalismo, nos anos 20 (p.158ss), por Man Ray (1890-1976); arte e jornalismo, como Morte de um soldado republicano, de 1936 (p.178), por Robert Capa (1913-54). Há outras referências icônicas, igualmente analisadas com agudeza interpretativa: Toulouse-Lautrec em seu gabinete (1894, p.80), de Maurice Guilbert; Alemanha 1945 (1945, p.206), um dos trabalhos mais cultuados de Henri Cartier-Bresson; as últimas fotos de Marilyn Monroe (1962, p.252ss), de Bert Stern; Che (1963, p.264), de René Burri; Kwait (1991, p.332), de Sebastião Salgado. Há outros nomes, outros ícones, outras descobertas. Afinal, com a fotografia, mesmo a mais amadora, o nosso olhar faz do "congelamento" estético um espaço aberto para a memória e a emoção. Decerto, há obras com maior número de informações. Por exemplo: A concise history of photography, de Helmut & Alison Gernsheim (London : Thames and Hudson, 1965, 314p), ou, então, com aparato crítico mais fascinante. É o caso de Susan Sontag em Ensaios sobre fotografia.

3 comentários:

Joaquim Amândio Santos disse...

o que é o conhecimento?

visão directa do corpo e da atitude?
prolongado caminho nem que condutor à saturação encapotada?

Vivência superficial feita de fait-divers e não de curiosa partilha sem hora nem condicionalismos marcados?

Será assim tão impossível iniciar o conhecimento na distância? julgo que não e defendo tal desiderato.


EIS A MINHA HOMENAGEM AOS BLOGGERS, ESSES INCANSÁVEIS CRIADORES DE LAÇOS!

Anônimo disse...

Olhai os livros do balaio! Balaio nú, balaio artístico, balaio fotogênio Moacyrne!

Ane Brasil disse...

olá, menino, bom estar de volta por aqui!
Feliz ano novo, que 2008 seja repleto de saúde, amor, paz, harmonia, prosperidade, ceva gelada e muita promoção em sebo.
Aí, arrumado esse autoepitáfio. acho que vou pegar de empréstimo.
sorte e saúde pra todos!