sábado, 23 de fevereiro de 2008


As férias do Sr. Hulot,
de Jacques Tati,
lançado em 1953,
o ano de
Contos da lua vaga (Mizoguchi),
A roda da fortuna (Minnelli),
Era uma vez em Tóquio (Ozu),
Noites de circo (Bergman),
Viagem à Itália (Rossellini),
Os boas vidas (Fellini),
Velhas lendas tchecas (Trnka).


BALAIO PORRETA 1986
n° 2241
Rio, 23 de fevereiro de 2008



OS ÚLTIMOS FILMES (RE)VISTOS

Cotações:
*** (excelente); ** (ótimo); * (especialmente bom)
Sem cotação: razoável e/ou interessante

Sangue negro ** (Anderson, 2007), no Arteplex/6
Em casa:
Diaries, notes and sketches [Walden] *** (Mekas, 1969)
Eu te amo * (Marcelo Ikeda, 2006), vídeo/curta
Um filme abstrato - Parte 1 * (Marcelo Ikeda, 2005), vídeo/curta
[R] West side story *** (Wise & Robbins, 1961)
[R] As férias do Sr. Hulot *** (Tati, 1953)


Memória 1975
A CENSURA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR / 7
[ in Memória da Censura no Cinema Brasileiro ]

Parecer sobre
A família do barulho, de Júlio Bressane

"Trata-se de uma família de náufragos do Novo Mundo suas novas relações de amizade e convivência. Como pano de fundo uma jogada gangstérica com petróleo travestis e odaliscas". Isto segundo a sinopse apresentada na ficha técnica. Pelo que apresenta, o filme pode receber inúmeras interpretações. O que não tem explicação é colocar tanta besteira e idiotices junto, em um mesmo filme. Homosexualismo, lesbianismo, além de grossuras e agressões compõem a base de uma estória sem pé nem cabeça, relatada da forma mais absurda possível.
Como retrato absurdo de uma família, onde a degeneração atinge níveis inconcebíveis, em cenas desconexas. Insinuações claras de imoralidades, linguagem chula e alguns palavrões totalmente desnecessários, homosexualismo, lesbianismo e outras idiotices do mesmo calibre levam-me a opinoar, digo, opinar pela NÃO LIBERAÇÃO.
Brasília, 24 de março de 1975
J. Antonio S. Pedroso


O SUBPENSAMENTO VIVO DE
MARCONI LEAL

/Dois fragmentos/

A história é sempre contada pelos vencedores. Vejam, por exemplo, o diabo como foi injustiçado.

Durante décadas tentei manter um diálogo com deus. Desisti faz alguns anos. Não dá. Ele se acha muito superior.

7 comentários:

Anônimo disse...

1953 parece ter sido O Ano, hein! Vi Os Boas Vidas, Noites de Circo, Viagem a Itália, mas não vi Contos de Lua Vaga. NO documentário sobre o Casal Straub, o realizador Pedro Costa nos dá de presente o instante em que a senhora Straub pronuncia com todo o sentimento e admiração: Contos de Lua Vaga! - chega dá pra sentir a entonação engasgada na guela.

Anônimo disse...

Não tinha visto que estes textos sobre censura não é um projeto seu... Pensei que fosse um projeto de algum livro que já estavas pensando em publicar... Agora que vi o link.

Ane Brasil disse...

Sem comentários.Aliás, eu gostaria mesmo de ler mais alguns pareceres da censura.
Ah, Marconi é ótimo.
E sim, minha cultura cinematográfica continua muito ruim, não vi nada do que vc citou.
Sorte e saúde pra todos!

Anônimo disse...

Dá vergonha pelo Pedroso quando a gente lê a "crítica"...e adorei a frase sobre deus...ele me parece muito superior mesmo..rs Tá tudo bem com vc? Um grande beijo

o refúgio disse...

Moacy,
não me lembro de ter assistido "As férias do Sr. Hulot" mas assisti e adorei "Meu Tio", tb de Jacques Tati.
As postagens sobre a censura são ótimas, espero que não tenha me interpretado errado no último comentário que deixei aqui.
Um beijo.

Dilberto L. Rosa disse...

Que ano aquele de 1953, hein... Meu velho, os Morcegos darão um tempo e voltarão já: acompanhe o último post (dia 24 de fevereiro)! Abração!

Jens disse...

Oi Moacy.
Marconi Leal? Pô, pensei que o Balaio era um blog familiar.
***
Falando em familiar, uma queixa: estou sentindo falta do Chico Doido de Caicó O cara é supimpa.
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Um abraço.