Capa de
J. Carlos (1884-1950),
um dos maiores artistas nacionais do século XX,
para
a revista
Para Todos,
em fevereiro de 1927,
o ano de
Aurora (Murnau),
Outubro (Eisenstein),
O fim de São Petersburgo (Pudóvkin),
A General (Keaton & Bruckman),
Napoelão (Gance),
Berlim, sinfonia de uma cidade (Ruttmann),
La p'tite Lili (Cavalcanti).
BALAIO PORRETA 1986
n° 2251
Rio, 4 de março de 2008
J. Carlos (1884-1950),
um dos maiores artistas nacionais do século XX,
para
a revista
Para Todos,
em fevereiro de 1927,
o ano de
Aurora (Murnau),
Outubro (Eisenstein),
O fim de São Petersburgo (Pudóvkin),
A General (Keaton & Bruckman),
Napoelão (Gance),
Berlim, sinfonia de uma cidade (Ruttmann),
La p'tite Lili (Cavalcanti).
BALAIO PORRETA 1986
n° 2251
Rio, 4 de março de 2008
FLORES OU FACAS
Silvia Chueire
[ In the Meadow ]
Cabem flores ou facas
no meu pensamento.
Fio ou perfume a nascerem
conforme o dia.
Tomo ambos com o mesmo cuidado;
ambos têm uma fraqueza
irrecusável.
LEITURAS ATUAIS
O desenhista invisível, de Julieta Sobral. Rio de Janeiro : Folha Seca, 2007 [2008], 200p. [] Um belo livro, quer pela contextualização histórica do nosso cartunista maior, quer pelas inúmeras reproduções (incluindo um ótimo caderno de fotos do Rio antigo, no final), sobretudo as capas da revista Para Todos. Aliás, dentro da imprensa brasileira, nada se compara, até hoje, em termos de criatividade e beleza gráfica, às capas de J. Carlos para o periódico carioca lançado em 1926. Diz a Autora, fotógrafa e professora da PUC-RJ, com inteira propriedade crítica: "As capas da Para Todos desenhadas por J. Carlos constituem um verdadeiro tesouro do design gráfico Art Déco. Exuberantes, oníricas e elegantes, são um deleite para os olhos" (p.52).
O vidente míope; J. Carlos n'O Malho 1922-1930, de Luiz Antonio Simas (texto) & Cássio Loredano (organização). Rio de Janeiro : Folha seca, 2007 [2008], 280p. [] Mais um livro modelar sobre o genial artista brasileiro. Dessa vez, a dobradinha Simas (historiador/botafoguense) / Loredano (cartunista/vascaíno) resultou num gol de placa, com direito a aplausos entusiasmados da galera tricolor, americana e rubro-negra. Texto primoroso e reproduções (incluindo inúmeras capas d'O Malho) de alto nível. O Brasil e o Rio dos anos 20 palpitam aqui (J. Carlos, aliás, foi contrário à Revolução de 30), através das ilustrações e da visão histórica - sempre pertinente, sempre esclarecedora - de Luiz Antonio Simas.
Nota: Os dois livros provavelmente serão lançados no próximo dia 25, no Paço Imperial. Maiores informações: folhaseca@livrariafolhaseca.com.br
Silvia Chueire
[ In the Meadow ]
Cabem flores ou facas
no meu pensamento.
Fio ou perfume a nascerem
conforme o dia.
Tomo ambos com o mesmo cuidado;
ambos têm uma fraqueza
irrecusável.
LEITURAS ATUAIS
O desenhista invisível, de Julieta Sobral. Rio de Janeiro : Folha Seca, 2007 [2008], 200p. [] Um belo livro, quer pela contextualização histórica do nosso cartunista maior, quer pelas inúmeras reproduções (incluindo um ótimo caderno de fotos do Rio antigo, no final), sobretudo as capas da revista Para Todos. Aliás, dentro da imprensa brasileira, nada se compara, até hoje, em termos de criatividade e beleza gráfica, às capas de J. Carlos para o periódico carioca lançado em 1926. Diz a Autora, fotógrafa e professora da PUC-RJ, com inteira propriedade crítica: "As capas da Para Todos desenhadas por J. Carlos constituem um verdadeiro tesouro do design gráfico Art Déco. Exuberantes, oníricas e elegantes, são um deleite para os olhos" (p.52).
O vidente míope; J. Carlos n'O Malho 1922-1930, de Luiz Antonio Simas (texto) & Cássio Loredano (organização). Rio de Janeiro : Folha seca, 2007 [2008], 280p. [] Mais um livro modelar sobre o genial artista brasileiro. Dessa vez, a dobradinha Simas (historiador/botafoguense) / Loredano (cartunista/vascaíno) resultou num gol de placa, com direito a aplausos entusiasmados da galera tricolor, americana e rubro-negra. Texto primoroso e reproduções (incluindo inúmeras capas d'O Malho) de alto nível. O Brasil e o Rio dos anos 20 palpitam aqui (J. Carlos, aliás, foi contrário à Revolução de 30), através das ilustrações e da visão histórica - sempre pertinente, sempre esclarecedora - de Luiz Antonio Simas.
Nota: Os dois livros provavelmente serão lançados no próximo dia 25, no Paço Imperial. Maiores informações: folhaseca@livrariafolhaseca.com.br
Memória
OS FILMES NO RIO EM SETEMBRO DE 1926
Na edição de núm. 404 da revista Para Todos, com mais uma bela capa de J. Carlos (reproduzida no livro O desenhista invisível, p. 65), a maior curiosidade fica por conta da seção de cinema, apontando e comentando alguns dos filmes em exibição. Ei-los:
No Odeon - Esposa leviana (The reckless lady), da First National. "Um bom film. Bôa história, bôa interpretação, bons ambientes, photographia nitida e technica impeccavel. ... Cotação: 7 pontos";
No Império - O preço de um beijo (His secretary), da Metro-Goldwyn. "Uma bôa comedia, cheia de situações muito interessantes e verosimeis. Norma Shearer está cada vez mais seductora. ... Cotação: 7 pontos";
No Glória - Em busca do ouro (The gold rush), da United Artists. "Vocês sabem perfeitamente o que é uma comedia de Carlito, portanto... Se quizerem rir, não deixem de ver esta. A scena das velas, os cuidados que elle tem com o seu cachorro para que o seu amigo (Mack Swain) não o coma, e muitas outras, são impagaveis, são scenas mesmo que só Charlie Chaplin poderia apresentar. Cotação: 7 pontos".
[Nota do Balaio: Só um 7, em 1o pontos possíveis?]
No Capitólio - A soberba (The untamed lady), da Paramount. "Não é dos melhores films de Gloria Swanson. Assumpto commum e muito explorado, além disso pareceu-nos tão diferente... Em todo caso ella continúa a mesma nas scenas de idyllio. Cotação: 6 pontos".
Outros filmes são comentados e cotados pela Para Todos.
[Nota2: Não foi possível determinar o autor da seção. De qualquer modo, os diretores da revista eram Alvaro Moreyra e J. Carlos, tendo Léo Osorio como gerente. Um dos três, provavelmente, comentava os filmes em cartaz no Rio.]
OS FILMES NO RIO EM SETEMBRO DE 1926
Na edição de núm. 404 da revista Para Todos, com mais uma bela capa de J. Carlos (reproduzida no livro O desenhista invisível, p. 65), a maior curiosidade fica por conta da seção de cinema, apontando e comentando alguns dos filmes em exibição. Ei-los:
No Odeon - Esposa leviana (The reckless lady), da First National. "Um bom film. Bôa história, bôa interpretação, bons ambientes, photographia nitida e technica impeccavel. ... Cotação: 7 pontos";
No Império - O preço de um beijo (His secretary), da Metro-Goldwyn. "Uma bôa comedia, cheia de situações muito interessantes e verosimeis. Norma Shearer está cada vez mais seductora. ... Cotação: 7 pontos";
No Glória - Em busca do ouro (The gold rush), da United Artists. "Vocês sabem perfeitamente o que é uma comedia de Carlito, portanto... Se quizerem rir, não deixem de ver esta. A scena das velas, os cuidados que elle tem com o seu cachorro para que o seu amigo (Mack Swain) não o coma, e muitas outras, são impagaveis, são scenas mesmo que só Charlie Chaplin poderia apresentar. Cotação: 7 pontos".
[Nota do Balaio: Só um 7, em 1o pontos possíveis?]
No Capitólio - A soberba (The untamed lady), da Paramount. "Não é dos melhores films de Gloria Swanson. Assumpto commum e muito explorado, além disso pareceu-nos tão diferente... Em todo caso ella continúa a mesma nas scenas de idyllio. Cotação: 6 pontos".
Outros filmes são comentados e cotados pela Para Todos.
[Nota2: Não foi possível determinar o autor da seção. De qualquer modo, os diretores da revista eram Alvaro Moreyra e J. Carlos, tendo Léo Osorio como gerente. Um dos três, provavelmente, comentava os filmes em cartaz no Rio.]
4 comentários:
Caro Moacy,
Concordo com você que o cartunista J. Carlos foi um dos maiores artistas deste país. A capa que você mostra é um primor, entre tantas do mesmo nível que ele criou. Um abraço.
Caro Moacy,
nesta sexta-feira, dia 07 às 19hs, no CCBB/RJ, estréia meu novo longa experimental, ÊXODO. Ficaria honrado com a sua presença. Abraço.
Estou por aqui, lendo-te.
Um abraço
Jacinta
Obrigada, Moacy, pela gentileza.
Um abraço grande,
Silvia
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