Dança com Sol IV
Arte de
ILÉA FERRAZ
in
Blog da Cidinha
BALAIO PORRETA 1986
n° 2335
Rio, 9 de junho de 2008
Como é que é? "Não existem índios e brancos, existem os brasileiros!" Quando ouvi esta frase declamada em tom profético por colunista-cineasta conhecido não deixei de pensar que, há 500 anos, portugueses e espanhóis devem ter dito a mesmíssima coisa. Resultado? Bem, acho que dá para contar nos dedos quantos índios sobraram.
(Marcelo F. Carvalho)
SUGESTÃO PARA O JANTAR
Luiz Antonio Simas
[ in Histórias do Brasil ]
Não conheço uma comilança em nossa história que tenha sido mais impressionante que o famoso baile da Ilha Fiscal, organizado pelo gabinete ministerial do Visconde de Ouro Preto e realizado no dia 9 de novembro de 1889. A derradeira festa da monarquia brasileira foi um regabofe para 4000 convidados, com tudo que tem direito. Reproduzo aqui, para que os leitores tenham a dimensão do monumental furdunço, o menu do evento e outras informações:
Luiz Antonio Simas
[ in Histórias do Brasil ]
Não conheço uma comilança em nossa história que tenha sido mais impressionante que o famoso baile da Ilha Fiscal, organizado pelo gabinete ministerial do Visconde de Ouro Preto e realizado no dia 9 de novembro de 1889. A derradeira festa da monarquia brasileira foi um regabofe para 4000 convidados, com tudo que tem direito. Reproduzo aqui, para que os leitores tenham a dimensão do monumental furdunço, o menu do evento e outras informações:
Cardápio:
- 64 faisões;
- 1300 frangos;
- 800 quilos de camarão;
- 500 quilos de lagosta;
- 1200 latas de aspargos;
- 1000 latas de trufas;
- 300 peças de presunto de parma;- 520 perus;
- 12 mil sorvetes,
- 25 mil sanduíches;
- 500 pratos de doces portugueses.
Bebidas:
- 10 mil litros de cerveja;
- 258 caixas de champanhe;
- 258 caixas de vinho.Pessoal do serviço:
- 90 cozinheiros;
- 150 garçons.
Fundo de recursos:
- O baile foi realizado com a realocação de parte das verbas do fundo de auxílio às vítimas da seca no Nordeste.
É mole?
RECOMENDAMOS
Os sons dos negros no Brasil [1988], de José Ramos Tinhorão. São Paulo : Ed. 34, 2008, 152p. [] Apesar de seu tom conservador quando se trata da nova música brasileira (a partir da bossa nova), Tinhorão é um dos nossos pesquisadores mais sérios e mais competentes. Suas avaliações crítico-historiográficas de canções, danças e folguedos populares que marcam a sonoridade tupiniquim (batuques, lundus, maxixes, choros, sambas etc.) são inestimáveis. No presente livro, alguns títulos dos capítulos já dizem tudo: Os primeiros sons de negros no Brasil - batuques e calundus nos séculos XVII e XVIII; A razão das umbigadas - o lundu, a fofa e o fado nos séculos XVIII e XIX; Autos e folguedos de negros; Os cantos de trabalho dos negros do campo e das cidades. Enfim, um livro importante para todos aqueles que se preocupam com a história cultural do país.
Os sons dos negros no Brasil [1988], de José Ramos Tinhorão. São Paulo : Ed. 34, 2008, 152p. [] Apesar de seu tom conservador quando se trata da nova música brasileira (a partir da bossa nova), Tinhorão é um dos nossos pesquisadores mais sérios e mais competentes. Suas avaliações crítico-historiográficas de canções, danças e folguedos populares que marcam a sonoridade tupiniquim (batuques, lundus, maxixes, choros, sambas etc.) são inestimáveis. No presente livro, alguns títulos dos capítulos já dizem tudo: Os primeiros sons de negros no Brasil - batuques e calundus nos séculos XVII e XVIII; A razão das umbigadas - o lundu, a fofa e o fado nos séculos XVIII e XIX; Autos e folguedos de negros; Os cantos de trabalho dos negros do campo e das cidades. Enfim, um livro importante para todos aqueles que se preocupam com a história cultural do país.
2 comentários:
eu estou lendo um livro agora sobre a prússia nessa época. os exageros são os mesmos. e o filme maria antonieta tb assombra com os exageros. o filme gabrielle q vi tb me assustei com a quantidade de empregados para ajudar a dona da casa mudar de roupa. ela não fecha um único botão. são as serviçais que o fazem. beijos, pedrita
o baile da ilha fiscal nos lembra como é arraigado o costume da corrupção nestas terras tropicais. E como é difícil o trabalho de quem se insurge contra ela...
marilia
aindapodiaserpior.blogspot.com
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