Metaplagiando Milton Robeiro
Porque hoje é domingo,
a beleza seridoense de
Liz Rogéria Morais Fernandes,
de São João do Sabugi
Foto de
João Quintino
BALAIO PORRETA 1986
n° 2354
Rio, 29 de junho de 2008
Nos gramados da Suécia, em 1958, a seleção brasileira deslumbrava o mundo esportivo com sua magia e sua beleza encantatória, insuperável até hoje.
(Balaio Porreta)
POEMAS
de
CHACAL
( Ricardo Carvalho )
PAPO DE ÍNDIO
[ in Muito prazer, Ricardo, 1971 ]
veio uns ômi di saia preta
cheiu de caixinha e pó branco
qui eles disserum que si chamava açucri
aí eles falarum e nós fechamu a cara
depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo
aí eles insistirum e nós comemu eles.
Porque hoje é domingo,
a beleza seridoense de
Liz Rogéria Morais Fernandes,
de São João do Sabugi
Foto de
João Quintino
BALAIO PORRETA 1986
n° 2354
Rio, 29 de junho de 2008
Nos gramados da Suécia, em 1958, a seleção brasileira deslumbrava o mundo esportivo com sua magia e sua beleza encantatória, insuperável até hoje.
(Balaio Porreta)
POEMAS
de
CHACAL
( Ricardo Carvalho )
PAPO DE ÍNDIO
[ in Muito prazer, Ricardo, 1971 ]
veio uns ômi di saia preta
cheiu de caixinha e pó branco
qui eles disserum que si chamava açucri
aí eles falarum e nós fechamu a cara
depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo
aí eles insistirum e nós comemu eles.
UMA PALAVRA
[ in América, 1975 ]
uma
palavra
escrita é uma
palavra não dita é uma
palavra maldita é uma palavra
gravada como gravata que é uma palavra
gaiata como goiaba que é uma palavra gostosa
PRONTO PRA OUTRA
[ in Boca roxa, 1979 ]
gravei seu olhar seu andar
sua voz seu sorriso
você foi embora
e eu vou na papelaria
comprar uma borracha.
[ in América, 1975 ]
uma
palavra
escrita é uma
palavra não dita é uma
palavra maldita é uma palavra
gravada como gravata que é uma palavra
gaiata como goiaba que é uma palavra gostosa
PRONTO PRA OUTRA
[ in Boca roxa, 1979 ]
gravei seu olhar seu andar
sua voz seu sorriso
você foi embora
e eu vou na papelaria
comprar uma borracha.
COISA
[ in Comício de tudo, 1986 ]
coisa coisinha coisaça
coisa nenhuma coisa nonada
coisa à beça e de montão
coisa coisinha coisão
[ in Comício de tudo, 1986 ]
coisa coisinha coisaça
coisa nenhuma coisa nonada
coisa à beça e de montão
coisa coisinha coisão
ENTRE
[ in Letra elétrika, 1994 ]
entre a coisa e o nome, a coisa
entre o vinho e a taça, o vinho
entre a boca e o baton, a boca
entre a mão e a luva, a mão
entre o pé e o salto, o pé
entre a pele e o pano, a pele
entre nós, nada
[ in Letra elétrika, 1994 ]
entre a coisa e o nome, a coisa
entre o vinho e a taça, o vinho
entre a boca e o baton, a boca
entre a mão e a luva, a mão
entre o pé e o salto, o pé
entre a pele e o pano, a pele
entre nós, nada
[ Poemas incluídos in
Belvedere.
São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, 384p. ]
Belvedere.
São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, 384p. ]
5 comentários:
Grande Chacal!
Belos poemas!
No ENE 2007 ele autografou "Belvedere", sua incrível coletânea, para mim!
Abraços!
Ah! E que bela seridoense!
Merece um poema!
Abração!
Lívio
Meu caro Moacy, gostaria de falar com você. Enviei um e-mail para o seu endereço, mas parece-me não mais existir. Ah, que bonita seleção de poemas!!! Gosto desses trocadilhos. Um abraço Maria Maria
Moacy, Liz é um exemplar humano em que a beleza é apenas uma face da inteligência, e vice-versa. Miss Seridó e terceira mais bela do RN em 2008, ela se esforça para concluir o curso de Direito na UFRN, em Caicó, e chegar a ser juíza. Obrigado por continuar difundindo o que o Seridó e, em especial, São João do Sabugi têm de melhor. Grande abraço!
adoráveis os poemas.
um abraço,
joice
Postar um comentário