Vibrações,
de Jacob do Bandolim
e Época de Ouro,
gravação de 1967
para a RCA Victor,
um dos maiores discos
da música brasileira,
em todos os tempos:
a obra-prima das obras-primas
do nosso choro.
Inesquecível, simplesmente.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2388
Rio, 3 de agosto de 2008
A cultura jovem [dos anos 60] tornou-se a matriz da revolução cultural no sentido mais amplo de uma revolução nos modos e costumes, nos meios de gozar o lazer e nas artes comerciais, que formavam cada vez mais a atmosfera respirada por homens e mulheres urbanos. Duas de suas características são portanto relevantes. Foi ao mesmo tempo informal e e antinômica, sobretudo em questões de conduta pessoal. Todo mundo tinha de "estar na sua", com o mínimo de restrição externa, embora na prática a pressão dos pares e a moda impusessem tanta informalidade quanto antes, pelo menos dentro dos grupos de pares e subculturas.
(Eric HOBSBAWM. A era dos extremos, 1994)
ALGUMAS GÍRIAS CARIOCAS DOS ANOS 60 (3/3)
Fonte: Stanislaw Ponte Preta, 1964
Pamparra : Muito; abundante.
O mesmo que: Às pampas.
Pé-de-boi : Sujeito teimoso.
Perereca : Vagina.
Podre de chique : Elegantíssimo.
Qual é o pó? : "O que há de novo?"
Rolha : Pessoa discreta.
Sacanocrata : Pessoa sacana.
Suruba : Bacanal.
Tico-tico : Dinheiro miúdo.
Toca : Vagina.
Torrar : O mesmo que chatear.
Umas e outras : Qualquer espécie de bebida.
Urubusservar : Observar com má intenção.
Vigário : O mesmo que vigarista.
Ximbica : Carro velho.
Ziriguidum :
Palavra usada pelos sambistas,
nos breques de samba.
E mais -
Botar o bloco na rua :
Designa aquele que morreu e,
conseqüentemente,
levou muitas pessoas ao seu enterro.
[ in Rio de Janeiro em prosa & verso, 1965 ]
n° 2388
Rio, 3 de agosto de 2008
A cultura jovem [dos anos 60] tornou-se a matriz da revolução cultural no sentido mais amplo de uma revolução nos modos e costumes, nos meios de gozar o lazer e nas artes comerciais, que formavam cada vez mais a atmosfera respirada por homens e mulheres urbanos. Duas de suas características são portanto relevantes. Foi ao mesmo tempo informal e e antinômica, sobretudo em questões de conduta pessoal. Todo mundo tinha de "estar na sua", com o mínimo de restrição externa, embora na prática a pressão dos pares e a moda impusessem tanta informalidade quanto antes, pelo menos dentro dos grupos de pares e subculturas.
(Eric HOBSBAWM. A era dos extremos, 1994)
ALGUMAS GÍRIAS CARIOCAS DOS ANOS 60 (3/3)
Fonte: Stanislaw Ponte Preta, 1964
Pamparra : Muito; abundante.
O mesmo que: Às pampas.
Pé-de-boi : Sujeito teimoso.
Perereca : Vagina.
Podre de chique : Elegantíssimo.
Qual é o pó? : "O que há de novo?"
Rolha : Pessoa discreta.
Sacanocrata : Pessoa sacana.
Suruba : Bacanal.
Tico-tico : Dinheiro miúdo.
Toca : Vagina.
Torrar : O mesmo que chatear.
Umas e outras : Qualquer espécie de bebida.
Urubusservar : Observar com má intenção.
Vigário : O mesmo que vigarista.
Ximbica : Carro velho.
Ziriguidum :
Palavra usada pelos sambistas,
nos breques de samba.
E mais -
Botar o bloco na rua :
Designa aquele que morreu e,
conseqüentemente,
levou muitas pessoas ao seu enterro.
[ in Rio de Janeiro em prosa & verso, 1965 ]
Um comentário:
Moacy,
Gostei de rever "qual é o pó"?, expressão que também era usada aqui nos anos 1960, importada evidentemente do Rio. E os nossos times, hem? O seu na vice-lanterna e o meu, que foi líder por várias rodadas, está despencando, tendo deixado, hoje, a zona da classificação para a Libertadores. Abraço.
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