Um disco de Dorival.
Um disco de 1954.
Um disco para sempre.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2401
Natal, 16 de agosto de 2008
Na história do cancioneiro brasileiro, o baiano Dorival Caymmi ocupa um lugar especial: um cancioneiro marcado por mares e marés, marinas e morenas. Ontem como hoje, é doce mergulhar em suas canções praieiras.
Um disco de 1954.
Um disco para sempre.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2401
Natal, 16 de agosto de 2008
Na história do cancioneiro brasileiro, o baiano Dorival Caymmi ocupa um lugar especial: um cancioneiro marcado por mares e marés, marinas e morenas. Ontem como hoje, é doce mergulhar em suas canções praieiras.
O BUTECO cumpre o doloroso dever de informar a todos aqueles que aqui chegarem nesse sábado de céu azul e calor confortante, que subiu aos céus, hoje cedinho, pra conversar com Oxum mais de perto, Dorival Caymmi.
O que se beber hoje, não apenas no balcão imaginário, será em homenagem a ele - um dos maiores compositores do mundo.
Lembro-me da primeira vez que ouvi uma canção do Caymmi. Foi quando meu pai, assobiando ACALANTO, tentava fazer meu irmão dormir. Sabe-se lá por quais razões, essa certeza mora em mim: foi assim, desse jeito, que ouvi a primeira canção de Dorival Caymmi. Lembro-me, um bocado mais tarde, de meu pai (de novo e sempre ele) chegando em casa com um LP duplo, presente de final de ano da PETROBRAS, onde meu velho trabalhou a vida inteira, com Caymmi cantando ao vivo, no Teatro Castro Alves, em Salvador, acompanhado apenas por seu próprio violão.
Ouvi esse disco centenas de vezes. Decorei cada letra, aprendi a tocar cada uma delas no violão, e - ah, nossas maluquices... - passei a sonhar com o dia em que eu conheceria a Bahia e a cidade de Salvador.
Fui conhecer Salvador muito depois, há poucos anos, e não saberia explicar a vocês - as maluquices não nos deixam nunca! - o por quê disso, mas senti uma emoção indescritível quando pisei naquela terra.
Tudo o que eu vi, tudo o que eu ouvi, cada cheiro que senti, eu já conhecia. Cada baiana, cada ladeira, cada beco, cada igreja, cada praia, eu já conhecia.
Graças a ele.
O que se beber hoje, não apenas no balcão imaginário, será em homenagem a ele - um dos maiores compositores do mundo.
Lembro-me da primeira vez que ouvi uma canção do Caymmi. Foi quando meu pai, assobiando ACALANTO, tentava fazer meu irmão dormir. Sabe-se lá por quais razões, essa certeza mora em mim: foi assim, desse jeito, que ouvi a primeira canção de Dorival Caymmi. Lembro-me, um bocado mais tarde, de meu pai (de novo e sempre ele) chegando em casa com um LP duplo, presente de final de ano da PETROBRAS, onde meu velho trabalhou a vida inteira, com Caymmi cantando ao vivo, no Teatro Castro Alves, em Salvador, acompanhado apenas por seu próprio violão.
Ouvi esse disco centenas de vezes. Decorei cada letra, aprendi a tocar cada uma delas no violão, e - ah, nossas maluquices... - passei a sonhar com o dia em que eu conheceria a Bahia e a cidade de Salvador.
Fui conhecer Salvador muito depois, há poucos anos, e não saberia explicar a vocês - as maluquices não nos deixam nunca! - o por quê disso, mas senti uma emoção indescritível quando pisei naquela terra.
Tudo o que eu vi, tudo o que eu ouvi, cada cheiro que senti, eu já conhecia. Cada baiana, cada ladeira, cada beco, cada igreja, cada praia, eu já conhecia.
Graças a ele.
8 comentários:
É. Dorival Caymmi se imortalizou no mar da música brasileira com as bênçaos de Oxum e dos acordes e letras musicais. um abraço de cá
Saudações Moacy,
'o mar quando quebra na praia, é bonito...'
tem também aquela do bem na terra e do bem no mar...
e outras e outras
abração
"é doce morrer no mar". bela homenagem. beijos, pedrita
Moacy,
Boa a idéia de homenagear Caymmi, um dos nossos grandes compositores. Ele foi bom não só quando cantou a Bahia, mas até em músicas românticas, como a antológica Marina, Não tem solução e tantas outras. Abraço.
Seu texto sobre Caymmi e sobre seu pai, me emocionou. Muito. bjos
Cara JEANNE: O texto sobre Caymmi é do blogueiro Eduardo Goldenberg. Um beijo.
Pois é, Moacy, mais um grande compositor que nos deixa saudade. Felizmente ficam suas músicas na memória de todos nós.
Um abraço...
O Brasil fica mais triste sem Dorival. O seu jeitão de PAZ, a forma que ele cantava, com aquela voz de maresia, as canções quenparecem roteiro de curta-metragem... Vá com Deus, Caymmi. A gente já está com saudades. Carpe Diem.
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