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(Rua do Arvoredo, Porto Alegre, 1860)
para ver o curta gaúcho
Sombras de um passado,
dirigido por
Mariana Timm,
Joana Pippi e Mariana Mondini
[Maiores informações in Toca do Jens ]
(Rua do Arvoredo, Porto Alegre, 1860)
para ver o curta gaúcho
Sombras de um passado,
dirigido por
Mariana Timm,
Joana Pippi e Mariana Mondini
[Maiores informações in Toca do Jens ]
BALAIO PORRETA 1986
n° 2441
Rio, 1 de outubro de 2008
Na avançada epiléptica dos medos
Cria ouvir, a escalar Céus e apogeus,
A voz cavernosíssima de Deus,
reproduzida pelos arvoredos.
(Augusto dos Anjos, Viagem de um vencido)
Primeira leitura
SOMBRAS DE UM PASSADO
O curta brasileiro, entre a ficção e o documentário, continua supreendendo positivamente. Assim como surpreende, muitas vezes, o cinema que se produz, hoje, nas universidades. Nada de malabarismos formais, nada de temas gratuitos, nada de arroubos desnecessários: o que conta é a linguagem. Ora crua, ora palpipante (de frescor juvenil). O que conta é a informação cinematográfica.
Tomemos o exemplo de Sombras de um passado: a partir de uma história real, na Porto Alegre de 1864, centrada na Rua do Arvoredo (atual Fernando Machado), com seus elementos tétricos, Mariana Timm e mais duas colegas da Faculdades de Comunicação Social da PUC/RS, construíram um pequeno filme (menos de 10 minutos) pautado no mais puro "horror cavernoso".
Como documentário, o curta é ágil; como ficção, o curta é uma obra aberta. Afinal, a própria história narrada tem suas lacunas: o barbeiro/açougueiro que, com a ajuda da mulher, assassinava viajantes incautos, aproveitava de fato o corpo das vítimas para fazer, com suas carnes, linguiças que eram consumidas em larga escala pela população local? Tudo não passaria de lenda urbana?
De qualquer modo, como "terror policial" (não nos esqueçamos de Edgar A. Poe que, poucos anos antes, produzira contos excelentes nos Estados Unidos), a história do barbeiro/açougueiro é fascinante, mesmo levando em conta a faceta macabra que a envolve. Ou, então, justamente por efeito desse lado sombrio. E o curta ora produzido soube captar, quase sempre com precisão, o clima da história.
SOMBRAS DE UM PASSADO
O curta brasileiro, entre a ficção e o documentário, continua supreendendo positivamente. Assim como surpreende, muitas vezes, o cinema que se produz, hoje, nas universidades. Nada de malabarismos formais, nada de temas gratuitos, nada de arroubos desnecessários: o que conta é a linguagem. Ora crua, ora palpipante (de frescor juvenil). O que conta é a informação cinematográfica.
Tomemos o exemplo de Sombras de um passado: a partir de uma história real, na Porto Alegre de 1864, centrada na Rua do Arvoredo (atual Fernando Machado), com seus elementos tétricos, Mariana Timm e mais duas colegas da Faculdades de Comunicação Social da PUC/RS, construíram um pequeno filme (menos de 10 minutos) pautado no mais puro "horror cavernoso".
Como documentário, o curta é ágil; como ficção, o curta é uma obra aberta. Afinal, a própria história narrada tem suas lacunas: o barbeiro/açougueiro que, com a ajuda da mulher, assassinava viajantes incautos, aproveitava de fato o corpo das vítimas para fazer, com suas carnes, linguiças que eram consumidas em larga escala pela população local? Tudo não passaria de lenda urbana?
De qualquer modo, como "terror policial" (não nos esqueçamos de Edgar A. Poe que, poucos anos antes, produzira contos excelentes nos Estados Unidos), a história do barbeiro/açougueiro é fascinante, mesmo levando em conta a faceta macabra que a envolve. Ou, então, justamente por efeito desse lado sombrio. E o curta ora produzido soube captar, quase sempre com precisão, o clima da história.
Fragmento inicial de
UMA ENTREVISTA COM SEBASTIÃO NUNES
[ in Medusa, n° 3. Curitiba, fev.-março 1999 ]
Medusa:
Por que, em sua opinião, os poetas humorísticos e fesceninos sempre foram colocados à margem de nossa literatura "oficial", como o foram Gregório de Matos e Bocage, no passado, e hoje você e o Glauco Mattoso?
Sebastião Nunes:
Porque existe muito pedantismo, no meio artístico, especialmente na "alta cultura", onde os autores preferem as lágrimas ao riso, o pathos ao logos, espírito de porco a lombinho de porco com farofa, exatamente o contrário do que preferia Casanova, genial escritor do século XVIII, mais conhecido por suas perfomances pulapulantes. E também preferem pênis a caralho, fazer amor a trepar, e jamais empregam a palavra cu. No entanto, esta palavra é antiquíssima, imemorial, arquetipica, incrustada como jóia nos neurônios do ser humano, desde nossos bisavós, o Homo sapiens e suas variantes extintas. É, portanto, uma palavra mais velha que a serra, mais antiga que todas as dinastias, mais nobre que os sangues mais azuis, mais imortal que todos os deuses. Por falar em Deus, as primeiras representações "escritas" da palavra cu datam de cinco mil anos ou mais. Sua representação pictográfica em cuneiforme é a mesma de sol e de Deus: cinco cunhas justapostas, com as "cunhas" se encontrando no meio e os filamentos, como se fossem raios, grafados em disposição centrífuga.
UMA ENTREVISTA COM SEBASTIÃO NUNES
[ in Medusa, n° 3. Curitiba, fev.-março 1999 ]
Medusa:
Por que, em sua opinião, os poetas humorísticos e fesceninos sempre foram colocados à margem de nossa literatura "oficial", como o foram Gregório de Matos e Bocage, no passado, e hoje você e o Glauco Mattoso?
Sebastião Nunes:
Porque existe muito pedantismo, no meio artístico, especialmente na "alta cultura", onde os autores preferem as lágrimas ao riso, o pathos ao logos, espírito de porco a lombinho de porco com farofa, exatamente o contrário do que preferia Casanova, genial escritor do século XVIII, mais conhecido por suas perfomances pulapulantes. E também preferem pênis a caralho, fazer amor a trepar, e jamais empregam a palavra cu. No entanto, esta palavra é antiquíssima, imemorial, arquetipica, incrustada como jóia nos neurônios do ser humano, desde nossos bisavós, o Homo sapiens e suas variantes extintas. É, portanto, uma palavra mais velha que a serra, mais antiga que todas as dinastias, mais nobre que os sangues mais azuis, mais imortal que todos os deuses. Por falar em Deus, as primeiras representações "escritas" da palavra cu datam de cinco mil anos ou mais. Sua representação pictográfica em cuneiforme é a mesma de sol e de Deus: cinco cunhas justapostas, com as "cunhas" se encontrando no meio e os filamentos, como se fossem raios, grafados em disposição centrífuga.
9 comentários:
Moacy,
Por ser o tema muito atraente, penso que ele caberia muito mais num longa, quando essas "lacunas" que você identifica poderiam ser evitadas. Um abraço.
Moacy! Que legal! Muito obrigada. Um beijão para ti.
Mestre,
as vezes somos agraciadas, com atenções e carinhos, que nos proporcionam uma espécie de levitção harmônica que eleva nossa alma ao nível da quase purificação. E não há nada que se possa dizer ou fazer, que vá dar a extensão necessária para representar nosso agradecimento, a não ser simplesmente: obrigada de coração. Tua sensibilidade, faz um par perfeito com tua maestria! Mais do que nunca continuo nas tuas pegadas! Beijos de uma mãe emocionada
Moacy, o nosso objetivo nesse documentário era mostrar como funciona o imaginário popular - cada um conta uma versão diferente da mesma história. Assim, preferimos não explicar detalhadamente o crime já tão conhecido, mas sim explorar o que ronda no na imaginação das pessoas. Muito obrigada por nos citar aqui no teu blog. E, segundo o pai e mãe, "o cara entende das coisas". Um grande beijo para ti. Agora, sim, estou me achando a Rainha da Cocada Preta!
Moacy, meu camarada:
PQP! PQP! PQP!
Porra, cara!
Que merda, tô chorando!
Um abraço!
Mistérios....
Bjs
http://sex-appeal.zip.net
moacy:
esse tião nunes é um sábio.arranca o cu das calendas.
romério
moacy:
esse tião nunes é um sábio.arranca
o cu das calendas.
romério
Nota dez pra Mari!
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