BALAIO PORRETA 1986
n° 2614
Natal, 31 de março de 2009
João Agripino Maia? Pobre Rio Grande do Norte!
Micarla de Sousa? Pobre Natal!
(Moacy Cirne)
ANKITO E A CHANCHADA
Faleceu ontem no Rio, aos 85 anos, o popular Ankito (Anchizes Pinto), um dos nomes mais representativos da nossa chanchada cinematográfica, ao lado de Oscarito e Grande Otelo. Entre outros filmes, Ankito destacou-se em É fogo na roupa (1952), Metido a bacana (1957), Garota enxuta (1959) e Vai que é mole (1960).
POEMA
Aroeira
[ in Olivrão ]
Hoje eu procurei o seu cheiro
nos meus lençois.
Encontrei a lembrança.
HUMMM
Mercedes Lorenzo
[ in Cosmunicando ]
nosso beijo é bilíngue
mas eu toda
onomatopeia
POEMA
Martha Galrão
[ in Maria Muadiê ]
Do coração
à boca
o rastro
é curto
Engulo palavra
cuspo fogo
Engulo fogo
palavra, eu cuspo
DOIS TEXTÍCULOS
Dalton Trevisan
[ in 111ais, 2000 ]
- Esse desenho tão bonito, minha filha, o que é?
- Ai, mãezinha. Você não vê? É o barulho do sol acordando.
[][][]
- Maria, como é que você dobrou o João, esse flagelo das mulheres?
- Não dobrei o João - eu dobrei os joelhos.
O RETRATO DE UM CÃO FURIOSO
Theo G. Alves
[ in Museu de Tudo ]
Faleceu ontem no Rio, aos 85 anos, o popular Ankito (Anchizes Pinto), um dos nomes mais representativos da nossa chanchada cinematográfica, ao lado de Oscarito e Grande Otelo. Entre outros filmes, Ankito destacou-se em É fogo na roupa (1952), Metido a bacana (1957), Garota enxuta (1959) e Vai que é mole (1960).
POEMA
Aroeira
[ in Olivrão ]
Hoje eu procurei o seu cheiro
nos meus lençois.
Encontrei a lembrança.
HUMMM
Mercedes Lorenzo
[ in Cosmunicando ]
nosso beijo é bilíngue
mas eu toda
onomatopeia
POEMA
Martha Galrão
[ in Maria Muadiê ]
Do coração
à boca
o rastro
é curto
Engulo palavra
cuspo fogo
Engulo fogo
palavra, eu cuspo
DOIS TEXTÍCULOS
Dalton Trevisan
[ in 111ais, 2000 ]
- Esse desenho tão bonito, minha filha, o que é?
- Ai, mãezinha. Você não vê? É o barulho do sol acordando.
[][][]
- Maria, como é que você dobrou o João, esse flagelo das mulheres?
- Não dobrei o João - eu dobrei os joelhos.
O RETRATO DE UM CÃO FURIOSO
Theo G. Alves
[ in Museu de Tudo ]
O cão furioso finalmente pesa-lhe sob as patas, atira-o ao chão. A mandíbula voraz enche-lhe o focinho irascível e faz jorrar sangue sobre si, sobre sua vítima. As patas pesam como o corpo de um elefante em mármore, esmagam-lhe a ossatura frágil, sua musculatura cede como de espuma. A boca infernal morde-lhe, arranca-lhe os membros, chafurda entre seus intestinos. O cão furioso devora-lhe centímetro após centímetro, ao avesso, de dentro para fora.
14 comentários:
oi, poeta, beleza? é uma satisfação ver o meu poema por aqui. fique à vontade qdo achar algo que lhe chame a atenção. só pra fechar com chave de ouro, Olivrão é junto, tá?
aquele abraço
Bom dia, Moacy! Dos poemas, escolhi o do Aroira e o da Mercedes Lorenzo. Dos TEXTÍCULOS (ah ah) escolhi o primeiro, e não entendi o segundo.
Não gostei do cão furioso, mas o Novaes iria gostar.
Ainda bem que não sou benqueira, de azul, bastam os olhos, mas fiquei com medo, pois na Europa expande-se um movimento de matança aos brancos de olhos azuis.
Ah, mas agora xistem lentes.
Tá muito bom seu Blog, amigo!
Congratulations!!!
Beijos
Mirze
Caro Moacy,
Ankito faz parte das minhas lembranças de cinéfilo adolescente, embora não tivesse o mesmo talento de Oscarito (a quem parecia querer imitar) e Grande Otelo. Bom você noticiar a sua morte. Um abraço.
bom dia, moa!
estou aqui na terra de leminski!
te mando um beijo! gosto de entrar no teu balaio!
Moacy:
Vc tem toda razão de lamentar pelo RN de Maia e a Natal de Sousa. Mas eu, num acesso de Polyana misturada com Anne Frank, proponho realçarmos a rica Natal e o rico RN de Câmara Cascudo, Jorge Fernandes, Newton Navarro, Luiz Carlos Guimarães, Zila Mamede, Moacir de Góes e tantos outros e outras.
É que nem Alagoas: pobre por causa de Collor, riquíssimo devido a Graciliano Ramos e outros e outras mais.
Abraços:
Marcos Silva
sempre-sempre adorando.
adoro galinhos, também galos - uma espécie de lado b de galinhos, ainda mais outsider... todos ótimos poemas & afins, mas o da mercedes... (para)benz!
Moacy,
gostaria que você visse a alegria que eu fico quando me vejo aqui nesse delicioso balaio!
Valeu!
Beijo
Moacy,
E o balaio sempre cheio... para ler e reler com atenção.
A diversidade é uma delícia.
Um cheiro
moacy,
agradeço verdadeiramente pela honra.
um grande abraço!
Esse post está arrebentando mesmo, Moa! Adorei todos os poemas, principalmente.
beijos
Moa,
saudades. há eras que não apareço.
Mas apareço agora pra dizer que adorei os poemas da Mê, do Arô e da Martha.
E adoro o balaio!
que delícia figurar aqui no meio de tanta gente maravilhosa... sou fã dos poemas do Aroeira e da Martha!
obrigada Moacy, é sempre muito bom cair nesse balaio =)
beijos!
Galinhos me lembra umas férias. Aí, tive a oportunidade de pintar um quadro: O Farol de galinhos - óleo sobre tela. Eu gosto dessas águas.
Beijos, Moacy.
Postar um comentário