FILMES QUE MARCARAM ÉPOCA
NA CAICÓ DOS ANOS 50
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duas cenas de
Joana d'Arc
(Victor Fleming, 1948)
BALAIO PORRETA 1986
n° 2705
Rio, 27 de junho de 2009
Estrelado por Ingrid Bergman, Joana d'Arc foi exibido no cinema de 'seu' Clóvis por volta de 1952/53. Confesso: o drama da jovem francesa que, injustamente, seria condenada a morrer na fogueira, impressionou-me bastante. Como aquela doce e ao mesmo tempo forte donzela, depois de vitoriosa numa guerra para mim incompreensível, poderia ter sido executada de forma tão bárbara? Mas o filme fez um tremendo sucesso em Caicó: a história e a beleza da atriz calaram fundo na alma dos caicoenses.
Ao contrário do que imagina José Serra e outros políticos de segunda categoria (cf. o recente caso das biblotecas escolares de Porto Alegre e São Paulo), Um contrato com Deus é uma obra-prima. E tem mais: seu autor - Will Eisner - é um dos maiores nomes da arte narrativa norte-americana, merecendo figurar na galeria dos grandes criadores da grafia sequencial do século XX na terra do bangue-bangue: Orson Welles, John Ford, Stanley Kubrick, Buster Keaton, Howard Hawks, Winsor McCay, Jules Feiffer, Robert Crumb, Frank Miller, Nicholas Ray, John Huston. Ousamos dizer: são 12 dos maiores gênios das linguagens cinematográfica e quadrinhográfica.
NA CAICÓ DOS ANOS 50
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duas cenas de
Joana d'Arc
(Victor Fleming, 1948)
BALAIO PORRETA 1986
n° 2705
Rio, 27 de junho de 2009
Estrelado por Ingrid Bergman, Joana d'Arc foi exibido no cinema de 'seu' Clóvis por volta de 1952/53. Confesso: o drama da jovem francesa que, injustamente, seria condenada a morrer na fogueira, impressionou-me bastante. Como aquela doce e ao mesmo tempo forte donzela, depois de vitoriosa numa guerra para mim incompreensível, poderia ter sido executada de forma tão bárbara? Mas o filme fez um tremendo sucesso em Caicó: a história e a beleza da atriz calaram fundo na alma dos caicoenses.
CAMINHANTE, TUAS PEGADAS
Antonio Machado (Sevilha, 1875 - Collioure, 1939)
Trad. Wilton José Marques
[ in Transverso, 1988 ]
Caminhante, tuas pegadas
são o caminho e nada mais;
caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar.
Ao andar se faz caminho,
e quando se olha para trás
se vê a vereda que nunca
se voltará a palmilhar.
Caminhante, não há caminho,
apenas estrelas no mar.
VÉUS, GRINALDAS E GRILHÕES
Santa Maria
[ in Escritoras Suicidas ]
UMA OBRA-PRIMA DA ARTE NARRATIVAAntonio Machado (Sevilha, 1875 - Collioure, 1939)
Trad. Wilton José Marques
[ in Transverso, 1988 ]
Caminhante, tuas pegadas
são o caminho e nada mais;
caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar.
Ao andar se faz caminho,
e quando se olha para trás
se vê a vereda que nunca
se voltará a palmilhar.
Caminhante, não há caminho,
apenas estrelas no mar.
VÉUS, GRINALDAS E GRILHÕES
Santa Maria
[ in Escritoras Suicidas ]
I
A noiva, prometida e enamorada,
deixou todos esperando na igreja,
e fugiu com a cunhada.
II
Quando o noivo chegou ao altar,
olhou para a desconhecida ao lado
e gritou sim sem gaguejar.
III
Repletos de encantamento,
depois da lua-de-mel,
cada um voltou ao seu casamento.
CURSO DE INGLÊS AVEXADO
Alex Gurgel
[ in Grande Ponto ]
Alex Gurgel
[ in Grande Ponto ]
Is we in the tape! = É nóis na fita.
Tea with me that I book your face = 'Xá comigo
que eu livro sua cara.
I am more I = Eu sou mais eu.
Do you want a good-good? = Você quer um bom-bom?
Not even come that it doesn’t have! = Nem vem que não tem!
She is full of nine o’clock = Ela é cheia de nove horas.
I am completely bald of knowing it = Tô careca de saber.
Ooh! I burned my movie! = Oh! Queimei meu filme!
I will wash the mare = Vou lavar a égua.
Go catch little coconuts! = Vai catar coquinho!
If you run, the beast catches, if you stay the beast eats!
= Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come!
Before afternoon than never = Antes tarde do que nunca.
Take out the little horse from the rain = Tire o cavalinho da chuva.
The cow went to the swamp = A vaca foi pro brejo!
To give one of John the Armless = Dar uma de João-sem-Braço.
Tea with me that I book your face = 'Xá comigo
que eu livro sua cara.
I am more I = Eu sou mais eu.
Do you want a good-good? = Você quer um bom-bom?
Not even come that it doesn’t have! = Nem vem que não tem!
She is full of nine o’clock = Ela é cheia de nove horas.
I am completely bald of knowing it = Tô careca de saber.
Ooh! I burned my movie! = Oh! Queimei meu filme!
I will wash the mare = Vou lavar a égua.
Go catch little coconuts! = Vai catar coquinho!
If you run, the beast catches, if you stay the beast eats!
= Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come!
Before afternoon than never = Antes tarde do que nunca.
Take out the little horse from the rain = Tire o cavalinho da chuva.
The cow went to the swamp = A vaca foi pro brejo!
To give one of John the Armless = Dar uma de João-sem-Braço.
Ao contrário do que imagina José Serra e outros políticos de segunda categoria (cf. o recente caso das biblotecas escolares de Porto Alegre e São Paulo), Um contrato com Deus é uma obra-prima. E tem mais: seu autor - Will Eisner - é um dos maiores nomes da arte narrativa norte-americana, merecendo figurar na galeria dos grandes criadores da grafia sequencial do século XX na terra do bangue-bangue: Orson Welles, John Ford, Stanley Kubrick, Buster Keaton, Howard Hawks, Winsor McCay, Jules Feiffer, Robert Crumb, Frank Miller, Nicholas Ray, John Huston. Ousamos dizer: são 12 dos maiores gênios das linguagens cinematográfica e quadrinhográfica.
5 comentários:
Bom Dia, Moacy!
Fascinada com essa versão de Joana D'Arc. As expressoes do olhar de ambos, a beleza eterna de Ingrid, e o cineasta perfeito, que captou em close essa beleza. Como pode isso acontecer? É real!
Caminhante! Lindo poema de Antonio Machado!
Santa Maria! estrapola humor, beleza!
Se um aluno meu, falar: The cow went to the swamp, acho que perco a vontade de ensinar esse idioma tão bobo.
Boa a indicação do livro: "Um Contrato com Deus" Será que já tem no Brasil que falta até os livros de Joao Cabral?
Beijos, amigo!
Balio bom o de hoje!
Comecerei chorando e acabei sorrindo!
Demais!
Mirse
Bom ver a obra de Will Eisner por aqui. "Um Contrato com Deus" é uma das peças mais valiosas que tenho em minha biblioteca. É profunda e bela. Não deixa nada a desejar a nenhum clássico da literatura.
Moacy,
Vi esse "Joana D'Arc" nos idos de 1950, não me lembro nada dele. Mas pelo que se sabe, não é um bom filme, como também não foi bom o "Joana D'Arc" de Premminger, um diretor bem superior a Fleming. Na verdade, o grande filme sobre a mártir francesa foi o de Dreyer. Gosto do de Bresson, mas acho o de Dreyer melhor. (Na verdade, são muito diferentes um do outro.) Mudando: vejo que já está no Rio e acredito que amanhã você irá ver mais um Fla x Flu. Um abraço.
Concordo, Moacy: Um contrato com Deus é sensacional.
Chorei quando Joana d´Arc foi queimada.
Um abraço e um bom sábado (aqui, sol e frio).
lia o santa maria - digo "o" porque só ontem soube que ela é ele - minha companheira lá no escritoras suicidas é homem!! alilás, já visse minha página no suicidas??? (http://www.escritorassuicidas.com.br/liria_porto.htm) : eu adoro aquilo lá!!
besos
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