Cartão postal antigo
in
Canta Piriquito Canta
BALAIO PORRETA 1986
nº 2778
Rio, 9 de setembro de 2009
As constelações servem para esclarecer a noite.
(Vestibulando, em 2004)
INS.PIRAÇÃO
Lou Vilela
[in Nudez Poética ]
Para Nina Rizzi
Ela trans.pira
selvagem sol a pino
animal de quatro.
Seu poema,
o gozo de um corcel:
vitalidade e visgo.
IMENSO
Jairo Lima
[ in Bar Papo Furado ]
apaga dos meus olhos este brilho intenso
que me cega à tarde
(faz uma noite para o meu silêncio)
depois,
procura nos jardins assassinados
os jasmins devolutos
e acorda os incensos que já não ardem
faz para mim um imenso
POEMA
Ada Lima
[ in Flor do Sal ]
Quero a leveza
das mãos invisíveis
que suspendem os pássaros.
CERIMÔNIA DE POSSE
Ana de Santana (Caicó, RN)
[ in Em nome da pele, 2008 ]
Sobre o lençol,
o corpo estendido
cedilha-se ao toque
das folhas da benzedeira
Pelos vasos frêmitos
entranham ungüentos
e escapam perfumes
De rezas, beijos e ais
a boca não se desafaz
No limite dos atabaques
etéreas veias explodem
lactealagando-se de curas
a carne adoecida de amar
Ana de Santana (Caicó, RN)
[ in Em nome da pele, 2008 ]
Sobre o lençol,
o corpo estendido
cedilha-se ao toque
das folhas da benzedeira
Pelos vasos frêmitos
entranham ungüentos
e escapam perfumes
De rezas, beijos e ais
a boca não se desafaz
No limite dos atabaques
etéreas veias explodem
lactealagando-se de curas
a carne adoecida de amar
POEMA de
J. Brito Costa
As deusas
quando se vestem de auroras ensangüentadas
espantam as tristezas dos animais.
As deusas
quando se aninham em palavras despudoradas
fazem a alegria de muitos carnavais.
As deusas
quando são deusas e vivem paixões desesperadas
tornam-se humanas - e nada mais.
J. Brito Costa
As deusas
quando se vestem de auroras ensangüentadas
espantam as tristezas dos animais.
As deusas
quando se aninham em palavras despudoradas
fazem a alegria de muitos carnavais.
As deusas
quando são deusas e vivem paixões desesperadas
tornam-se humanas - e nada mais.
LACUNA
(Marcos Tavares, in Jornal da Paraíba, em 8/9/2009)
Por favor, algum eventual leitor que possua um livro do ex-presidente Collor, gostaria muito de comprá-lo.
Essa raridade bibliográfica seria de extremo valor para que eu preencha uma lacuna imperdoável na minha duvidosa cultura.
Fica o apelo.
(Marcos Tavares, in Jornal da Paraíba, em 8/9/2009)
Por favor, algum eventual leitor que possua um livro do ex-presidente Collor, gostaria muito de comprá-lo.
Essa raridade bibliográfica seria de extremo valor para que eu preencha uma lacuna imperdoável na minha duvidosa cultura.
Fica o apelo.
- 1 - Frase - De Juscelino: Se me virem dançando com mulher feia é porque a campanha já começou.
- 2 - Sabedoria - Ser sábio é suportar com um sorriso a burrice dos outros.
- 3 - Perdido - O perdedor não escreve a história. Aliás ele nem lê.
ligeiramente autogozativo
[ Repassado pelo ator e prof. José Marinho,
em nossos tempos de UFF ]
Em 1939, o bravo semanário do interior pernambucano
A Folha de Caruaru,
com a força de seus 300 exemplares,
bradava em manchete:
HITLER,
ATENDA AO NOSSO APELO, NÃO INVADA A POLÔNIA!
Em 1945, finda a guerra, o mesmo jornal lembrava a todos:
HITLER,
BEM QUE NÓS AVISAMOS...
12 comentários:
E continua porreta este balaio!
Abracos,
Namibiano Ferreira
Bom dia, Moacy!
Lindo cartão postal!
Poemas todos lindos, destaque para Lou e Ada!
É verdade que alguém quer uma revista do Collor?
Em Lacuna, o humor em sua face mais bela!
Parabéns, amigo!
Beijos
Mirse
Moacy
ótima escolha de poemas, e a frase do Juscelino já anhou meu dia...rs
bj pra ti, guri!
Porretíssimo! Destaque para o poema de Lou Vilela. Beijo.
Poema poema poema: Moacy!
Moa,
todos os poemas de hoje são bons. Todos destacados. Lou fez bela homenagem à Nina.Jairo fez um "recitativo" ou "litania" extremamente sugestivo. Ada fez um voto-hai kai (hai kai como gesto votivo). Ana de Santana fez cerimônia, como mesmo assume, ou "reza profana". J. Brito fez uma Ode que se dessacraliza a si mesma e ao objeto louvado. Enaltecendo-o, assim mesmo. Humanamente. As frases são ótimas, o humor é fino e o Balaio é porreta.
(Parece banca de defesa de tese, onde o examinador fala assim: "A Instituição é séria, o orientador competente e o postulante capaz"... rs rs rs)
Abração,
Marcelo.
Marcelo,
Falar mais o quê? Seu comentário é uma aula!
Moacy,
Obrigada pela oportunidade de, mais uma vez, figurar ao lado das feras que compõe o seu porretíssimo Balaio! Sempre me encanto com essa voz coletiva!
Um grande abraço para todos,
Lou
em tempo: agradeço aos queridos amigos pelas considerações e leitura. ;)
Beijos
ops, * compõem
moacy, quando a vi o balaio au]tualizado, om a imagem pequenina, pequenina, vim a correr crendo na josephine, a baker, não é, mas salva um dia, hm? adoro estes postais. essas anônimas, pensava em tê-las resolutas :p
a lou me presenteia com esse poema orgástico.
e é o jairo quem pede pede por mim o imenso. caralho, que poema foda.
bem, gostava de ser humana...
Maravilha! Maravilha!
Desde a homenagem à nossa amiga Nina, poetisa de raro valor, passando pelos demais poemas e os textos do Marcos Tavares e do Prof. José Marinho.
Parabéns, com aplausos de pé.
Carpe Diem.
rsrsrs... a Folha de Caruaru bem que avisou!
Mas o poema da Ada veio sem aviso e me arrebatou :)
A Lou e sua ins.piração também...
Belezura de Balaio, Moa.
beijos
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