Máscara Tchokwé
(Mwana Pwó)
Angola
BALAIO PORRETA 1986
nº 2779
Rio, 10 de setembro de 2009
Para viver em comunidade é preciso que haja compreensão.
(Provérbio Tchokwé / Angola)
SÓ HÁ UMA ARTE
Namibiano Ferreira
No jardim do diário
dos dias azuis de jasmim
só há uma Arte: – A Poesia!
Toda a Arte é poética,
toda a Arte é Poesia!
falando e comunicando
por diferentes pincéis
penas ritmos materiais
cinzéis cores ditirambos
ou no telúrico e místico
momento de um par
de mãos rudes e humanas
construindo na roda
uma peça de terracota;
ou um escultor tchokwé
talhando a expressão da alma
na madeira inerte da árvore
a máscara de Mwana Pwó.
ENCONTRO
Lisbeth Lima
[ in Flor de Craibeira ]
Trouxe-me a chuva
e, depois dela,
céu aberto, anil.
Trouxe-me a noite
e, dentro dela seu corpo chuviscado,
amanhecido junto ao meu.
Dia claro, céu aberto, abril.
POEMA
Mário Cézaer
[ in Coivara ]
não sei das possibilidades do beijo. só alcancei a infância.
NOITE DE CLÁUDIA MAGALHÃES
Em Natal, na Siciliano do Midivaimal, hoje é noite de
Cláudia Magalhães.
A poeta. A cronita. A dramaturga.
E um livro de sua autoria sendo lançado:
Esquina do mundo - A hora do cão-lobo,
texto teatral inédito.
PESQUISA DATABALAIO DE COMUNICAÇÃO ALOPRADA
[ in Balaio n° 1087, de 14 de setembro de 1998 ]
Na sua opinião, o Brasil foi "achado" em 1500 por
a. Cinco marcianos que pretendiam conhecer o carnaval de Olinda [ ]
b. Caetano Veloso, capitaneando a navilouca Tropicália [ ]
c. Cristóvão Colombo, a pedido de Galileu Galilei [ ]
d. Maria Mula Manca, popular figura de Natal nos anos 50 e 60 /do séc. XX/ [ ]
A resposta deve ser enviada para o Departamento Sexual da Rede Globo de Televisão, no Jardim Botânico, Rio.
(Mwana Pwó)
Angola
BALAIO PORRETA 1986
nº 2779
Rio, 10 de setembro de 2009
Para viver em comunidade é preciso que haja compreensão.
(Provérbio Tchokwé / Angola)
SÓ HÁ UMA ARTE
Namibiano Ferreira
No jardim do diário
dos dias azuis de jasmim
só há uma Arte: – A Poesia!
Toda a Arte é poética,
toda a Arte é Poesia!
falando e comunicando
por diferentes pincéis
penas ritmos materiais
cinzéis cores ditirambos
ou no telúrico e místico
momento de um par
de mãos rudes e humanas
construindo na roda
uma peça de terracota;
ou um escultor tchokwé
talhando a expressão da alma
na madeira inerte da árvore
a máscara de Mwana Pwó.
SATÃ
Carlos Gurgel
[ in Aurora (ou ti sider) ]
sábado
cobrirei minh'alma
com o fogo que escorre
pelas ruas malditas
lá
no fundo do poço
sinto o cheiro podre
da raça humana
e o mundo
tão sórdido e cruel
abocanha o suor da boca de quem dorme.
Carlos Gurgel
[ in Aurora (ou ti sider) ]
sábado
cobrirei minh'alma
com o fogo que escorre
pelas ruas malditas
lá
no fundo do poço
sinto o cheiro podre
da raça humana
e o mundo
tão sórdido e cruel
abocanha o suor da boca de quem dorme.
ENCONTRO
Lisbeth Lima
[ in Flor de Craibeira ]
Trouxe-me a chuva
e, depois dela,
céu aberto, anil.
Trouxe-me a noite
e, dentro dela seu corpo chuviscado,
amanhecido junto ao meu.
Dia claro, céu aberto, abril.
JOGOS FLORAIS
Antonio Carlos de Brito (Cacaso)
[ in Grupo Escolar, 1974 ]
I
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
a água já não vira vinho,
vira direto vinagre.
II
Minha terra tem Palmares
memória cala-te já.
Peço licença poética
Belém capital Pará.
Bem, meus prezados senhores
dado o avançado da hora
errata e efeitos do vinho
o poeta sai de fininho.
(será mesmo com 2 esses
que se escreve paçarinho?)
Antonio Carlos de Brito (Cacaso)
[ in Grupo Escolar, 1974 ]
I
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
a água já não vira vinho,
vira direto vinagre.
II
Minha terra tem Palmares
memória cala-te já.
Peço licença poética
Belém capital Pará.
Bem, meus prezados senhores
dado o avançado da hora
errata e efeitos do vinho
o poeta sai de fininho.
(será mesmo com 2 esses
que se escreve paçarinho?)
POEMA
Mário Cézaer
[ in Coivara ]
não sei das possibilidades do beijo. só alcancei a infância.
NOITE DE CLÁUDIA MAGALHÃES
Em Natal, na Siciliano do Midivaimal, hoje é noite de
Cláudia Magalhães.
A poeta. A cronita. A dramaturga.
E um livro de sua autoria sendo lançado:
Esquina do mundo - A hora do cão-lobo,
texto teatral inédito.
PESQUISA DATABALAIO DE COMUNICAÇÃO ALOPRADA
[ in Balaio n° 1087, de 14 de setembro de 1998 ]
Na sua opinião, o Brasil foi "achado" em 1500 por
a. Cinco marcianos que pretendiam conhecer o carnaval de Olinda [ ]
b. Caetano Veloso, capitaneando a navilouca Tropicália [ ]
c. Cristóvão Colombo, a pedido de Galileu Galilei [ ]
d. Maria Mula Manca, popular figura de Natal nos anos 50 e 60 /do séc. XX/ [ ]
A resposta deve ser enviada para o Departamento Sexual da Rede Globo de Televisão, no Jardim Botânico, Rio.
12 comentários:
Bom dia Moacy!
A Máscara Africana, pura arte!
Todos os poemas lindos, mas adorei
Jogos Florais!
Parabéns à Cláudia Magalhães!
E a resposta certa deve ser a d)
Beijos e parabéns pelo Balaio de hoje
Mirse
Moacy, obrigado pela homenagem.
Kandandu angolano!!
nós e apoesia.
nós e a história.
nós e as máscaras.
nozes, nozes.
Mais uma excelente postagem, caro mestre Moacy.
Com certeza, toda arte é poesia.
Os poemas selecionados, como de hábito, são esplêndidos, você tem muito bom gosto e talento para selecionar poesias e isso também é uma arte.
Sobre a enquete, olha, estou rindo até agora. Creio que todas as respostas estão certas. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
adorei a máscara. belo poema só há uma arte. beijos, pedrita
Moa,
Os poemas de hoje exemplificam, claramente, uma certa dicção masculina. Teríamos de dizer até "máscula". Um tom másculo de se fazer poesia, que se percebe, sobretudo, em Namibiano Ferreira, Carlos Gurgel e Mário Cézaer. Pra contrabalançar isso tudo, tem a chuva e o céu aberto de Lisbeth...
Parabéns pelas escolhas todas.
Abraços,
Marcelo.
Moacy,
outra vez no Balaio, outra vez feliz!
Um abraço, Lisbeth
Moa, super Balaio com poemas fortes... e a pesquisa eu acho que foi a Maria Mula Manca, afinal só aqui pra uma mulher protagonizar a história... rsrs
beijão
Mias uma coleção porretíssima! É bom vir aqui! beijo.
Mestre querido,
adorável o poema de Antonio Carlos de brito, fechadinho e gostoso de se ler. E o seu bom gosto continua em alta!!
Beijos carinhosos
Gosto muito das poesias do Namibiano Ferreira, mas ele não me dá a menor confiança.
Fazer o que né!
Bjs.
Fiquei em quase êxtase ao admirar com calma a máscara africana.
Mama África...(Gilberto Gil)
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