Ilha de Moçambique, em Moçambique
Foto de Zeca Ribeiro, in Recalcitrante
BALAIO PORRETA 1986
n° 2823
Natal, 26 de outubro de 2009
Nas curvas do teu corpo capotei meu coração.
("Filosofia" de caminhão)
PEDRAS DE TOQUE DA POESIA BRASILEIRA
[ org. José Lino Grunewald, 1996 ]
é régua que calcula a
linguagem e lhe engenha
modelos de medula
(Nelson Ascher, Definição de poesia)
E vestes a parábola noturna
do alfabeto das últimas folhagens
(Abgar Renault, Claro e escuro)
Entrego aos ventos a esperança errante
(Cláudio Manuel da Costa,
A cada instante, Amor, a cada instante)
Eu desenhava na praia a curva de teu seio
E continuava voando entre o farol e o mar
(Ledo Ivo, Esmeralda)
Não tem altura o silêncio das pedras
(Manoel de Barros, Uma didática da invenção - X)
Dentro de ti medita um
sol mediterrâneo
(Cláudia Roquette-Pinto, tomatl)
ECOVILA PAU BRASIL
Descobrimos em Pium, nas proximidades de Natal, a partir de indicações pessoais, o melhor restaurante da cidade: o espaço alternativo Ecovila Pau Brasil, projeto planetário de agroecologia, em dois hectares, com uma proposta especial que inclui restaurante vegetariano, luaus programados, reflorestamento sustentável, ambientação mais do que agradável, áreas de acampamento e de trilhas. Enfim, a Natal Verde que a Prefeitura (do PV) desconhece.
DESERTO
Simone Oliveira
[ in Letras e Tempestades ]
A saudade
do teu corpo
silencia
minhas mãos
e minha boca.
NUDEZ
Maria Maria
[ in Espartilho de Eme ]
Tirei tudo de mim
nessa madrugada:
os brincos, os anéis,
as vestes de santa,
os terços, a calcinha
branca.
Foto de Zeca Ribeiro, in Recalcitrante
BALAIO PORRETA 1986
n° 2823
Natal, 26 de outubro de 2009
Nas curvas do teu corpo capotei meu coração.
("Filosofia" de caminhão)
PEDRAS DE TOQUE DA POESIA BRASILEIRA
[ org. José Lino Grunewald, 1996 ]
é régua que calcula a
linguagem e lhe engenha
modelos de medula
(Nelson Ascher, Definição de poesia)
E vestes a parábola noturna
do alfabeto das últimas folhagens
(Abgar Renault, Claro e escuro)
Entrego aos ventos a esperança errante
(Cláudio Manuel da Costa,
A cada instante, Amor, a cada instante)
Eu desenhava na praia a curva de teu seio
E continuava voando entre o farol e o mar
(Ledo Ivo, Esmeralda)
Não tem altura o silêncio das pedras
(Manoel de Barros, Uma didática da invenção - X)
Dentro de ti medita um
sol mediterrâneo
(Cláudia Roquette-Pinto, tomatl)
ECOVILA PAU BRASIL
Descobrimos em Pium, nas proximidades de Natal, a partir de indicações pessoais, o melhor restaurante da cidade: o espaço alternativo Ecovila Pau Brasil, projeto planetário de agroecologia, em dois hectares, com uma proposta especial que inclui restaurante vegetariano, luaus programados, reflorestamento sustentável, ambientação mais do que agradável, áreas de acampamento e de trilhas. Enfim, a Natal Verde que a Prefeitura (do PV) desconhece.
DESERTO
Simone Oliveira
[ in Letras e Tempestades ]
A saudade
do teu corpo
silencia
minhas mãos
e minha boca.
NUDEZ
Maria Maria
[ in Espartilho de Eme ]
Tirei tudo de mim
nessa madrugada:
os brincos, os anéis,
as vestes de santa,
os terços, a calcinha
branca.
TODA NUA
Abner de Brito
(Caicó, 1890 - Curitiba, 1951)
Vim pensar, hoje, no teu corpo amado,
Princesa! A escultural forma de neve
Do teu corpo tem sido o meu pecado,
Dentre todos que tenho, que é o mais leve.
Vejo, a pulsar, teu seio, que descreve
Linha estuante de escândalo, marcado
Pela eclosão do incêndio propagado
Na febre de meu sonho ardente e breve.
Abaixo, o ventre, no regaço, aonde
Corro a sorver o gozo alto e infinito
Do inferno bom que tua carne esconde...
- Nua! Reflete em mim teus membros lassos
Nesta volúpia que me torna aflito
De nunca os ter sentido nos meus braços!
Abner de Brito
(Caicó, 1890 - Curitiba, 1951)
Vim pensar, hoje, no teu corpo amado,
Princesa! A escultural forma de neve
Do teu corpo tem sido o meu pecado,
Dentre todos que tenho, que é o mais leve.
Vejo, a pulsar, teu seio, que descreve
Linha estuante de escândalo, marcado
Pela eclosão do incêndio propagado
Na febre de meu sonho ardente e breve.
Abaixo, o ventre, no regaço, aonde
Corro a sorver o gozo alto e infinito
Do inferno bom que tua carne esconde...
- Nua! Reflete em mim teus membros lassos
Nesta volúpia que me torna aflito
De nunca os ter sentido nos meus braços!
DIETA OBRIGATÓRIA DE PALAVRAS
Sheyla Azevedo
[ in Bicho Esquisito ]
A fome me abraça quase terna
Ignora o divórcio de minhas mãos em sua cintura
Eu, discreta, porém, resoluta
Oculto me mim mesma o barulho que irrompe
Da boca do estômago
Às vezes,
Abro a janela sem pressa
E sinto o gosto das teclas
Ao som dos meus dedos
Falta pouco, falta bem pouco
Para que minha língua toque o doce do teu silêncio
Sheyla Azevedo
[ in Bicho Esquisito ]
A fome me abraça quase terna
Ignora o divórcio de minhas mãos em sua cintura
Eu, discreta, porém, resoluta
Oculto me mim mesma o barulho que irrompe
Da boca do estômago
Às vezes,
Abro a janela sem pressa
E sinto o gosto das teclas
Ao som dos meus dedos
Falta pouco, falta bem pouco
Para que minha língua toque o doce do teu silêncio
O NAVIO
Cefas Carvalho
Leu o que havia escrito. Não gostou. Ou gostou de forma estranha, um gostar sem realmente apreciar. Na verdade, nunca amava o que escrevia. Ou talvez amasse, mas de forma inusitada, como deve ser o amor. Escrevera daquela vez sobre um navio, que, colhido em alto mar por uma tempestade, começava a afundar no oceano. Nunca estivera em um navio, antes, pelo menos não que se lembrasse. Teria feito uma analogia? Que seria o navio? Sua vida? O amor que poderia se afogar no oceano do dia a dia? Ou, seriam apenas suas leituras passadas, remotas – Moby Dick, Odisséia – que vinham brincar em sua mente e o induzir a escrever. O navio afundou, pois então. Havia um barco salva-vidas, mas apenas um e todos os quinze tripulantes fizeram um pacto para, juntos, morrerem no navio sagrado que construíram e com o qual sonharam em conquistar o mundo, ou pelo menos, um mundo, como o famigerado Cortés. Era o fim da história, então. Releu o que havia escrito. Sorriu para si mesmo e pensou se queria realmente ter escrito sobre um navio que afundava e um pacto de morte. Acendeu um isqueiro e queimou a folha de papel no cinzeiro...
Memória 1994
BALAIO INCOMUN n° 593
Desde 8/9/1986
Rio, 4 de março de 1994
Diretamente do Além
MENSAGEM DE CHICO DOIDO DE CAICÓ
AOS FORMANDOS DE COMUNICAÇÃO DA UFF
Em vida, sempre fui um presepeiro, sempre fui um gozador, sempre fui um mulherengo da melhor qualidade. Desmaterializado, e já que não posso mais ser um mulherengo da gota serena, um mulherengo da bixiga lixa, continuo sendo um gozador muito do sacana, muito do atrevido, para satisfação daqueles que passam pelo meu Plano Astral. São Francisco de Assis, Câmara Cascudo, Patrícia Galvão, Manuel Bandeira, Moysés Sesyom, Rosinha da Pá Virada (uma digníssima prostituta da Paraíba), Jorge Fernandes, José Bezerra Gomes, Zila Mamede e Carlos Zéfiro, por exemplo, adoram sentir as minhas cabeludas mentiraiadas.
Aliás, sempre fui um grande e etílico mentiroso, mas um mentiroso de respeito, um mentiroso arretado, um mentiroso digno, e não um mentiroso que faz da mentira um curral diabólico para enganar o povo, para promover a corrupção, para acionar a falta de moral, para atiçar a miséria. Não fui, não sou e não serei um mentiroso qualquer. Mentiroso, sim, mas um mentiroso que nunca enganou ninguém.
E agora, para minha agradável surpresa, eis que sou patrono de uma turma de estudantes que se preparam - e como! - para enfrentar as inúmeras dificuldades do mundo. Em Caicó, garanto, ninguém vai acreditar nesta história. Vão achar que é mais uma mentira do Chico véio de guerra; que é mais uma doidura desse pobre diabo de tantas e tantas loucuras, pelo menos na sua poesia. Paciência, queiram ou não, sinto-me um pai-d'égua escalafobético muito do orgulhoso para nenhum bangalafumenga botar defeito.
Pensando em vocês, moços e moças, com todo o carinho possível do meu Seridó (que é maior do que a distância entre a Terra e o Sol), mas sem desejar para ninguém uma carreira de vícios (a não ser aqueles doces e adoráveis vícios demasiadamente humanos), me lembrei de uma glosa do poeta Moysés Sesyom:
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer.
Mas, enquanto não morrer
- Bebo, fumo, jogo e danço!
Brinco, farreio, não canso,
Me censure quem quiser...
Enquanto eu vida tiver,
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...
Pois é...
Às belas moças da turma, quero dizer:
São tão borogodosas e cheirosas quanto as morenas do meu sertão. Se vivo fosse, se aí estivesse, me apaixonaria por todas vocês (com o devido respeito que a situação poderia requerer). Sei que isso seria um problema dos 600 mil diabos. Mas vocês merecem todas as paixões do mundo. E toda a felicidade necessária para a nova vida que hoje se inicia.
Aos moços, direi: são todos legais. E que também sejam felizes. E mais não direi, que a um caba macho de Caicó, mesmo desmaterializado, não se permite dizer muitas coisas de marmanjos.
Assim sendo, nesta noite de fortes e inesperadas emoções, saibam viver com alegria e esperança. À distância, da sexta margem do rio, passando ao largo do velho Rosa, queiram aceitar o meu abraço. Obrigado...
Cefas Carvalho
Leu o que havia escrito. Não gostou. Ou gostou de forma estranha, um gostar sem realmente apreciar. Na verdade, nunca amava o que escrevia. Ou talvez amasse, mas de forma inusitada, como deve ser o amor. Escrevera daquela vez sobre um navio, que, colhido em alto mar por uma tempestade, começava a afundar no oceano. Nunca estivera em um navio, antes, pelo menos não que se lembrasse. Teria feito uma analogia? Que seria o navio? Sua vida? O amor que poderia se afogar no oceano do dia a dia? Ou, seriam apenas suas leituras passadas, remotas – Moby Dick, Odisséia – que vinham brincar em sua mente e o induzir a escrever. O navio afundou, pois então. Havia um barco salva-vidas, mas apenas um e todos os quinze tripulantes fizeram um pacto para, juntos, morrerem no navio sagrado que construíram e com o qual sonharam em conquistar o mundo, ou pelo menos, um mundo, como o famigerado Cortés. Era o fim da história, então. Releu o que havia escrito. Sorriu para si mesmo e pensou se queria realmente ter escrito sobre um navio que afundava e um pacto de morte. Acendeu um isqueiro e queimou a folha de papel no cinzeiro...
Memória 1994
BALAIO INCOMUN n° 593
Desde 8/9/1986
Rio, 4 de março de 1994
Diretamente do Além
MENSAGEM DE CHICO DOIDO DE CAICÓ
AOS FORMANDOS DE COMUNICAÇÃO DA UFF
Em vida, sempre fui um presepeiro, sempre fui um gozador, sempre fui um mulherengo da melhor qualidade. Desmaterializado, e já que não posso mais ser um mulherengo da gota serena, um mulherengo da bixiga lixa, continuo sendo um gozador muito do sacana, muito do atrevido, para satisfação daqueles que passam pelo meu Plano Astral. São Francisco de Assis, Câmara Cascudo, Patrícia Galvão, Manuel Bandeira, Moysés Sesyom, Rosinha da Pá Virada (uma digníssima prostituta da Paraíba), Jorge Fernandes, José Bezerra Gomes, Zila Mamede e Carlos Zéfiro, por exemplo, adoram sentir as minhas cabeludas mentiraiadas.
Aliás, sempre fui um grande e etílico mentiroso, mas um mentiroso de respeito, um mentiroso arretado, um mentiroso digno, e não um mentiroso que faz da mentira um curral diabólico para enganar o povo, para promover a corrupção, para acionar a falta de moral, para atiçar a miséria. Não fui, não sou e não serei um mentiroso qualquer. Mentiroso, sim, mas um mentiroso que nunca enganou ninguém.
E agora, para minha agradável surpresa, eis que sou patrono de uma turma de estudantes que se preparam - e como! - para enfrentar as inúmeras dificuldades do mundo. Em Caicó, garanto, ninguém vai acreditar nesta história. Vão achar que é mais uma mentira do Chico véio de guerra; que é mais uma doidura desse pobre diabo de tantas e tantas loucuras, pelo menos na sua poesia. Paciência, queiram ou não, sinto-me um pai-d'égua escalafobético muito do orgulhoso para nenhum bangalafumenga botar defeito.
Pensando em vocês, moços e moças, com todo o carinho possível do meu Seridó (que é maior do que a distância entre a Terra e o Sol), mas sem desejar para ninguém uma carreira de vícios (a não ser aqueles doces e adoráveis vícios demasiadamente humanos), me lembrei de uma glosa do poeta Moysés Sesyom:
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer.
Mas, enquanto não morrer
- Bebo, fumo, jogo e danço!
Brinco, farreio, não canso,
Me censure quem quiser...
Enquanto eu vida tiver,
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...
Pois é...
Às belas moças da turma, quero dizer:
São tão borogodosas e cheirosas quanto as morenas do meu sertão. Se vivo fosse, se aí estivesse, me apaixonaria por todas vocês (com o devido respeito que a situação poderia requerer). Sei que isso seria um problema dos 600 mil diabos. Mas vocês merecem todas as paixões do mundo. E toda a felicidade necessária para a nova vida que hoje se inicia.
Aos moços, direi: são todos legais. E que também sejam felizes. E mais não direi, que a um caba macho de Caicó, mesmo desmaterializado, não se permite dizer muitas coisas de marmanjos.
Assim sendo, nesta noite de fortes e inesperadas emoções, saibam viver com alegria e esperança. À distância, da sexta margem do rio, passando ao largo do velho Rosa, queiram aceitar o meu abraço. Obrigado...
Nota:
Esta mensagem foi lida, em off, por um aluno, no Teatro da UFF (Icaraí, Niterói), completamente lotado, em noite de gala. Depois da sessão de formatura, o Balaio foi distribuído entre os presentes. A turma Chico Doido de Caicó teve como paraninfo este vosso Moacy Cirne, professor, poeta, cangaceiro e caba da peste.
Ainda esta semana, diretamente do Além,
mais uma entrevista exclusiva com Chico Doido de Caicó.
Esta mensagem foi lida, em off, por um aluno, no Teatro da UFF (Icaraí, Niterói), completamente lotado, em noite de gala. Depois da sessão de formatura, o Balaio foi distribuído entre os presentes. A turma Chico Doido de Caicó teve como paraninfo este vosso Moacy Cirne, professor, poeta, cangaceiro e caba da peste.
Ainda esta semana, diretamente do Além,
mais uma entrevista exclusiva com Chico Doido de Caicó.
14 comentários:
O poema de Maria é de uma sensualidade extrema. Que beleza!
"Leu o que havia escrito. Não gostou. Ou gostou de forma estranha, um gostar sem realmente apreciar. Na verdade, nunca amava o que escrevia." o cefas carvalho tem um isqueiro aí? pra eu tacar fogo na barra da minha saia - acho que escreveu sobre mim... risos
bom dia, moacy! a nina vai a caicó - vai ao bar do ferreirinha e vai te conhecer - tou numa inveeeeeeeeeeeeja! bebam uma por mim!
besos
Mutcho, mutcho bom!
Um balaio repleto de variedades para começar a semana. Vou degustálas aos poucos.
Moacy,a galera aguarda com muita,mais muita mesmo, ansiedade, a entrevista de CDC.Olha cara, a Puta Resoluta Nina Rizzi é a nossa convidada especial pra festa do lançamento do livro no dia 1 de novembro.E vc vem?Um abraço.Pituleira...
que bacana deve ter sido essa formatura, Moa! Com mensagem de Chico Doido e você como paraninfo... o Balaio circulando entre os estudantes... super!
adorei a sensibilidade do texto da Sheylinha, pra variar :)
estou abrindo agora o site da Ecovila Pau Brasil, boa dica!
beijos e ótima semana
CDC impecável, mais uma vez.
Inspirados, os poemas da Simone e da Maria.
Um abraço.
Boa tarde Moacy!
Maria Maria, sempre brilhando!
Chico Doido, fez o Balaio acontecer hoje!
Parabéns
Beijos
mirse
Adorei o Balaio hoje. Gostei de tudinho: da filosofia de caminhão, dos poemas, dos poetas, da sheylinha... Mas, sério, ler a mensagem em off do Chico Doido aos formandos da UFF é impagável.
Adorei mesmo!
Saudade.
Cheiros
Obrigadaaaa!!!!!
Eu gosto desse poema!!!
Beijos,
Maria Maria
Moacy,
Êta, Balaio cheio de coisas boas!
Ele é prosa, ele é poesia, ele é CDC, uma figura!
Escolher a melhor é impossível.
Quantas horas tem seu dia?
Obrigada pelo Zeca Ribeiro, ele é fantástico.
Um cheiro
Saudações Moacy,
Esta mensagem do Chico Doido é muito da hora.
Viajei n'O Navio, fiquei encantada do que notei de uma simplicidade
Balaio das ousadias poéticas
das pedras de silêncios pérolas feito palavras
Esta do Manoel de Barros e juntamente com todas de um livro tão naturalmente lindo, O Livro das Ignorãças, ahahah e vai uma no embalo das ousadias, desta mesma parte
"XVI
Entra um chamejamento de luxúria em mim:
Ela há de se deitar sobre meu corpo em toda a espessura de sua boca!
Agora estou varado de entremências.
(Sou pervertido pelas castidades? Santificado pelas imundícias?)
Há frases que se iluminam pelo opaco."
Não tem outra expressão, é ducaralho! eheh
A imagem de Moçambique é de tirar o fôlego, parabéns!
um abraço e ótima semana
Moa,
As pedras de toque são sempre pedras de toque. A duplamente Maria escreve com candente ternura. E essa turma da Universiade Federal Fluminense teve bom paraninfo em corpo carnal e bom patrono e corpo astral, três margens além do escalafobético Rosa.
Abraços,
Marcelo.
Chico doido melhora o meu dia. E você o de todo mundo. Um beijo meu querido, S.
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