OBRAS-PRIMAS DO CINEMA
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para verouvir uma das sequências de
Contos da lua vaga
(Kenji Mizoguchi, 1953)
Entre a fábula, a poesia e a sensibilidade plástica, com apurado sentido narrativo, Mizoguchi constrói um verdadeiro canto cinematográfico. "Sua visão humanista do rude Japão feudal foca, sobretudo, o sofrimento feminino. Usa planos longos e curtos, e movimentos suaves de câmera, evitando com elegância os cortes por meio de dissoluções e poucos closes. Nos momentos de crise ou violência, os planos médios e os grandes planos criam empatia pelos personagens" (Ronald Bergan, in Guia ilustrado do Cinema). A ação dramática do filme se dá em pleno século XVI, durante a guerra civil no Japão, quando o artesão Genjuro e seu cunhado Tobei viajam com suas esposas para a capital da povíncia e lá vendem sua produção de cerâmica. O que vem a seguir torna o filme mais fascinante e misterioso. Uma jóia rara.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2829
Natal, 1 de novembro de 2009
Grandes filmes produzidos e/ou lançados em 1953:
1. Contos da lua vaga (Mizoguchi)
2. As férias do Sr. Hulot (Tati)
3. Viagem à Itália (Rossellini)
4. A roda da fortuna (Minnelli)
5. Era uma vez em Tóquio (Ozu)
6. Os boas vidas (Fellini)
7. Noites de circo (Bergman)
8. Velhas lendas tchecas (Trnka), animação
9. Os corruptos (Lang)
10. O diabo riu por último (Huston)
11. Os homens preferem as louras (Hawks)
12. O alucinado (Buñuel)
POEMA de
Chico Doido de Caicó
A bunda de Filomena
Com suas europas e reentrâncias
É a Paris de meus espantos fluviais
Gostosa, difícil e boa demais.
JÁ COMEÇOU, EM CAICÓ, A FESTA
do lançamento do livro sobre o Bar de Ferreirinha.
Clique aqui para acompanhar o evento.
Atualizações:
Bibica já se encontra no Bar de Ferreirinha (11:25h).
O Bloco do Magão, na festa, esquenta os metais (11:57h).
O blogue de Roberto & Pituleira informa que em Caicó
o calor está de torrar o quengo (12:56h).
Nina Rizzi, neste momento, encontra-se no
Bar do Ferreirinha, "causando furor" (14:36h).
Informação de última hora:
mais de 100 exemplares do livro
sobre o buteco do Ferreirinha já foram vendidos (15:15h).
Diretamente do Além
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM
CHICO DOIDO DE CAICÓ
E aí, Chico véio de guerra, você continua antenado espiritualmente com as coisas e a gente do Seridó?
Demais, seu minino, demais. Fico todo arripiado só de pensar em suas mulheres... Cumaéquiéisso? Sei explicar não. Nem mesmo o meu amigo, o santo Chiquim de Assis, sabe explicar com todas as letras de sua filosofia paidégua. Mas, às vezes, as coisas se misturam. Nem me lembro direito quando bati os ossos. Sabe, o tempo aqui é - como direi? - atemporal. Isso... atemporal. Sabe, a Maria Antonieta Pons?, será que a champrei de verdade ou apenas em pensamento? Lembro-me de ter champrado, como se ainda estivesse vivo, uma bela moreninha do Cai Pedaço, além de várias outras. Mas aquela moreninha, ah! Pense numa dona gostosa. Com ela fiz até tulipa roxa, viu? Foi demais, demais.
Mais tarde, questão de minutos, quero saber tudo sobre o que é essa tal de "tulipa roxa". Mas antes me fale sobre a atual política do nosso Rio Grande. É possível? Você conhece ou conheceu Bibica, assíduo frequentador do Bar de Ferreirinha, que hoje, por sinal está em festa com o lançamento do livro-álbum organizado por Pituleira e Roberto Guarda?
Pois é, seu minino, mesmo desmaterializado acompanho, na medida de minhas possibilidades neblunosas, a política e a politicagem do meu Estado. E o único nome caralhudo que surgiu nos últimos anos é o de Bibica, rifista [Nota: empresário de rifas] juramentado, um nome que é gente da gente, caba dos bons, que não se mete em mentiraiadas, que não tem rabo preso com ninguém, que não é rabo de palha imposto pelos ditadores de antigamente, e que não fica borboleteando por aí feito dondoca que se mete a besta. É o que posso sentir daqui do meu Plano Astral 6969/69. Se vivo fosse - pode acreditar -apoiaria com a força da minha ideia a campanha de BIBICA PARA GOVERNADOR do Estado. Do Além, tô com ele POR UM VOTO SEM PUDOR, POR UM VOTO COM PRAZER. Ele não é desses políticos que não passam de passarinhos que, ao se aproximarem de morcegos, terminam dormindo de cabeça para baixo. Bibica é forte, é sinônimo de sorte, sim senhor: jamais dormirá feito morcego. Tô com ele e não abro de jeito nenhum, nem que a vaca vire pelo avesso. BIBICA, AGORA E SEMPRE!
Mudando de assunto - e esclarecido seu apoio sobrenatural a Bibica -, o que vem a ser exatamente "tulipa roxa"?
Seu minino, é uma história de muitas léguas... mas não é nenhum bicho de treze cabeças. Imagine a posição 69 do cama-sutra. Maginou? Pois é diferente, viu? Pra começo de conversa, convém um bom banho de cacimba, mas pode ser de pote mesmo. Fica-se um tempão com a parceira, olho no olho, de olho na alma dela, de olho nos sentimentos dela, com uma musiquinha suave ao fundo. Depois, derrama-se lentamente um litro de vinho tinto na pessoa amada. E lambe-se. E bebe-se. E lambe-se. E bebe-se. E lambe-se. É um lambe-lambe pra nenhum retratista botar defeito. Em seguida, com sofreguidão, encaixa-se na companheira de acordo com a posição 96 do Código Erótico da Gestualidade Tapuio-Seridoense Trepidante. O quê? Não conhece essa posição? É uma mistura das posições 69 e 33 do cama-sutra, só que com mais delicaza, e também com mais firmeza, viu? Depois vem o bate-rebate, o bole-rebola, o tudo-estudo. Enfim, neste momento, você não sabe se você é ela, ou se ela é você: o gozo é total. Convém, por parte dos dois, sussurrar palavras docemente escandalosas, docemente pornográficas. Uma "tulipa roxa" bem feita dura cerca de 69 minutos. Ai, que saudades do meu tempo de chumbreguezas... E, agora, por favor, preciso voltar a "conversar" com Chiquim de Assis.
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para verouvir uma das sequências de
Contos da lua vaga
(Kenji Mizoguchi, 1953)
Entre a fábula, a poesia e a sensibilidade plástica, com apurado sentido narrativo, Mizoguchi constrói um verdadeiro canto cinematográfico. "Sua visão humanista do rude Japão feudal foca, sobretudo, o sofrimento feminino. Usa planos longos e curtos, e movimentos suaves de câmera, evitando com elegância os cortes por meio de dissoluções e poucos closes. Nos momentos de crise ou violência, os planos médios e os grandes planos criam empatia pelos personagens" (Ronald Bergan, in Guia ilustrado do Cinema). A ação dramática do filme se dá em pleno século XVI, durante a guerra civil no Japão, quando o artesão Genjuro e seu cunhado Tobei viajam com suas esposas para a capital da povíncia e lá vendem sua produção de cerâmica. O que vem a seguir torna o filme mais fascinante e misterioso. Uma jóia rara.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2829
Natal, 1 de novembro de 2009
Grandes filmes produzidos e/ou lançados em 1953:
1. Contos da lua vaga (Mizoguchi)
2. As férias do Sr. Hulot (Tati)
3. Viagem à Itália (Rossellini)
4. A roda da fortuna (Minnelli)
5. Era uma vez em Tóquio (Ozu)
6. Os boas vidas (Fellini)
7. Noites de circo (Bergman)
8. Velhas lendas tchecas (Trnka), animação
9. Os corruptos (Lang)
10. O diabo riu por último (Huston)
11. Os homens preferem as louras (Hawks)
12. O alucinado (Buñuel)
POEMA de
Chico Doido de Caicó
A bunda de Filomena
Com suas europas e reentrâncias
É a Paris de meus espantos fluviais
Gostosa, difícil e boa demais.
JÁ COMEÇOU, EM CAICÓ, A FESTA
do lançamento do livro sobre o Bar de Ferreirinha.
Clique aqui para acompanhar o evento.
Atualizações:
Bibica já se encontra no Bar de Ferreirinha (11:25h).
O Bloco do Magão, na festa, esquenta os metais (11:57h).
O blogue de Roberto & Pituleira informa que em Caicó
o calor está de torrar o quengo (12:56h).
Nina Rizzi, neste momento, encontra-se no
Bar do Ferreirinha, "causando furor" (14:36h).
Informação de última hora:
mais de 100 exemplares do livro
sobre o buteco do Ferreirinha já foram vendidos (15:15h).
Diretamente do Além
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM
CHICO DOIDO DE CAICÓ
E aí, Chico véio de guerra, você continua antenado espiritualmente com as coisas e a gente do Seridó?
Demais, seu minino, demais. Fico todo arripiado só de pensar em suas mulheres... Cumaéquiéisso? Sei explicar não. Nem mesmo o meu amigo, o santo Chiquim de Assis, sabe explicar com todas as letras de sua filosofia paidégua. Mas, às vezes, as coisas se misturam. Nem me lembro direito quando bati os ossos. Sabe, o tempo aqui é - como direi? - atemporal. Isso... atemporal. Sabe, a Maria Antonieta Pons?, será que a champrei de verdade ou apenas em pensamento? Lembro-me de ter champrado, como se ainda estivesse vivo, uma bela moreninha do Cai Pedaço, além de várias outras. Mas aquela moreninha, ah! Pense numa dona gostosa. Com ela fiz até tulipa roxa, viu? Foi demais, demais.
Mais tarde, questão de minutos, quero saber tudo sobre o que é essa tal de "tulipa roxa". Mas antes me fale sobre a atual política do nosso Rio Grande. É possível? Você conhece ou conheceu Bibica, assíduo frequentador do Bar de Ferreirinha, que hoje, por sinal está em festa com o lançamento do livro-álbum organizado por Pituleira e Roberto Guarda?
Pois é, seu minino, mesmo desmaterializado acompanho, na medida de minhas possibilidades neblunosas, a política e a politicagem do meu Estado. E o único nome caralhudo que surgiu nos últimos anos é o de Bibica, rifista [Nota: empresário de rifas] juramentado, um nome que é gente da gente, caba dos bons, que não se mete em mentiraiadas, que não tem rabo preso com ninguém, que não é rabo de palha imposto pelos ditadores de antigamente, e que não fica borboleteando por aí feito dondoca que se mete a besta. É o que posso sentir daqui do meu Plano Astral 6969/69. Se vivo fosse - pode acreditar -apoiaria com a força da minha ideia a campanha de BIBICA PARA GOVERNADOR do Estado. Do Além, tô com ele POR UM VOTO SEM PUDOR, POR UM VOTO COM PRAZER. Ele não é desses políticos que não passam de passarinhos que, ao se aproximarem de morcegos, terminam dormindo de cabeça para baixo. Bibica é forte, é sinônimo de sorte, sim senhor: jamais dormirá feito morcego. Tô com ele e não abro de jeito nenhum, nem que a vaca vire pelo avesso. BIBICA, AGORA E SEMPRE!
Mudando de assunto - e esclarecido seu apoio sobrenatural a Bibica -, o que vem a ser exatamente "tulipa roxa"?
Seu minino, é uma história de muitas léguas... mas não é nenhum bicho de treze cabeças. Imagine a posição 69 do cama-sutra. Maginou? Pois é diferente, viu? Pra começo de conversa, convém um bom banho de cacimba, mas pode ser de pote mesmo. Fica-se um tempão com a parceira, olho no olho, de olho na alma dela, de olho nos sentimentos dela, com uma musiquinha suave ao fundo. Depois, derrama-se lentamente um litro de vinho tinto na pessoa amada. E lambe-se. E bebe-se. E lambe-se. E bebe-se. E lambe-se. É um lambe-lambe pra nenhum retratista botar defeito. Em seguida, com sofreguidão, encaixa-se na companheira de acordo com a posição 96 do Código Erótico da Gestualidade Tapuio-Seridoense Trepidante. O quê? Não conhece essa posição? É uma mistura das posições 69 e 33 do cama-sutra, só que com mais delicaza, e também com mais firmeza, viu? Depois vem o bate-rebate, o bole-rebola, o tudo-estudo. Enfim, neste momento, você não sabe se você é ela, ou se ela é você: o gozo é total. Convém, por parte dos dois, sussurrar palavras docemente escandalosas, docemente pornográficas. Uma "tulipa roxa" bem feita dura cerca de 69 minutos. Ai, que saudades do meu tempo de chumbreguezas... E, agora, por favor, preciso voltar a "conversar" com Chiquim de Assis.
11 comentários:
não vi esse filme da foto. beijos, pedrita
Chico, você existe muito mais porque não existe!
Uêba! CDC revidivo desfez, enfim, o mistério da "tulipa roxa".
Os gaudérios do Bar do Alemão enviam abraços para os cabras do Bar do Ferreirinha. Bebam todas por aí, que estamos fazendo o mesmo por aqui.
Agora, com licença, que estou de olho numa bela dama de grandes olhos escuros. Se tudo der certo (valei-me, São Chiquim de Assis!) hoje à noite vai ter "tulipa roxa" - vou colocar em prática os ensinamentos do mestre.
Um abraço.
Excelente o Balaio de hoje: um enorme Mizoguchi, filmes inesquecíveis de 53 e a entrevista com o incrível Chico Doido de Caicó!
Um abraço!
Adorei o poema e a entrevista do Chico Doido, ADOREI
beijos
Genial o Chico Doido, um sábio.
Oi Moacy!
Chico Doido é um filósofo!
Bons festejos!
Beijos
Mirse
Moa,
Essa festa tá boa pra daná, que eu conferi lá no blogue do Ferreirinha. Com boa candidatura e convidada especial.
:)
Beleza!
Abração,
Marcelo.
Opa,
Chico Doido mandou o recado mediúnico único.
Valeu Chico Doido.Vc me tirou muitas dúvidas,tulipa roxa será o meu vicio.Moacy, só faltou vc.Abraço.Pituleira.Sim, cara.Nina é do outro mundo.Pôrra, que mulher,ainda por cima um ser humano espetacular,conquistou todos e todas...Pituleira.
um bom dia bem quente direto de caicó :)
moacy, meu rei, que imagem mais linda é essa a do filme, parece uma gravura... e eu me repito "pra não sentir auto piedade quero [...] um festival de filmes asiáticos".
esse é um dos poemas de chico doido que mais gosto. de todos os 69 que me foram apresentados num lugar frio da peste.
uma pena o caba ter batido com as dez, eu pedia pr'ele me mostra na prática como é isso :p
ei, a festa foi demais. demias mesmo. estou impressionada com a hostiptalidade e a gentileza do caicoense. apaixonada, moacy.
um beijo :)
beijo.
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