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para verouvir o trêiler de
Shane
(George Stevens, 1953)
O crítico Paulo Perdigão detestava Michelangelo Antonioni (embora gostasse bastante de O grito) e amava George Stevens, particularmente Shane (que chegou a ver mais de 100 vezes): um famoso bangue-bangue dos anos 50. Para muitos, o filme não resistiu ao tempo - e seria por demais meloso; para outros, a película estrelada por Alan Ladd, permanece um clássico - com sua elegância temática como subtema. Aliás, 1953 foi um grande ano para a história do cinema: Contos da lua vaga (Mizoguchi), As férias do Sr. Hulot (Tati), A roda da fortuna (Minnelli), Viagem a Itália (Rossellini), Era uma vez em Tóquio (Ozu), Os corruptos (Lang) e Velhas lendas tchecas (Trnka) são algumas das produções lançadas na ocasião.
para verouvir o trêiler de
Shane
(George Stevens, 1953)
O crítico Paulo Perdigão detestava Michelangelo Antonioni (embora gostasse bastante de O grito) e amava George Stevens, particularmente Shane (que chegou a ver mais de 100 vezes): um famoso bangue-bangue dos anos 50. Para muitos, o filme não resistiu ao tempo - e seria por demais meloso; para outros, a película estrelada por Alan Ladd, permanece um clássico - com sua elegância temática como subtema. Aliás, 1953 foi um grande ano para a história do cinema: Contos da lua vaga (Mizoguchi), As férias do Sr. Hulot (Tati), A roda da fortuna (Minnelli), Viagem a Itália (Rossellini), Era uma vez em Tóquio (Ozu), Os corruptos (Lang) e Velhas lendas tchecas (Trnka) são algumas das produções lançadas na ocasião.
BALAIO PORRETA 1986
n° 2987
Rio, 10 de abril de 2010
FILMES ESTRANGEIROS
CUJOS TÍTULOS NO BRASIL
SÃO RIDÍCULOS E/OU INADEQUADOS
Shane / Os brutos também amam
Persona / Quando duas mulheres pecam
Blow-up / Depois daquele beijo
Il deserto rosso / O dilema de uma vida
Calabuig / Onde o mundo acaba
Rio Bravo / Onde começa o inferno
TRADUÇÃO-HOMENAGEM
A EDMOND JABÈS (1912-1991)
Fragmentos por
Max Martins
[ in Não para consolar, 1992 ]
Não negligencia o eco, pois é de ecos que tu vives.
Uma folha branca está cheia de caminhos.
Ele interroga as palavras que o interrogam.
O livro nos lê.
Só o leitor é real.
O humor é poesia. O cômico é prosa.
A aurora cria o galo.
A memória do poeta é sem tempo.
O sexo é sempre uma vogal.
As palavras elegem o poeta.
O louco é a vítima da rebelião das palavras.
A imagem é formada de palavras que a sonham.
Pronunciada, a palavra voa; escrita, ela nada.
As palavras têm os sons por sombra.
9 comentários:
shane é muito bom. adorei a imagem q escolheu do filme. beijos, pedrita
Shane é um clássico, pode ser datado mas sobrevive. Os fragamentos do Max Martins: pérolas. Abraço.
Outra tradução ridícula pra título: Mulholland Drive: Cidade dos sonhos.
Tô aqui pensando na vogal enquanto sexo; acho que, na verdade, é um encontro vocálico, hm? oi, ai, ui... rsrsrs...
Mas olha, gostei desses: "a memória do poeta não tempo" e "a aurora cria o galo". Ótimo :)
Ah, o meu paidrasto gostava muito desse filme. Mas seu preferido era "No tempo das diligências".
Inté.
No saudoso cine Rio Grande tive o primeiro contato com 'Shane' no dia 17 de abril de 1962. Achei o filme extraordinário. Depois revi algumas vezes. Não mais o vi, e hoje em dia nem sei dizer se o mesmo envelheceu tanto assim. Acho que em dvd ele deva perder um pouco da outrora grandiosidade. E no telão é difícil revê-lo por aqui.
Um abraço...
Desses vi Shane, o sr. Hulot, Blow-up e Persona. Quero muito ver Contos da Lua vaga, mas não encontro nas locadoras. e chove no Rio, como chove!
Beijo e bom fim de semana procê.
Moacy,
Na última vez que vi Shane, em DVD (ou em VHS, não tenho certeza), diminuiu um tanto o entusiasmo que tive ao vê-lo pela primeira vez. Precisaria ter um novo contato com ele, para ver a minha avaliação definitiva. Há um certo sentimentalismo no final, mas que não atinge o "meloso". Enquanto isso, Matar ou Morrer, que foi rodado na mesma época, continua me satisfazendo a cada vez que o vejo.
Um abraço.
Quando vi Shane pela primeira vez achei uma obra-prima mesmo, mas depois nas revisões algumas cenas me pareceram muito artificiais. O duelo final e o garoto chamando por Shane, no entanto, ainda me emocionam.
Um abraço.
Adorei "O humor é poesia. O cômico é prosa"! Realmente, além de um título em Português "escroto", "Os Brutos Também Amam" não envelheceu: ele já nasceu meloso demais - nunca entendi seu "valor" ou o porquê de ter-se tornado um clássico... Enfim... Abração, meu caro!
Perfeito: "A imagem é formada de palavras que a sonham."
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