Pintura africana
[ autoria não-identificada ]
BALAIO PORRETA 1986
n° 2986
Rio, 9 de abril de 2010
PROVÉRBIOS AFRICANOS
Você não pode construir uma casa para o verão do ano passado.
Como a ferida inflama o dedo, o pensamento inflama a mente.
É a água calma e silenciosa que afoga um homem.
O coração de um homem e o fundo do mar são insondáveis.
Quem faz perguntas, não pode evitar as respostas.
Numa luta entre elefantes, o prejudicado é o capim.
Um inimigo inteligente é melhor do que um amigo estúpido.
[ Cf. África-Brasil: um Elo de Herança Ancestral ]
[ autoria não-identificada ]
BALAIO PORRETA 1986
n° 2986
Rio, 9 de abril de 2010
PROVÉRBIOS AFRICANOS
Você não pode construir uma casa para o verão do ano passado.
Como a ferida inflama o dedo, o pensamento inflama a mente.
É a água calma e silenciosa que afoga um homem.
O coração de um homem e o fundo do mar são insondáveis.
Quem faz perguntas, não pode evitar as respostas.
Numa luta entre elefantes, o prejudicado é o capim.
Um inimigo inteligente é melhor do que um amigo estúpido.
[ Cf. África-Brasil: um Elo de Herança Ancestral ]
LAMENTAÇÃO
Líria Porto
[ in Tanto Mar ]
olhos barrentos
transbordam durante
as enchentes
transformam em charcos
os corpos cansados
de sofrimento
PARA SEMPRE
Márcia Maia
[ in Dedo de moça, 2009 ]
Sobre ele, de olhos fechados, eu me movia para cima e para baixo, como um pêndulo, no movimento circular que ele, sob mim, mãos machucando-me o seio esquerdo e a cintura, tanto gostava. Gozei primeiro e, sem pressa, esperei até que ele gozasse, para cravar o canivete, três centímetros e meio à direita da metade do pescoço, abrindo-lhe, a um tempo, a jugular e a carótida, no momento exato em que, dentro de mim, ele jorrava. Sempre ouvi dizer que morrer na hora do orgasmo eterniza o gozo.
UMA CANÇÃO
Assis Freitas
[ in Mil e Um Poemas ]
UMA CANÇÃO
Assis Freitas
[ in Mil e Um Poemas ]
celeiro de dúvidas
contemplo as alegorias
do vento
nada mais preciso e
desdenho do teu olhar
contemplo as alegorias
do vento
nada mais preciso e
desdenho do teu olhar
POEMA
Romério Rômulo
[ in Matéria bruta, 2006 ]
a noite é um mistério solto.
a vaga solidão me é manhã.
quando cabido, sou homem, sou bêbada
ave que deserta madrugada.
estes saberes breves são ausências
que a solidão revela no meu rosto.
Romério Rômulo
[ in Matéria bruta, 2006 ]
a noite é um mistério solto.
a vaga solidão me é manhã.
quando cabido, sou homem, sou bêbada
ave que deserta madrugada.
estes saberes breves são ausências
que a solidão revela no meu rosto.
7 comentários:
Bom dia Moacy!
Belíssima imagem!
Assis Freitas, Líria Porto e Romério Rômulo, brilharam.
Amei os provérbios africanos.
Beijos
Mirse
belíssimo lamentação. beijos, pedrita
"É a água calma e silenciosa que afoga um homem". Prefiro antes o tumulto: das palavras. É cativante estar ao lado da Líria, Márcia e Romério. Abraço, mestre.
tão bem acompanhados, meus versos, embora tristes versos, sentem-se bem.
obrigada, moacy.
besos
buenas.
bela imagem. sábios provérbios.
mamadí e márcia-gafonhota.
mas são os versos do assis, os últimos, que me marcam a ferro. podia até ouvor o romério dizer: "desdenhar o olhar? isso é GRAVE"... rsrsrs...
grave é crônica ou aguda? rsrsrs... eu sou contralto. e é bom também. tipo assim:
viva a metafísica
ca
ca
iiii
....
inté.
Líria e Márcia geniais!
Que bom estar aqui em tão belas companhias.
Merci e um beijo.
Postar um comentário