Memória / Repeteco
BALAIO PORRET@ 537
Rio, 4 de novembro de 2004
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"Nada pior do que o terrorrismo de Estado
praticado em nome de falsas democracias."
(Balaio Porreta)
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O mundo está de luto
DEU-SE A MERDA, MAIS UMA VEZ, NOS EUA
REELEITO O TERRORISTA W.C. BUSHIT
MAIS SANGUE! MAIS SANGUE!
O Imperador do Mal,
dos quintais apodrecidos das Américas,
sentindo-se mais fortalecido do que nunca,
ataca de novo com sua empáfia de hiena pervertida:
Quero mais sangue! Quero mais sangue!
O sangue dos árabes inocentes!
O sangue dos latinos indecentes!
O sangue dos negros impotentes!
Recorro a Walt Whitman para detê-lo com
a voz da poesia.
E o Imperador, maléfico, insiste:
Quero mais sangue! Quero mais sangue!
E que Whitman vá para o Inferno!
Recorro a Charlie Chaplin para detê-lo com
a voz do humanismo.
E o Imperador, diabólico, explode:
Quero mais sangue! Quero mais sangue!
E que Chaplin vá para a puta que o pariu!
Recorro a John Coltrane para detê-lo
com a voz da paixão.
E o Imperador, nefasto, agride:
Quero mais sangue! Quero mais sangue!
E que Coltrane vá para o diabo que o carregue!
Recorro, por fim, a Susan Sontag
para detê-lo com a voz da sabedoria.
E o Imperador, maldito, não se contém:
Quero mais sangue! Quero mais sangue!
E que a Sontag vá se fuder!
Mando-o, então, à merda,
uma, duas, três, mil vezes,
e vou ouvir Pixinguinha,
Noel Rosa,
Luiz Gonzaga.
E me preparo,
calmamente,
para mais uma guerra.
(Moacy Cirne)
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Balaio produzido ao som de Grande Missa dos Mortos & Sinfonia fúnebre, de Hector Berlioz, por Colin Davis [ Philips, grav. 1969 ]
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Clique aqui para ler as Teses sobre o modo de produção do poema/processo, de nossa autoria.
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Um comentário:
Ô mestre, só há uma guerra que vencemos com Pixinguinha e Noel Rosa: a da arte. Não há poema ou melodia que detenham mister bush. Pena, né?
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