quinta-feira, 17 de maio de 2007

RESGUARDO
Poema de LISBETH LIMA (RN)
[ in Flor de Craibeira]

Na noite de me parir
minha mãe lavou uma bacia de roupas.
Depois que voltou comigo nos braços,
cozinhou para meu pai e meu irmão.
No seu resguardo, aprendeu sozinha a maternidade.
Juntas choramos os quarenta dias.


BALAIO PORRETA 1986
nº 2020
Rio, 17 de maio de 2007

# Poema/Processo #


DOIS POEMAS DE
LINALDO GUEDES
(PB)
[ in Zumbi Escutando Blues ]

Felina

as garras do teu amor
estão ocultas

no olhar misterioso do teu corpo

- e eu me arranho todo.

Feliz Ano Novo

teus seios
brilham no ocaso
vermelho
que invade
o ano virgem

POEMA DE
JOVINO MACHADO
(SP)
[ in A Cigarra, nº 35. Santo André, junho 2000 ]

minhas mulheres não são amélias
são orquídeas
não são camélias

meus homens são coração
maiakovski torquato neto
itamar assumpção

minhas mulheres são fortes
virginia woolf clarice
thereza portes

meus homens são ilusão
drummond matisse joão
cores poesia e violão

2 comentários:

Anônimo disse...

Moacy,
quanta honra aparecer no teu "balaio"! Um abraço, Lisbeth
http://lisbethlima.zip.net

Linaldo Guedes disse...

honra grande mesmo. ainda mais ao lado da Lisbeth, que gosto muito. moacyr,queria teu endereço pra enviar meu ultimo livro, o Intervalo Lirico, de onde foram extraidos esses poemas. me envia pro linaldoguedes@uol.com.br abraços e obrigado