Mulher. Praia. Horizonte.
A natureza.
E a foto de Victor Melo.
[ in 1000 Imagens]
BALAIO PORRETA 1986
nº 2108
Rio, 31 de agosto de 2007
POEMA de
Ricardo Silvestrin
[ in Germina ]
palavra não é coisa
que se diga
quem toma a palavra
pela coisa
diz palavra com palavra
mas não diz coisa com coisa
a palavra pode ser pesada
a coisa, leve
e vice-versa não é coisa alguma
a palavra coisa
não é a coisa palavra
palavra e coisa
jamais serão a mesma coisa
RETRATO ANTIGO
de Bosco Sobreira
[ in Politicamente Incorreto ]
O retrato me olha
ou me julga?
Não importa
Tenho o olhar complacente
do felino que me sonha
POEMA de
Benno Assmann
[ in Noites Insones ]
sei que sei
tudo que sei
e sei que não sei
tudo que não sei
e que ainda posso
vir a saber
e sei que não sei
tudo que não sei
e jamais saberei
e portanto
sei tudo
que há para saber
CINEMA 2007
Nos últimos 15 dias, pela primeira vez em muitos e muitos anos, com duas únicas exceções, só temos visto e/ou revisto filmes em casa. Considerando as nossas principais cotações (*** excelente; ** ótimo; * especialmente bom), destacamos os seguintes: A aventura *** (Antonioni, 1960); Eclipse *** (Antonioni, 1962); O olhar de Michelangelo *** (Antonioni, 2004, curta); A princesa Yang Kwei Fei *** (Mizoguchi, 1955); Carta para Jane *** (Godard & Gorin, 1972); A mocidade de Lincoln *** (Ford, 1939); Era uma vez no oeste *** (Leone, 1968); O raio verde *** (Rohmer, 1986); Operários, camponeses ** (Straub & Huillet, 2001); Vícios privados, virtudes públicas ** (Jancsò, 1976); Por um punhado de dólares ** (Leone, 1964); Por alguns dólares a mais ** (Leone, 1965). As exceções: Medos privados em lugares públicos ** (Resnais, 2006) e Conceição * (vários autores, 2007).
UM BLOGUE PORRETA
Poesia na Veia, de Fernanda Passos.
Prosas. Experimentações. Poesias.
Incompletudes. Buscas. Eroticidades.
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É muito fácil confundir fundamentalismo com paixão. Posso muito bem parecer apaixonado quando defendo a evolução diante do criacionismo fundamentalista, mas isso não acontece por causa do meu próprio fundamentalismo rival. Acontece porque as evidências da evolução são fortíssimas e fico apaixonadamente perturbado com o fato de meu oponente não conseguir enxergar isso - ou, o mais comum, recusar-se até a pensar nisso, porque contradiz seu livro sagrado. (Richard DAWKINS. Deus, um delírio. São Paulo : Companhia das Letras, 2007, p.363)