A ROSA DE GAZA
Georges Bourdoukan
Você sobreviveu ao genocídio
Você sobreviveu aos massacres
Você sobreviveu à humilhação
Mas não conseguiram fazê-la odiar!
Destruíram sua casa
Destruíram sua escola
Destruíram sua infância
Mas não conseguiram fazê-la odiar!
Bela menina de Gaza
Tens muito a ensinar
Teu gesto redime a humanidade
Pois até os brutos podem se comover
Bela menina de Gaza
Bela rosa de Gaza
Teu gesto é a glória de seu povo
Bela menina-rosa de Gaza
BALAIO PORRETA 1986
n° 2545
Rio, 22 de janeiro de 2009
Se os americanos inteligentes, nesses tempos deprimentes, ainda se agarram à vida e tentam esticá-la o mais que podem, não o fazem por lógica, mas por instinto.
(H.L. MENCKEN, 1924, in O livro dos insultos, 1988)
Georges Bourdoukan
Você sobreviveu ao genocídio
Você sobreviveu aos massacres
Você sobreviveu à humilhação
Mas não conseguiram fazê-la odiar!
Destruíram sua casa
Destruíram sua escola
Destruíram sua infância
Mas não conseguiram fazê-la odiar!
Bela menina de Gaza
Tens muito a ensinar
Teu gesto redime a humanidade
Pois até os brutos podem se comover
Bela menina de Gaza
Bela rosa de Gaza
Teu gesto é a glória de seu povo
Bela menina-rosa de Gaza
BALAIO PORRETA 1986
n° 2545
Rio, 22 de janeiro de 2009
Se os americanos inteligentes, nesses tempos deprimentes, ainda se agarram à vida e tentam esticá-la o mais que podem, não o fazem por lógica, mas por instinto.
(H.L. MENCKEN, 1924, in O livro dos insultos, 1988)
Repeteco
UM DIÁLOGO
por Georges Bourdoukan
Dois burros conversavam quando um perguntou ao outro:
- Imagina você que quando um humano quer ofender outro humano o acusa de burro. Por que será?
- Não tenho a mínima idéia.
- Quando será que isso começou?
- E quem sabe?
- Realmente é estranho isso... Humano chamar outro de burro como ofensa.
- Talvez porque chamá-lo de humano fosse ofensa maior.
- Você acha?
- Claro! Você já viu algum burro explorar outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro oprimindo outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro abandonar a cria?
- Não.
- Você já viu algum burro sem teto?
- Não.
- Você já viu algum burro sem terra?
- Não.
- Você já viu algum burro torturando outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro declarando guerra a outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro invadindo o país de outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro matando ou morrendo em nome de Deus?
- Não.
- Então, qual ofensa é maior, chamar de burro ou de humano?
[ in Caros Amigos. São Paulo, nº 106, janeiro 2006, p.33 ]
UM DIÁLOGO
por Georges Bourdoukan
Dois burros conversavam quando um perguntou ao outro:
- Imagina você que quando um humano quer ofender outro humano o acusa de burro. Por que será?
- Não tenho a mínima idéia.
- Quando será que isso começou?
- E quem sabe?
- Realmente é estranho isso... Humano chamar outro de burro como ofensa.
- Talvez porque chamá-lo de humano fosse ofensa maior.
- Você acha?
- Claro! Você já viu algum burro explorar outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro oprimindo outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro abandonar a cria?
- Não.
- Você já viu algum burro sem teto?
- Não.
- Você já viu algum burro sem terra?
- Não.
- Você já viu algum burro torturando outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro declarando guerra a outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro invadindo o país de outro burro?
- Não.
- Você já viu algum burro matando ou morrendo em nome de Deus?
- Não.
- Então, qual ofensa é maior, chamar de burro ou de humano?
[ in Caros Amigos. São Paulo, nº 106, janeiro 2006, p.33 ]
11 comentários:
Todo essa racionalidade estourando pelas veias, nos faz perder totalmente o rumo-razão
contraditorio como nossa propria "humanidade"
é queria falar mais de flores ao inves de guerra..
menina-rosa
bela
doce
forte
pequena com força de gigante!
..
concordo com o ultimo dito no "devaneios"
caramba! o poema do bourdoukan me comoveu, até as lágrimas...
e a foto... a bela menina de gaza...
é por isso que só as crianças entrarão no reino dos céus...
beijos, moa!
moacy:
salve a menina de gaza!salve o
bourdoukan!
romério
Belíssima postagem, Moacy. Apesar da guerra, fruto da ignorância humana...
Creio que a literatura, nesses momentos de crise, também contribui para nos conscientizar de nossa "BESTilidade".
Que razão é essa que não encaminha o homem à fraternidade?...
O projeto iluminista fracassou, assegura os filósofos. Então, está mais do que na hora de repensarmos os nossos valores.
Parabéns por suas preocupações humanitárias que, no caso específico, não é = a humanistas.
Abraço fraterno,
H.F.
Adorei o raciocínio dos burros. Algo aparentemente banal e simples, nos fazendo pensar um pouco no quanto deveríamos ser mais burros e menos humanos. Um beijo, meu caro.
tenho acompanhado o bourdoukan pela revista caros amigos, realmente ele é um grito pra ser ouvido.
Lindíssima postagem, Mestre!
Olá Moacy,
venho parabenizar a sabedoria e sensibilidade do autor (Georges Bourdoukan); e a sua por realizar a postagem no Baleio.
O poema e o diálogo nos oferecem bons caminhos de reflexão. Nesses tempos de guerra, a literatura é um excelente canal para acordar o homem de sua ganância e imbecilidade.
Abraços nos dois!!!
Maria Clara.
Lindo poema. Um libelo contra a guerra e o genocídio.
Beijos,
Sandra
Moa, parei na menina de Gaza e na rosa do Bourdoukan... nem li o resto ainda, simplesmente parei.
beijos
fodido este bourdokan
giulianoquase.
Postar um comentário