A francesinha da foto,
clicada por Denis Saint-Clair,
manifestou o desejo de conhecer
a Festa de Sant'Ana, de Caicó,
e já mandou perguntar:
"Vale mesmo a pena conhecer o Bar de Ferreirinha?"
BALAIO PORRETA 1986
n° 2717
Rio, 9 de julho de 2009
Atualização às 9:36h:
O Balaio acaba de atingir a
marca de 100.000 visitantes,
com 142.270 páginas vistas,
tomando como referência inicial a data de
30 de janeiro de 2007.
Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?
(De um frequentador do Bar de Ferreirinha, em Caicó)
DIA DE JOGO DO FLAMENGO
Elianne Diz de Abreu
[ in Caminhar ]
Pediu:
- Por favor, pare de arrastar este chinelo, veja o jogo sentado!
Ele fingiu não ouvir, continuou andando de um lado para o outro falando sozinho, xingando os jogadores do time adversário.
Ela, em desespero, se ajoelhou no chão e arrancou os chinelos daqueles pés imundos. Jogou-os pela janela, agarrou seus próprios cabelos, batendo a cabeça na parede.
Ele fingiu não ver.
Ela saiu da sala em direção ao quarto. Abriu as persianas velhas com dificuldade.
Ele ouviu o estrondo do corpo no chão, levou um susto, foi até a janela.
"A esta hora e ela ainda veste roupa de dormir" - pensou.
EIS O FAMOSO FERREIRINHA
entre algumas das mulheres
(as Benévolo e as Cosmim)
dos frequentadores de seu bar, em Caicó
Fotos extraídas
do blogue de
Roberto Fontes & Pituleira
clicada por Denis Saint-Clair,
manifestou o desejo de conhecer
a Festa de Sant'Ana, de Caicó,
e já mandou perguntar:
"Vale mesmo a pena conhecer o Bar de Ferreirinha?"
BALAIO PORRETA 1986
n° 2717
Rio, 9 de julho de 2009
Atualização às 9:36h:
O Balaio acaba de atingir a
marca de 100.000 visitantes,
com 142.270 páginas vistas,
tomando como referência inicial a data de
30 de janeiro de 2007.
Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?
(De um frequentador do Bar de Ferreirinha, em Caicó)
SEM PALAVRAS
Sônia Brandão
[ in Pássaro Impossível ]
Desprezo as palavras inúteis.
Quero o poema como um grito no escuro.
Mais nada.
Sônia Brandão
[ in Pássaro Impossível ]
Desprezo as palavras inúteis.
Quero o poema como um grito no escuro.
Mais nada.
Sou a lágrima furtiva,
o engano em forma de vida
Da fotografia, sou o negativo
Na natureza, sou o desvio,
Não sou sombra, sequer o abrigo
Do destro, sou a mão esquerda
Na companhia, sou a ausência
Das palavras, sou o silêncio
Sou o ápice da dor
Sou o espinho que feriu
em forma de coroa,o Criador
Sou a mãe que não vingou
Borboleta sem cor
Perdida num mundo
Imundo de Amor?
Sou a obra inacabada
De Mondrian,
Sou o que ele não acabou.
o engano em forma de vida
Da fotografia, sou o negativo
Na natureza, sou o desvio,
Não sou sombra, sequer o abrigo
Do destro, sou a mão esquerda
Na companhia, sou a ausência
Das palavras, sou o silêncio
Sou o ápice da dor
Sou o espinho que feriu
em forma de coroa,o Criador
Sou a mãe que não vingou
Borboleta sem cor
Perdida num mundo
Imundo de Amor?
Sou a obra inacabada
De Mondrian,
Sou o que ele não acabou.
DIA DE JOGO DO FLAMENGO
Elianne Diz de Abreu
[ in Caminhar ]
Pediu:
- Por favor, pare de arrastar este chinelo, veja o jogo sentado!
Ele fingiu não ouvir, continuou andando de um lado para o outro falando sozinho, xingando os jogadores do time adversário.
Ela, em desespero, se ajoelhou no chão e arrancou os chinelos daqueles pés imundos. Jogou-os pela janela, agarrou seus próprios cabelos, batendo a cabeça na parede.
Ele fingiu não ver.
Ela saiu da sala em direção ao quarto. Abriu as persianas velhas com dificuldade.
Ele ouviu o estrondo do corpo no chão, levou um susto, foi até a janela.
"A esta hora e ela ainda veste roupa de dormir" - pensou.
OS PRIMEIROS POEMAS de
CHICO DOIDO DE CAICÓ (1922-1991)
publicados no Balaio
[ in n° 263, de 11 de março de 1991 ]
Sangria sangrando sangrar
O Itans é o nosso mar
Sangrando sangrar sangria
O Itans é a nossa alegria
Sangrar sangria sangrando
O Itans é o nosso chão sagrado.
[][][]
Alguns gostam de fi-o-fó
Outros de suco de mangaba.
Eu, mais modesto,
Gosto mesmo é de uma
Xiranha em noite de luar.
[][][]
Meu compadre
Minha comadre
O Rio Seridó hoje tá uma beleeeeeeeza.
[][][]
- Compadrim meu,
Existe coisa melhor do que farinha com rapadura?
- Existe, hômi!: mulher nova, borogodosa e cheia de quentura.
CHICO DOIDO DE CAICÓ (1922-1991)
publicados no Balaio
[ in n° 263, de 11 de março de 1991 ]
Sangria sangrando sangrar
O Itans é o nosso mar
Sangrando sangrar sangria
O Itans é a nossa alegria
Sangrar sangria sangrando
O Itans é o nosso chão sagrado.
[][][]
Alguns gostam de fi-o-fó
Outros de suco de mangaba.
Eu, mais modesto,
Gosto mesmo é de uma
Xiranha em noite de luar.
[][][]
Meu compadre
Minha comadre
O Rio Seridó hoje tá uma beleeeeeeeza.
[][][]
- Compadrim meu,
Existe coisa melhor do que farinha com rapadura?
- Existe, hômi!: mulher nova, borogodosa e cheia de quentura.
entre algumas das mulheres
(as Benévolo e as Cosmim)
dos frequentadores de seu bar, em Caicó
Fotos extraídas
do blogue de
Roberto Fontes & Pituleira
20 comentários:
Oh! Cirne, obrigadíssimo. Eu estou chorando aqui- ando mto triste, minha gatinha de estimação sumiu do nadano domingo- deve ter sido roubada- era castrada e moramos em cond fechado de casas. :(
pelo menos vc me dá uma alegria hj, bjão Elianne
ufa - enfim vejo que há mulheres no bar de ferreirinha - achei que era o clube do bolinha, já fui lá e não consegui entrar!!!
o chico doido é um poetaço!
sônia brandão, mirse, elianne - oba!
besos
Moacy,
Fico honrada, ao mesmo tempo que curiosa em saber seus critérios de sensibilidade ao escolher poemas para o Balaio! Agradeço!
Não sabia que flamenguista sofria tanto assim.
Adorei o Chico Doido, e conhecer o Bar e o povo que frequenta o Ferreirinha!
Beijos
Mirse
esse chico precisava de escrever um conto, sugiro o nome "O alienista"...
vou destacar o poema da Mirse. pronto, destaquei!
- à menina da foto... favor, há também o bar do bardo... -
sangrar, sangrando. beijos, pedrita
Parabéns pelos cem mil acessos. Ficarei aqui até que cheguemos à marca dos um milhão e depois e depois e depois. um cheiro de saudade. S.
"eu não sei porque razão
A gente fala mal delas (as mulheres),
Na verdade a gente quer
É ter um balaio delas.
Vocês querem um balaio?
E nós queremos todos[...]"
Nalva POeta, cordelista dessa terrinha boa, cordelista dessa terra que me parece tão boa, e que hoje vive nessa minha tão bela.
eu gostei da estrutura de madeira ao fundo da primeira foto... rsrsrs...
beijo :)
Oui! Se esse peitinho à francesa dá as caras no bar do Ferreirinha, que beleza de bar este não deve ser?! Quando em Caicó, não deixe de me levar lá! E Chico Doido é quem sabe mesmo das coisas... Abração, meu velho!
Roberto bem bebinho ja...
hahaha
aposto = )
Essa bar di /ferreirinha parece dar o que falar...rs
Eita que poeta do cacete esse Chico Doido.Moacy meu irmao a leitura diaria do Balaio tá me fazendo um bem danado.Seus leitores também são otimos. Foram selecionados?Mande a Princesa o mais rápido possivel. Pituleira.
Moacy,
Esse bar inspirou o Chico Doido, sem falar das ariranhas e outros bichos bem acochambrados e ajambrados. E a veia poética de Chico Doido sangra pra daná. E o time feminino de escritoras de hoje está muito bom: Mirze, Sônia e Elianne.
:)
Abraços,
Marcelo.
Só mesmo o Balaio pra fazer Pituleira ficar diante de um computador.O cara é talentoso mais é mais preguiçoso do que a propria Preguiça.Bibica.
Puxa , velho, cem mil visitas! Parabéns! Dos 2 poemas, me agradou mais o de Mirse. Agora, Moacy, no poema da Sônia, estranhei a palavra "geuto". Fui ao Aurélio e não a encontrei. Não seria "gesto"? Um grande abraço.
Moa, já estou numa fissura de conhecer o tal Bar do Ferreirinha, que nem queira saber.
Parabéns pela marca de 100.000 visitantes, você merece isso e muito mais!
Os poemas, como sempre, escolhidos com esmero.
beijo
Cosmunicando, venha.Será um prazer.Galera de Ferreirinha.
opa! que maravilha!!
me aguardem =)
Parabéns, Moacy, pelo marco atingido.
Obrigada por mais uma vez colocar aqui o meu poema. A minha poesia se torna bem mais visível. É muito bom estar junto a tanta gente boa.
Um beijo.
Parabéns pelos 100.000 visitantes, meu caro!
Mais um excelente número, Moacy.
Meus parabéns às vozes femininas em destaque. Abraço especial na Mirse, amei o seu poema. De fato somos inacabados, eis aí uma verdade...
Beijos em todos e todas.
H.F.
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