Seja no Paraíso, seja no Inferno,
uma paixão é uma paixão é uma paixão:
para sempre eterna, eterna para sempre.
[ Foto : blogues tricolores ]
BALAIO PORRETA 1986
n° 2886
Rio, 31 de dezembro de 2009
segura.
ela vem com a força de trinta pesadelos.
(Mariana BOTELHO, in Suave Coisa)
36 GRANDES DIRETORES, 36 GRANDES FILMES
segundo a leitura - sempre provisória - de
Moacy Cirne
Antonioni : A aventura (1960)
Bergman : Persona (1966)
Bresson : O diário de um pároco de aldeia (1951)
Buñuel : Simão do Deserto (1965)
Cassavetes : Uma mulher sob influência (1974)
Dreyer : Dia de ira (1943)
Eisenstein : O encouraçado Potemkin (1925)
Flaherty : O homem de Aran (1934)
Ford : Rastros de ódio (1956)
Godard : Viver a vida (1962)
Hawks : Rio Bravo (1959)
Huston : O tesouro de Sierra Madre (1948)
Keaton : Sherlock Jr. (1924)
Kubrick : 2001: uma odisséia no espaço (1968)
Lang : M, o vampiro de Dusseldorf (1931)
Leone : Era uma vez no Oeste (1968)
Lynch : Veludo azul (1986)
Mizoguchi : Contos da lua vaga (1953)
Murnau : Aurora (1927)
Ozu : A rotina tem seu encanto (1962)
Pasolini : O evangelho segundo Mateus (1964)
Ray : Johnny Guitar (1954)
Ray [S.] : O salão de música (1958)
Renoir : Um dia no campo (1936)
Resnais : Ano passado em Marienbad (1961)
Rivette : A bela intrigante (1991)
Rocha, Glauber : Deus e o diabo na terra do sol (1964)
Rohmer : Conto de outuno (1998)
Rossellini : Santo Agostinho (1972)
Straub & Huillet : Crônica de Ana Madalena Bach (1967)
Tarkóvski : Nostalgia (1983)
Tarr : Danação (1988)
Tati : As férias do Sr. Hulot (1953)
Vertov : O homem da câmera (1929)
Visconti : O leopardo (1963)
Welles : Cidadão Kane (1941)
Mais 18 diretores que merecem ser lembrados: Akerman, Andrade (Joaquim Pedro de), Bertolucci, Carné, Chaplin, Coppola, Dovjenko, Fellini, Fuller, Hitchcock, Huo, Kurosawa, Pudóvkin, Scorsese, Sokúrov, Wajda, Wenders e Wilder.
ÍMPAR
Líria Porto
[ in Putas Resolutas ]
ideal é sermos três
o muso o amante e eu
um para sofrer sonhar e gerar versos
outro para dar-me mutíssimo prazer
como diz o amigo carlos roberto
a felicidade é burra
ODE PARA MEUS OLHOS
Assis Freitas
[ in Mil e Um Poemas ]
Às vezes uma chuva fina molha a minha alma
Embala de lágrimas este peito tonto e febril
Que guarda o adeus e o visgo do teu espanto
VENENO FEMININO
Barão de Itararé
[ in Almanhaque para 1955 ]
Uma atriz de rádio felicitou vivamente a atriz Ilka Chase pelo seu livro Past imperfect.
- Gostei muito, adorei mesmo essa obra; disse a atriz. E, em seguida, confidencialmente, perguntou: - Quem foi mesmo quem o escreveu para você?
- Ah! meu bem, como estou contente por você ter gostado de meu livro! Que imenso prazer você me dá! - respondeu a escritora. E, em voz baixa, com muita doçura na voz, indagou: - E quem foi mesmo quem o leu para você?
POEMA de
Chico Doido de Caicó
Tenho um segredo pra contar:
Muita gente pensa que eu comi
Maria Antonieta Pons,
A devassa do Cinema Pax,
Na Festa de Santana do ano passado.
Não é verdade:
Champrar mesmo pra valer
Eu champrei a pretinha Jurema
Em noites de muitas águas
Em águas de muitos sonhos
E em sonhos de muitas sombras
Às margens do Seridó, rio e mar
Do sertão do meu Caicó.
Arre, me lembrei agora.
Sesyom era poeta dos bons
Peidava como ninguém (1)
Lá pra bandas de Açu
Seu traque era tão forte
Que se escutava em Jaquerucu (2).
O ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro (3)
Nem que Zé Limeira me faça
Plagiá-lo como um zé-ninguém.
Tenho um segredo pra contar
Mas esse ano eu não conto.
Notas:
(1) Referência a uma das glosas mais famosas de Moysés Sesyom.
(2) Possível referência à cidade de Jucurutu, entre Caicó e Açu.
(3) Apropriação de conhecidos versos do poeta popular Zé Limeira.
Eu vos peço, consintais,
Botar o por onde mijo
No por onde vós mijais.
Esta petição redijo,
Sem instintos bestiais!
Botar o por onde mijo
No por onde vós mijais.
É natural, não me aflijo;
Também não vos aflijais,
Se boto o por onde mijo
No por onde vós mijais.
Meus feios modos corrijo;
Porque, pois, me censurais
Se boto o por onde mijo
No por onde vós mijais.
Memória
PARA COMPREENDER O BRASIL: OS LIVROS CAPITAIS
segundo 24 professores da Comunicação da UFF
[ in Balaio, n° 95, de 23 de junho de 1988 ]
1. Casa grande & senzala (GIlberto Freyre, 1933)
2. Grande sertão: veredas (Guimarães Rosa, 1956)
3. Os sertões (Euclides da Cunha, 1902)
e Macunaíma (Mário de Andrade, 1928)
5. Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis, 1880)
6. Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda, 1936)
7. Vidas secas (Graciliano Ramos, 1938)
8. Pequena história da formação social brasileira
(Manoel Maurício de Albuquerque, 1981)
e Recordações do escrivão Isaías Caminha (Lima Barreto, 1909)
10. Formação do Brasil contemporâneo (Caio Prado Jr., 1942)
E QUE 2010
SEJA UM ANO ILUMINADO
PARA TODOS NÓS
uma paixão é uma paixão é uma paixão:
para sempre eterna, eterna para sempre.
[ Foto : blogues tricolores ]
BALAIO PORRETA 1986
n° 2886
Rio, 31 de dezembro de 2009
segura.
ela vem com a força de trinta pesadelos.
(Mariana BOTELHO, in Suave Coisa)
36 GRANDES DIRETORES, 36 GRANDES FILMES
segundo a leitura - sempre provisória - de
Moacy Cirne
Antonioni : A aventura (1960)
Bergman : Persona (1966)
Bresson : O diário de um pároco de aldeia (1951)
Buñuel : Simão do Deserto (1965)
Cassavetes : Uma mulher sob influência (1974)
Dreyer : Dia de ira (1943)
Eisenstein : O encouraçado Potemkin (1925)
Flaherty : O homem de Aran (1934)
Ford : Rastros de ódio (1956)
Godard : Viver a vida (1962)
Hawks : Rio Bravo (1959)
Huston : O tesouro de Sierra Madre (1948)
Keaton : Sherlock Jr. (1924)
Kubrick : 2001: uma odisséia no espaço (1968)
Lang : M, o vampiro de Dusseldorf (1931)
Leone : Era uma vez no Oeste (1968)
Lynch : Veludo azul (1986)
Mizoguchi : Contos da lua vaga (1953)
Murnau : Aurora (1927)
Ozu : A rotina tem seu encanto (1962)
Pasolini : O evangelho segundo Mateus (1964)
Ray : Johnny Guitar (1954)
Ray [S.] : O salão de música (1958)
Renoir : Um dia no campo (1936)
Resnais : Ano passado em Marienbad (1961)
Rivette : A bela intrigante (1991)
Rocha, Glauber : Deus e o diabo na terra do sol (1964)
Rohmer : Conto de outuno (1998)
Rossellini : Santo Agostinho (1972)
Straub & Huillet : Crônica de Ana Madalena Bach (1967)
Tarkóvski : Nostalgia (1983)
Tarr : Danação (1988)
Tati : As férias do Sr. Hulot (1953)
Vertov : O homem da câmera (1929)
Visconti : O leopardo (1963)
Welles : Cidadão Kane (1941)
Mais 18 diretores que merecem ser lembrados: Akerman, Andrade (Joaquim Pedro de), Bertolucci, Carné, Chaplin, Coppola, Dovjenko, Fellini, Fuller, Hitchcock, Huo, Kurosawa, Pudóvkin, Scorsese, Sokúrov, Wajda, Wenders e Wilder.
OS LÁBIOS CORTADOS
Samih Al Qassim
[ in Poesia palestina de combate ]
Eu poderia ter contado
a história do rouxinol assassinado
Poderia ter contado
a história...
se não me tivessem cortado os lábios.
Samih Al Qassim
[ in Poesia palestina de combate ]
Eu poderia ter contado
a história do rouxinol assassinado
Poderia ter contado
a história...
se não me tivessem cortado os lábios.
ÍMPAR
Líria Porto
[ in Putas Resolutas ]
ideal é sermos três
o muso o amante e eu
um para sofrer sonhar e gerar versos
outro para dar-me mutíssimo prazer
como diz o amigo carlos roberto
a felicidade é burra
BALADA PRA REVOLUÇÃO
Nina Rizzi
[ in Ellenismos ]
minha revolução não tem
cravo, guerrilha, sovietes.
minha sierra maestra
é uma ponte poética
entre o meu e o teu olhar.
(arcos da lapa)
Nina Rizzi
[ in Ellenismos ]
minha revolução não tem
cravo, guerrilha, sovietes.
minha sierra maestra
é uma ponte poética
entre o meu e o teu olhar.
(arcos da lapa)
ODE PARA MEUS OLHOS
Assis Freitas
[ in Mil e Um Poemas ]
Às vezes uma chuva fina molha a minha alma
Embala de lágrimas este peito tonto e febril
Que guarda o adeus e o visgo do teu espanto
VENENO FEMININO
Barão de Itararé
[ in Almanhaque para 1955 ]
Uma atriz de rádio felicitou vivamente a atriz Ilka Chase pelo seu livro Past imperfect.
- Gostei muito, adorei mesmo essa obra; disse a atriz. E, em seguida, confidencialmente, perguntou: - Quem foi mesmo quem o escreveu para você?
- Ah! meu bem, como estou contente por você ter gostado de meu livro! Que imenso prazer você me dá! - respondeu a escritora. E, em voz baixa, com muita doçura na voz, indagou: - E quem foi mesmo quem o leu para você?
POEMA de
Chico Doido de Caicó
Tenho um segredo pra contar:
Muita gente pensa que eu comi
Maria Antonieta Pons,
A devassa do Cinema Pax,
Na Festa de Santana do ano passado.
Não é verdade:
Champrar mesmo pra valer
Eu champrei a pretinha Jurema
Em noites de muitas águas
Em águas de muitos sonhos
E em sonhos de muitas sombras
Às margens do Seridó, rio e mar
Do sertão do meu Caicó.
Arre, me lembrei agora.
Sesyom era poeta dos bons
Peidava como ninguém (1)
Lá pra bandas de Açu
Seu traque era tão forte
Que se escutava em Jaquerucu (2).
O ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro (3)
Nem que Zé Limeira me faça
Plagiá-lo como um zé-ninguém.
Tenho um segredo pra contar
Mas esse ano eu não conto.
Notas:
(1) Referência a uma das glosas mais famosas de Moysés Sesyom.
(2) Possível referência à cidade de Jucurutu, entre Caicó e Açu.
(3) Apropriação de conhecidos versos do poeta popular Zé Limeira.
POEMA de
Mariano Coelho (1899-1985),
a partir de conhecido tema
[ in Uns fesceninos, de Oswaldo Lamartine de Faria, org. ]
Mote:
Botar o por onde mijo
no por onde vós mijais.
Glosa:
Perdão, se o pudor alijo:Mariano Coelho (1899-1985),
a partir de conhecido tema
[ in Uns fesceninos, de Oswaldo Lamartine de Faria, org. ]
Mote:
Botar o por onde mijo
no por onde vós mijais.
Glosa:
Eu vos peço, consintais,
Botar o por onde mijo
No por onde vós mijais.
Esta petição redijo,
Sem instintos bestiais!
Botar o por onde mijo
No por onde vós mijais.
É natural, não me aflijo;
Também não vos aflijais,
Se boto o por onde mijo
No por onde vós mijais.
Meus feios modos corrijo;
Porque, pois, me censurais
Se boto o por onde mijo
No por onde vós mijais.
Memória
PARA COMPREENDER O BRASIL: OS LIVROS CAPITAIS
segundo 24 professores da Comunicação da UFF
[ in Balaio, n° 95, de 23 de junho de 1988 ]
1. Casa grande & senzala (GIlberto Freyre, 1933)
2. Grande sertão: veredas (Guimarães Rosa, 1956)
3. Os sertões (Euclides da Cunha, 1902)
e Macunaíma (Mário de Andrade, 1928)
5. Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis, 1880)
6. Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda, 1936)
7. Vidas secas (Graciliano Ramos, 1938)
8. Pequena história da formação social brasileira
(Manoel Maurício de Albuquerque, 1981)
e Recordações do escrivão Isaías Caminha (Lima Barreto, 1909)
10. Formação do Brasil contemporâneo (Caio Prado Jr., 1942)
E QUE 2010
SEJA UM ANO ILUMINADO
PARA TODOS NÓS