sábado, 16 de junho de 2007


Jardim do Seridó (RN), entre Caicó, Parelhas e Acari:
a cidade da minha infância, do meu primeiro alumbramento amoroso,
das minhas lembranças carnavalescas mais longínquas
no tempo e no espaço.

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BALAIO PORRETA 1986
nº 2038
Rio, 16 de junho de 2007


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
666 livros indispensáveis (19b/111)

Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959, 508p. [] Um dos livros mais densos da literatura brasileira. "O romancista Lúcio Cardoso iniciou a crônica de uma saga familiar - uma velha família mineira, com raízes no império, vivendo em função do passado faustoso e inadaptada aos tempos presentes da vida na província. A desagregação física do velho solar acompanha a desagregação moral de seus habitantes, em mútua dependência. Evidentemente o escritor o não pretende provar nada, nem tirar conclusões morais de suas criações romanescas, mas a verdade é que, lendo-se de ponta a ponta esta caudalosa Crônica da Casa Assassinada, tem-se a impressão de que o ficcionista é um 'inimigo da família' (...)" (Hélio Pólvora, junho de 1959).

200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga. Rio de Janeiro: Record, 1978, 320p. [] A partir de uma pré-seleção de Fernando Sabino, o Autor capixaba - nosso cronista maior - escolheu 200 de suas crônicas mais representativas ou mais substanciosas em termos literários. Há vários e vários textos da melhor qualidade, textos extraídos de O conde e o passarinho, Morro do isolamento, Com a FEB na Itália, Um pé de milho, O homem rouco, A borboleta amarela, A cidade e a roça, Ai de ti, Copacabana, A traição dos elegantes, textos escritos entre 1935 e 1977. Chamamos a atenção para as seguintes crônicas: A companhia dos amigos (p.40), A visita do casal (p.118), O verão e as mulheres (p.183), A casa das mulheres (p.195-6), História de pescaria (p.254).

Ideologia da cultura brasileira, de Carlos Guilherme Mota. São Paulo: Ática, 304p.+caderno de fotos. [] Análise cultural do período1933-1974 de nossa história social e literária: "Pontos de partida para uma revisão histórica". De Gilberto Freyre a Antonio Candido, de Fernando Azevedo a Ferreira Gullar, de Mário de Andrade a Dante Moreira Leite: CGM volta-se para todos eles com bastante agudeza operacional. Um livro ambicioso, que cumpre o seu papel crítico. "Os discursos de quem não viu, são discursos; os discurso de quem viu, são profecias"- epígrafe do Padre Vieira, na apresentação de Alfredo Bosi - Um testemundo do presente. Com pequenos senões, trata-se de um ensaio para ser lido com a atenção necessária. E, à la Oswald, para ser visto com olhos livres.

4 comentários:

dade amorim disse...

Moacy, conheço os dois primeiros - excelentes - mas não o último, que deve ser interessante também. Sempre lucro vindo aqui... Um beijo, ótimo fim de semana.

Maria Maria disse...

Moacy, é bom ver a foto da terra dos meus ancestrais. A impressão é a de que já estive lá alguma vez, embora eu conheça pouco do lugar, mas fico feliz pelo bom do amor oferecido aos Jardins que só o seridó possui. Beijos, Maria Maria

Anônimo disse...

Olá! Uma honra, como disse. Volte, sempre, com o cuidado de se ter. Que deve.

E sim: Adorei o livro! Um presente-presente mesmo. Pelo que tem de passado. Que bonito as acontecências. Poesia e utilidade pública juntos. Gostei mesmo.

Enfim, muito ainda falaremos dessa e nessa coisa de blogues. Eu tentando convencer e você sabe lá. =)

e, ah!, para uma pessoa como eu, que pula o 13 na lista de presença, 666 livros não é lá o grande número, mas caramba!: quero sabê-los todos.

um abraço outro. ou o mesmo.

Jeanne Araujo disse...

Moacy, esta foto de Jardim foi tirada de frente à casa da minha tia, impressionante não?