quinta-feira, 26 de julho de 2007


Av. Atlântica, em Copacabana, ao amanhecer:
um novo dia, uma nova esperança, um novo alvorecer
na foto extraída do blogue
Avenida Copacabana


BALAIO PORRETA 1986
nº 2073
Rio, 26 de julho de 2007


AS SETE MARAVILHAS DO RIO DE JANEIRO
segundo o Balaio

1. Maracanã
2. Arcos da Lapa
3. Igreja da Ordem Terceira
de São Francisco da Penitência
4. Jardim Botânico
5. Aterro do Flamengo
6. Real Gabinete Português
7. Avenida Atântica

Menção Honrosa:
Mosteiro de São Bento
Museu de Arte Moderna
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Pires de Almeida
Palácio da Cultura
Cristo Redentor
Cinema Odeon
Paço Imperial
Parque Lage
Palácio do Catete
Pão de Açúcar
Paço Imperial
Engenhão


GLOSSÁRIO CARIOCA DOS ANOS 40 DO SÉCULO PASSADO
[ Cf. Raul Pederneiras, 1946,
in O Rio de Janeiro em prosa e verso, 1965 ]

Abarbado : Embaraçado. Atrapalhado. Atordoado.
Afinfar : Bater. Espancar.
Almoço-de-assovio : Café com leite, pão e manteiga.
Arame : Dinheiro.
Azeiteiro : Namorador. Conquistador.
Bachicha [no submundo] : Estrangeiro.
Baile : Conflito.
Barata : Automóvel pequeno.
Chupar uma barata : Ficar furioso.
Caganinfância : De baixa estatura. Tipo sem valia.
Catedrático : Chope duplo.
Disga : Penúria. Má sorte. Desgraça.
Doutor : Urinol.
Engolideira : Garganta.
Chamar nas engolideiras : Surrupiar.
Entupigaitado : Embaraçado. Complicado. Atrapalhado.
Esbórnia : Orgia. Má vida. Devassidão.
Estácio [no submundo] : Vítima de furto.
Falar francês : Ter dinheiro. Cheio da grana.

[ Continua na próxima semana ]


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
666 livros indispensáveis (25c / 111 )

Um passeio pela Cidade do Rio de Janeiro [1862 e 1863], de Joaquim Manuel de Macedo. Rio de Janeiro ; Belo Horizonte : Livraria Garnier, 1991, 362p. /Ilustrado/ [] Do autor de A moreninha e O moço loiro, um dos livros fundamentais para se conhecer a história do Rio até 1860. Em estilo agradável, simples e objetivo, com preciosos toques jornalísticos que levam em consideração informações históricas, geográficas, sociais e humanas, trata-se de um livro valioso - e não só para os cariocas. O capítulo sobre o Palácio Imperial, por exemplo, é excelente.

Memórias da Cidade do Rio de Janeiro [1955], de Vivaldo Coaracy. Rio de Janeiro : José Olympio, 1965, 558p. /Ilustrado/ [] Igualmente fundamental, igualmente gostoso de se ler. Os capítulos, sempre bem documentados, já dizem de seu valor: A Praça Quinze, O Rossio (a atual Praça Tiradentes, onde ficavam os cabarés de antigamente), o Largo da Carioca (em destaque: a Ordem Terceira da Penitência e sua Igreja), A Praça da República, as Velhas Ermidas, as Igrejas Antigas, As procissões, Os escravos, A Baía. E uma relação de ruas [cf. o livro de Brasil Gerson].

O Rio antigo do fotógrafo Marc Ferrez; paisagens e tipos humanos do Rio de Janeiro, 1865-1918, de Gilberto Ferrez. Pref. Pedro Nava. São Paulo : Ex Libris, 1985, 222p. [] Dizer que se trata de uma obra maravilhosa, com suas dezenas de fotografias quase sempre antológicas, é pouco. "Mas adianta explicá-la? Que vale a palavra descolorida diante dessas coisas prodigiosas que são a luz e a forma? ... Que cada um folheie com atenção este álbum precioso - relíquia do gênio de um fotógrafo que soube ser pintor e escultor como os seus maiores" (Pedro Nava).


UM BLOGUE PORRETA

CopacabAna de Toledo
.
Uma viagem lírica e sentimental
à procura da Copacabana mitológica
dos velhos carnavais, monumentos, ruas
e seus reclames, seus tipos, suas surpresas.

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Oh! sim, as ruas têm alma! Há ruas honestas, ruas ambíguas, ruas sinistras, ruas nobres, delicadas, trágicas, depravadas, puras, infames, ruas sem história, ruas tão velhas que bastam para contar a evolução de uma cidade inteira, ruas guerreiras, revoltosas, medrosas, esplinéticas, esnobes, ruas aristocráticas, ruas amorosas, ruas covardes que ficam sem pinga de sangue... (João do RIO /Paulo Barreto/, Alma das ruas cariocas [1908], in O Rio de Janeiro em prosa e verso, de Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, orgs. Rio de Janeiro : José Olympio, 1965, p.147)

7 comentários:

Anônimo disse...

Moacy, sempre tive fascínio pelo Rio com a dobradinha montanha-mar, duas coisas que adoro! Mas só vi o Rio ao vivo pela janela do avião e posso garantir: com todas aquelas luzes parecia um chão de estrelas. De resto, contento-me com o Rio de Janeiro das aberturas das novelas e dos blogues de gente apaixonada pela cidade maravilhosa... estou presa a compromissos que não me permitem sair mais do que uma semana de Natal. E agora, na minha idade, não me contento com uma semana... preciso de mais tempo para sentir, preciso de mais tempo para ver.Mas tudo tem a sua hora.
Um abraço, Lisbeth

Anônimo disse...

Realmente não me canso de ser carioca, de amar essa cidade, de admirar cada canto e recanto, de conhecer Ana de Toledo de abraço verdadeiro, de pisar na areia de Copa há muito tempo.
Linda homenagem
noite tranqüila,
beijos

Marcelo F. Carvalho disse...

Uma pena o Rio estar mergulhado em tanta violência e incompetência administrativa, mas, sim, ele continua lindo. Os arcos da Lapa acompanhado a um Chope, à noite; o Alto da boa vista e a floresta da Tijuca, Leblon, Urca... Enfim.

Anônimo disse...

Me emocionou sua homenagem à minha cidade. Às vezes, a gente que mora aqui, esquece quão bom é fazer parte dela. Não bastasse tudo o que você citou, o alvorecer da foto já falaria por si só.
Adorei me reencontrar com o Rio aqui.
Abraços,
Isabella

Anônimo disse...

Ô coisa boa esse amigo porreta!!!
Um beijão carioca todo orgulhoso e mui agradecido!

Anônimo disse...

Ruas são ruas,como outras que passeiam nuas.É uma cadeia velha na esquina, um rio das cobras, uma igreja e um padre celebrante que não permite moça pintada e decotada assistir missa santa.Um coreto,uma difusora e um banco na praça pra namorar.Um grupo escolar,um soldado da cor de chocolate e um homem bem alto do tamanho de Jesuíno e um menino ao lado dele, pegando bargens de algaroba no chão da praça pública. Só pode ser uma rua dentro de um jardim. Geraldo de Caicó.

Anônimo disse...

Geraldo de Caicó (wwww.geraldoanizio.zip.net)

Moacy conterrâneo de minha querida mãe, se você morou em Jardim do Seridó nos anos 60, prontamente saberá que sou Geraldo Anízio, amigo de Gildo e filho do Sgt. Manoel Anízio que trabalhou na época.(eu tinha 10anos de idade)Solicitaria ao amigo uma relação das sete maravilhas de Jardim do Seridó. As duas Igrejas(não me recordo os nomes, O grupo Escolar, o quartel de polícia, e outros de suma importância para a história de Jardim do Seridó. Obrigado pela atenção. Veja no site: www.geraldoanizio.zip.net até lá!