sábado, 25 de agosto de 2007


Grandes momentos do cinema:
Sunrise / Aurora (F.W. Murnau, 1927).
Com magistral fotografia de Karl Struss e Charles Rosher, interpretado por Janet Gaynor, George O'Brien e Margaret Livingston, trata-se de um melodrama sensível e arrebatador (para os padrões românticos da época). A história de um triângulo amoroso que termina em tragédia. Para muitos, o maior filme da história do cinema mudo. E um dos maiores filmes de todos os tempos.


BALAIO PORRETA 1986
nº 2102
Rio, 25 de agosto de 2007



POEMA de
Cristina Bastos
[ in Decerto o deserto, 1992 ]

Carrego um mar
No corpo

Um porto
No peito.

Quando a viagem instiga
Meus olhos fecham o mundo
E sonham.


Cinema
O MELHOR DOS ANOS 50
segundo Moacy Cirne
[ para a Liga dos Blogues Cinematográficos ]

1. Hiroshima, meu amor (Resnais, 1959)
2. Contos da lua vaga (Mizoguchi, 1953)
3. A palavra (Dreyer, 1955)
4. Pickpocket (Bresson, 1959)
5. A princesa Yang Kwei Fei (Mizoguchi, 1955)
6. A marca da maldade (Welles, 1958)
7. Rastros de ódio (Ford, 1956)
8. Um condenado à morte escapou (Bresson, 1956)
9. Morangos silvestres (Bergman, 1957)
10. O grito (Antonioni, 1957)
11. Rio Bravo (Hawks, 1959)
12. Acossado (Godard, 1959)
[ para a Liga, um filme de 1960 ]
13. Diário de um padre de aldeia (Bresson, 1950)
14. As férias do Sr. Hulot (Tati, 1953)
15. Johnny Guitar (Ray, 1954)
16. Cantando na chuva (Kelly & Donen, 1952)
17. O salão de música (S. Ray, 1958)
18. A carruagem de ouro (Renoir, 1952)
19. Cinzas e diamantes (Wajda, 1958)
20. Crepúsculo dos deuses (Wilder, 1950)
21. Era uma vez em Tóquio (Ozu, 1953); 22. Senso (Visconti, 1954); 23. Janela indiscreta (Hitchcock, 1954); 24. Othello (Welles, 1952); 25. Vertigo (Hitchcock, 1958); 26. Os amantes crucificados (Mizoguchi, 1954); 27. Rashomon (Kurosawa, 1950); 28. Glória feita de sangue (Kubrick, 1957); 29. Viver (Kurosawa, 1952); 30. Quanto mais quente melhor (Wilder, 1959); 31. Meu tio (Tati, 1958); 32. Shadows (Cassavetes, 1959); 33. Velhas lendas tchecas (Trnka, 1953, animação); 34. Noite e neblina (Resnais, 1955, curta).


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS
(29a / 111)

Cinema, arte e ideologia, por A. Roma Torres (sel. & int.). Porto : Afrontamento, 1975, 274p. [] Ótima seleção de textos e entrevistas. Entre os primeiros, artigos de Amengual, Bazin, Metz, Tavernier, Comolli e outros. Entrevistas com Bresson, Rouch, Rossellini, Glauber Rocha, Solanas, Straub ("Com um filme é preciso surpreender as pessoas, surpreendê-las no sentido em que não vejam as coisas com óculos", p.175; "Não é com palavras poéticas que se faz poesia", p.176; "Se um filme não serve para abrir os olhos e os ouvidos das pessoas, para que serve?", p.183). Uma leitura do mundo à esquerda. Como, acredito, convém. Desde que não seja uma leitura sectária ou sem fundamentação crítica, acrescente-se.

As maravilhas do cinema, de Georges Sadoul. Lisboa : Publicações Europa-América, s/d, 296p. [Livro adquirido em São Paulo, em dezembro de 1959] Reconheço: o seu valor, hoje, em minha biblioteca, é puramente afetivo. Trata-se de uma introdução, bastante datada, dos principais procedimentos técnicos que fazem o cinema e a sua indústria, do tipo Os mistérios dos estúdios e Como se prepara e se termina um filme. Mas há dois capítulos bastante curiosos, analisados hoje: O cinema do futuro e Panorama do cinema mundial contemporâneo. Leia-se, aqui: "No Brasil, onde a frequência dos cinemas está em plena expansão, Hollywood ocupou muito tempo 80% a 90% dos programas e velou ciosamente pelo seu monopólio, porque este país era o seu terceiro cliente mundial. ... No Brasil, como na Argentina, basta uma centelha para que a arte do filme tenha amanhã um desenvolvimento notável" (p.241-42).


UM BLOGUE PORRETA

Filmes do Chico, de Chico Fireman.
A compreensão do cinema através de análises objetivas.
Informações variadas sobre diretores e filmes.

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O Mestre disse: "Merece ser um professor o homem que descobre o novo ao refrescar na sua mente aquilo que ele já conhece". (CONFÚCIO. Os analectos. Trad. Caroline Chang e D.C. Lau. Porto Alegre : L&PM, 2006, p.70)

7 comentários:

Anônimo disse...

Oi Moacy, obrigado pela indicação! Abraço!

www.interney.net/blogs/filmesdochico

celia.musilli disse...

belo poema da Cristina barros. Obrigada pela força lá no blog..um dia eu volto. beijoss

Anônimo disse...

Caro Moacy,
Já vi "Aurora" mais de uma vez, se não me engano. Gosto dele, mas com moderação. Talvez seja, de fato, um dos maiores filmes do cinema mudo, mas ele não conseguiu ainda me empolgar. Quem sabe se não mudo de opinião numa nova visão? Um abraço.

Anônimo disse...

Dia convidativo pra um bom filme.
Bem bacana o poema de Cristina Barros e absolutamente correta a citação do sábio Confúcio.
Fim de semana de luz pr'ocê. Beijo.

Fernanda Passos disse...

O poema da Cristina é fantástico Moacy. Vou conhecer agora mesmo o blog dela. Como sempre, seu senso estético impera.
Bom final de semana.
Bjs.

Fernanda Passos disse...

Ops! Vi que não tem link para chegar a té a Cristina. Não faz mal. Vou procurar por essa poeta. Conhecer mais de seus escritos.
Bjs.

Anônimo disse...

Moacy,
adoro seus comentários sobre cinema... o meu filho mais novo, Miguel, que tem apenas seis anos, adora cinema. Sabe que ele guarda numa caixa de sapatos a roupa que mais gosta "para ir ao cinema"?
Um abraço, Lisbeth