quinta-feira, 3 de abril de 2008


A arte de Marc Chagall:
A dança e o circo,
de 1950,
o ano de
Diário de um pároco de aldeia (Bresson),
Rashomon (Kurosawa),
Crepúsculo dos deuses (Wilder),
O rio sagrado (Renoir),
No silêncio da noite (Ray),
A malvada (Mankiewicz),
O segredo das jóias (Huston),
O cão sem plumas (João Cabral)
Crônicas marcianas (Bradbury),
Peanuts (Schulz).


BALAIO PORRETA 1986
n° 2271
Rio, 3 de abril de 2008



ALGUNS PAPÉIS
Henrique Augusto Chaudon
[ in Poemas. Niterói, 2005 ]

Na terceira gaveta
a contar de cima
à esquerda da escrivaninha
guardo esperançoso alguns papéis.
Há também uma caixa de fotografias
quase antigas:
ensolaradas, cheias de vento, cheias de mar.
Nos papéis
escrevi poemas que penso um dia publicar
se eu for capaz de alguns reparos.
Quanto às fotografias
às vezes sinto que me chamam na noite
e já nada mais posso fazer.


FALTA POUCO PARA O ITANS SANGRAR

Informa-nos Robson Pires que o Itans poderá sangrar ainda hoje, possivelmente à tarde, o mesmo acontecendo com o Boqueirão, de Parelhas. Às 8:28h faltavam apenas 37 centímetros para que o açude-símbolo de Caicó sangrasse (através de seus sangradouros, que desemborcam no Rio Barra Nova, e não por cima de sua parede, como nos casos do Gargalheiras e da Passagem das Traíras). Construído em 1932-36, com uma capacidade de 80 milhões de metros cúbicos de água - e cuja primeira sangria deu-se no inverno de 1940; a mais recente, no de 2004 -, o Itans é mais do que um açude: é uma referência sentimental para toda a cidade, assim como simbólico é o Poço de Santana. Quando ele começa a pegar água pra valer, como agora, os caicoenses entram em delírio, entre o sagrado e o profano. E a cidade se transforma na Caicó de Todos os Sonhos.

Um comentário:

Henrique Chaudon disse...

Caro Prof. Moacy:
Só hoje descobri o Balaio eletrônico e tive a grata satisfação de encontrar um meu poema aqui estampado. Valeu!
Demorei a lhe enviar meu livro, mas vejo que ele foi bem chegado.
Vou colocar o Balaio 1986 em meu balaio de favoritos!
Grande abraço, Henrique.