quinta-feira, 15 de janeiro de 2009


Rio de Janeiro

Foto
de
Ana de Toledo


BALAIO PORRETA 1986
n° 2537
Rio, 15 de janeiro de 2008

Foi apenas depois do fracassado levante comunista de 1935 que o Governo de Vargas conseguiu o completo controle sobre os sindicatos. Aquela data passou à História como o momento trágico em que a classe operária brasileira, na defensiva desde as primeiras horas da ascensão de Vargas ao Governo, perde completamente sua independência sindical. Dezenas de sindicalistas são presos ou mortos. ... Finalmente, com o golpe de 1937 [que daria origem ao Estado Novo] consolidava-se definitivamente a subordinação dos sindicatos ao
Ministério do Trabalho.

(Moacy CIRNE. A crise do sindicalismo livre,
in Estudos Políticos, n° 1, Rio, jan-fev. 1982)


A POESIA DE UM JOVEM PALESTINO ANÔNIMO
DECLAMADA NUMA CINZENTA MANHÃ DE 1936
POUCAS HORAS ANTES DE MORRER ENFORCADO
[ in Poesia palestina de combate ]

Ó noite
Deixa que o prisioneiro termine seus lamentos...
Não creias que é o medo que provoca as lágrimas
se choro é por minha pátria
e pelas crianças que deixei em casa
Quem lhes dará pão depois de mim?
se, antes de mim, meus dois irmãos
foram também
enforcados...


XLIX
Romério Rômulo
[ in Sociedade dos Poetas Vivos, 2, org, Blocos, 1992 ]

Se de repente te olho
Na transversal do meu sonho
Bebo delírios aos montes
De 4 em 4 te ponho.
Vejo curvas, horizontes
E a mente crespa desfolha
Poemas e bacanais.


SOU UM GRITO DE LIBERDADE
Anônimo
[ in Poesia palestina de combate ]

Não importa o que tiram de mim.
Eles não podem tirar a minha identidade,
ou a minha dignidade.
Sou um palestino.


RECOMENDAMOS

O sítio eletrônico da Fundação Astrojildo Pereira,
quase sempre com artigos interessantes.
Entre os mais recentes textos editados figuram:
Barack Obama e o Brasil, por Zulu Araújo;
Discurso de posse de Euclides da Cunha na ABL;
Viva e seja mais devagar, por Maria Cristina Britto.

9 comentários:

Jens disse...

Oi Moacy.
O texto sobre A crise do sindicalismo livre não está disponível na web? O aperitivo despertou meu apetite.
***
No momento, me recuso a falar sobre os assassinatos em massa na Faixa de Gaza. Meu senso de indignação está em recesso em nome da saúde mental. Prefiro ficar com a histórias de Maria Bunita e o humor bem escrito do Gerdo. São mais saudáveis e adequados ao meu estado de espírito atual. Acho que estou perdendo a capacidade de me estarrecer com as crueldades dos homens.
Um abraço.

Mme. S. disse...

Só uma coisa a dizer: o Balaio é uma botija.
Um beijo

(... e adorei o seu poema lá no meu bicho)

nydia bonetti disse...

Oi, Moacy
Vim agradecer tua visita ao Longitudes e conhecer teus blogues. Muito bons, gostei demais. Claro que pode publicar o Mínima, será um prazer ver um poema meu aqui. E este poema de Romério Rômulo, que beleza. Grande poeta o RR.
Abraços
Nydia

Anônimo disse...

Uma maravilha esse Rio nosso, não é?
Grande beijo

Anônimo disse...

moacy:
muito obrigado,mais uma vez.
romério

jose disse...

Obrigado pela visita.

Adrianna Coelho disse...


moacy,

esse post é uma surpresa, porque une a beleza ao horror (da guerra), mostra história e paisagem (tbm histórica).

revela indagações, certezas, indignações, desejos e constatações...

mostra o rio de janeiro bonito (por natureza)

e ainda me faz lembrar que no sábado alguns daqui se reunirão...

meus sentimentos são vários!

beijos

SAM disse...

Moacyr,



de férias, mas sempre presente em blogs interessantes que já me honraram com visitas no meu cantinho virtual .

Linda fotografia de Ana de Toledo. As poesias palestinas conhecia e a de Romério Rômulo conheci neste post apropriado e de saber. E obrigada pela dica do site. Adorei!



Grande abraço!

Anônimo disse...

Querido Moacy, estou muito agradecida a você pela gentileza de divulgar o meu trabalho! bjs.