sexta-feira, 10 de abril de 2009

Chuva no Sertão
Foto de
Alexandro Gurgel
in


BALAIO PORRETA 1986
n° 2624
Natal, 10 de abril de 2009

O poema é a sede que o desejo de uma sede maior sacia.
Num poema, o eco é tão importante quanto o silêncio.
(Edmond JABÈS [1912-1991], trad.-homenagem: Max Martins)


10 POETAS POTIGUARES
Jarbas Martins

1. Ferreira Itajubá
2. Jorge Fernandes
3. Homero Homem
4. Zila Mamede
5. Nei Leandro de Castro
6. Sanderson Negreiros
7. Henrique Castriciano
8. João Lins Caldas
9. Miguel Cirilo
10. Iracema Macedo

10 POETAS POTIGUARES
Manoel Onofre Jr.

Auta de Souza
Ferreira Itajubá
Jarbas Martins
Jorge Fernandes
Homero Homem
Luís Carlos Guimarães
Nei Leandro de Castro
Paulo de Tarso Correia de Melo
Sanderson Negreiros
Zila Mamede

10 POETAS POTIGUARES
Tetê Bezerra
[ in Substantivo Plural ]

Diva Cunha
João Batista de Morais Neto
Adriano de Sousa
Ada Lima
Marize Castro
José Bezerra Gomes
Zila Mamede
Nivaldete Ferreira
Luís Carlos Guimarães
Iracema Macedo


MEDO DE AMAR
Denizis Trindade
[ in , 1996 ]

eu queimo fumo
dô uma trepada
saio do prumo

perco meu rumo
e apaixonada
eu fujo e sumo


LIMIAR
Carlito Azevedo
[ in Sob a noite sólida, 1996 ]

A via-láctea se despenteia.
Os corpos se gastam contra a luz.
Sem artifícios, a pedra
acende sua mancha sobre a praia.
Do lixo da esquina partiu
o último voo da varejeira
contra um século convulsivo.


POEMA
Moacy Cirne
[ in Balaio, n° 888, de 08/09/1996 ]

teus horizontes
quero lamber teus incêndios teus crepúsculos teus
delírios teus silêncios quero
lamber teus gemidos
teus morangos teus sonhos teus desejos
teus mistérios quero
lamber
tuas planícies tuas auroras tuas acácias
tuas alegrias
tuas luas
tuas alegorias
tuas carnes tuas palavras
eu quero


Humor
UMA HISTÓRIA DE MANGUINHA
Sandro Moreyra
[ in Histórias do futebol, 1998 ]

Num coquetel de homenagem, a senhora de um diretor, meio entrada em anos, mas que fazia força para parecer jovem, teve a infeliz ideia de perguntar a Manga [goleiro do Botafogo, Nacional e Internacional, e da seleção brasileira]:
- Quantos anos o senhor me dá?
- Não dou nenhum, pois a senhora já tem bastante - foi a resposta grossa, porém sincera, do nosso sutil Manguinha.

5 comentários:

Beti Timm disse...

Primeirona!

Por isso é bom ser as vezes curujona!

Como sempre vim pegar unm poema aqui, e hoje fico com o do Mestre Moacy, que nos deu a honra de dividir uma obra prima sua, e muito linda por sinal. Tô levando e vou adornar meu cantinho com essa lindeza!

Beijos carinhosos

Unknown disse...

Bom dia, Moacy!

"NUM POEMA UM ECO É TÂO IMPORTANTE QUANTO O SILÊNCIO"

E hoje, você nos presenteou no seu poema com ecos e silêncios harmoniosamente distribuídos.

Parabéns!

Como sempre tudo perfeito!
A fotografia, impressiona!

Beijos

Mirse

Ines Mota disse...

Bom dia, Moacy.
Seu blog hoje tá lindo. Adorei seu poema. ótimo também o poema do Carlito Azevedo.
Ah, e a imagem!!!!... senti o cheiro da chuva... o ronco do trovão ...o clarão do relâmpago.
Beijos. Boa Páscoa.(Se crês)

Mariana Botelho disse...

ótimo poema, Moacy!

Cosmunicando disse...

a chuva no sertão parece fúria do senhor das alturas, Moa!

amei o teu poema =)

beijos