domingo, 29 de novembro de 2009

África dos nossos amores:
Amanhecer no Saara.
(Decerto, o amanhecer no Ceará será igualmente portentoso.)
Foto de A. Blok


BALAIO PORRETA 1986
n° 2854
Natal, 29 de novembro de 2009

melhor construir gestos
que cultivar palavras vazias.
(Sheyla AZEVEDO, A cor do dia, in Bicho Esquisito)


DA CAICÓ PARA NATAL

O livro editado pelo Sebo Vermellho sobre os 50 Anos do Bar de Ferreirinha (por Roberto Fontes & Pituleira), lançado ontem em Natal, no Terraço Petiscos e Grelhados, ponto de encontro da colônia caicoense na capital natalense, fez o maior sucesso. Mais uma vez. Pois é, uma ruma de gente prestigiou o evento. Infelizmente, em processo de recuperação de uma cirurgia que me abateu na segunda-feira, não pude comparecer.
Maiores informações (e fotos) podem ser obtidas aqui.


DO QUE PASSOU
Lara de Lemos
[ in Dividendos do tempo. Porto Alegre, 1995 ]

Não me tragam memórias
de velhos tempos idos.

Deixem-me a sós comigo.

Cada poema tem o seu motivo,
cada gota de vinho tem seu travo
que não se repete noutro copo.

É preciso degustá-lo
sem agravos
e esquecer o que não foi bebido.


Diretamente do Bar Papo Furado
TEATRO RÁPIDO
Millôr Fernandes

O Capitalismo mais reacionário

Tragédia em um ato
Personagens: o patrão e o empregado
Época: atual

ATO ÚNICO

Empregado: – Patrão, eu queria lhe falar seriamente.
Há quarenta anos que trabalho na empresa e até hoje só cometi um erro.

Patrão: – Está bem, meu filho, está bem. Mas de agora em diante tome mais cuidado.

(Pano bem rápido)

14 comentários:

marilia disse...

Como se vê da tragédia, os patrões de hoje são muito mais razoáveis que os de outrora...
hehehe

;)

líria porto disse...

dureza é tratar empregado por meu filho! o ato de reduzir o trabalho transparece nas menores atitudes.

(e que foto linda!)
besosssssss

Unknown disse...

Balaio de domingo com o Millor ainda genial. E Lara com a dor que passou, mas que nunca passa.

Anônimo disse...

Moacy, boa recuperação. Precisamos de saúde e alegria. É o que você nos proporciona diariamente.

Saúde ao Balaio!

Edjane

Marcelo Novaes disse...

Moa,

Lara de Lemos sabe que não se tomas o mesmo vinho duas vezes.


Com contido e elegante "humor", Millor rasga o pano da cena.







Abração,









Marcelo.

Jens disse...

Abaixo o capitalismo!

Um abraço e um bom domingo.

nydia bonetti disse...

Tudo muito bom hoje por aqui, Moacy, mas este poema de Lara mexeu comigo. :)

boa semana! beijo.

Carito disse...

decerto, o amanhecer do nosso vizinho se(a)rá assim tão belo... mas por aqui também ficamos nesse estado - de rn e de espírito - estampado nas barcanas da áfrica potiguar das dunas do rosado...

Laura Pires disse...

Fique bom amigo
precisamos de voce
mas, recupere
Ficaremos aqui torcendo
Com muita alegria
na certeza de outras folias

Anônimo disse...

Oi cara, que bom vc aqui de novo.A galera do Bar de Ferreirinha ficou muito feliz com sua volta.Boa recuperação e muita saúde.Tudo de bom pra vc.

Pedrita disse...

gostei do que passou. beijos, pedrita

Adriana Riess Karnal disse...

Moacy,
vc nos traz o melhor da web...adorei a Lara Lemos...

Hercília Fernandes disse...

Moacy,

passando para atualizar a leitura e me elevar com as belezuras do Balaio. Mais um belo número!

Um forte abraço, meu querido.

Beijos :)
H.F.

nina rizzi disse...

Moacy,

há pucos quilômetros da praia do fututo, no Mucuripe (que já rendeu musica) existe uma das coisas mais belas do mundo e, salvo engano, só há aqui no Siará Grande (como chamavam até incício do século XIX): num mesmo ponto do mar, à leste: costa do sol nascente; à oeste: costa do sol poente. Quando o sol nasce e se põe e como se ele fosse engolido pelo mar. Um belíssimo espetáculo da natureza, tanto quanto essa Saara que gostava muito de estar e que já "sonho".

Gostei demais :)
beijo.