terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Será que os cineastas não têm uma compreensão mais realista da política? Provavelmente. Mas atualmente, eles não se detêm em captar o conjunto de um fenômeno político, nem apreender a significação política do conjunto da sociedade. Eles se preocupam principalmente em interrogar as possibilidades de ação política que tem um homem de seu meio. A política então se reduz àquilo que este homem entende por política. O espectador ... não tem acesso direto ao fenômeno político; ele só tem acesso àquilo que uma consciência considera político. (Jean-Claude BERNADET /1968/. Trajetória crítica. São Paulo: Polis, 1978, p.121)



BALAIO PORRETA 1986

n° 1948

Rio, 6 de fevereiro de 2007

Poema/Processo, 40 anos

Contato: balaio86@oi.com.br



ZINGU!: MAIS UM NÚMERO NO ESPAÇO VIRTUAL

Editada por Matheus Trunk e Gabriel Carneiro, a revista Zingu! atinge a 5ª edição, cada vez mais provocadora, cada vez mais instigante, cada vez mais necessária. Neste número, o de fevereiro, há um Especial Carlos Motta e há um Dossiê Luiz Gonzaga dos Santos. E há, claro, o resgate da coluna crítica de Rubem Biáfora, um dos principais ídolos dos jovens cinéfilos que editam a Zingu! Mas também vale a pena ler os artigos de Gabriel Carneiro sobre As vinhas da ira (Ford), de Daniel Salomão Roque sobre Ranxerox (quadrinhos praticamente desconhecidos do grande público, e que são ótimos), de Andréa Ormund sobre À meia-noite levarei sua alma (José Mojica). Enfim, no mundo virtual, estamos diante de uma das principais publicações alternativas, no que diz respeito ao cinema & linguagens similares.


POEMA DE MAX MARTINS (PA)

O amor ardendo em mel

Morder
! morder o
hímem adocicado
-- frêmito de lâmina
entre duas coxas
do polo ao pólem.
E o apolo laminar morder
Morder os bicos dos figos
antes que murchos
antes dos dentes
sempre morder
e jamais sugar
da lua a sua ferrugem.
Morder somente a sua semente
antes de agora
antes da aurora
morder
e arder em mel
o amor.

[ in
Anti-retrato
/1960/,
republicado em Não para consolar /1992/ ]



Humor / Repeteco
DAS LEIS

Extraído do blogue Cinzas de Batalha [desativado]
de MARCELO BATALHA

Essa eu acabei de receber de uma amiga, e pode ser apenas um Hoax. Mas chegou como sendo uma história real e que ganhou o primeiro lugar no Criminal Lawyers Award Contest, e ao menos é 'divertida', da séria série Rir Para Não Chorar ou, se preferirem Só nos EUA Mesmo...

Um advogado de Charlotte, NC, comprou uma caixa de charutos muito raros e muito caros. Tão raros e caros que colocou-os no seguro, contra fogo, entre outras coisas.

Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado entrou com um registro de sinistro contra a companhia de seguros.

Nesse registro, o advogado alegou que os charutos "haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios". A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: que o homem havia consumido seus charutos da maneira usual.

O advogado processou a companhia... E GANHOU. Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia de seguros que a ação era frívola. Apesar disso, o juiz alegou que o advogado 'tinha posse de uma apólice da companhia na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e, também, que eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável' e que, portanto, ela estava obrigada a pagar o seguro. Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou US$ 15.000 ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos incêndios.

Agora, a melhor parte...

Depois que o advogado embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou, e fez com que ele fosse preso, por... 24 incêndios criminosos!

Usando seu próprio registro de sinistro e seu testemunho do caso anterior contra ele, o advogado foi condenado por incendiar intencionalmente propriedade segurada e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de US$ 24.000.

Verdadeira ou não, e se fosse aqui no Brasil, como terminaria essa história?


UM DISCO PORRETA
Time out ,
de Dave Brubeck Quartet
[ Columbia CK 40585 (grav. 1959) ]

6 comentários:

Anônimo disse...

Meu querido, meu menino...pode sim, publicar aqui nesse seu cantinho tão gostoso o texto "Meu menino". Só pesso que, junto, publique autoria e fonte. E continue me visitando, sempre! Delícia é a presença de vocês.

Beijos, beijos

Felícia.

Anônimo disse...

Cara Felícia: Não precisaria pedir. Trata-se de uma questão ética: autoria (sobretudo) e fonte são essenciais na divulgação de qualquer trabalho no Balaio. Um abraço.

Iara Maria Carvalho disse...

Moacy amigo...
Não sei como agradecer a extensão de suas palavras e de sua sensibilidade na sua última visita na minha Janela. De fato, sinto-me lisonjeada, embora não acredite que tanto mereça...
Sua generosidade me é admirável e sua amizade me é cara.
Sem mais palavras,
um abraço grande daqui de nossa terra!
Iara Maria

Anônimo disse...

opa! e aí Moacy! Passei para avisar que reativei o blog depois de um tempo parado por causa da faculdade. Aguardo sua visita, abraço!

Anônimo disse...

Moacy, obrigado pela propaganda e pelo destaque ao meu texto!

Anônimo disse...

Fala, Moacy! Faz um tempo que estou tentando deixar comentário aqui e não consigo, vamos ver se agora dá certo!
O novo endereço está ótimo, com um visual bem mais acolhedor. Parabéns e longa vida ao Balaio Porreta 1986 :)
E, claro, obrigado pela divulgação de mais um número da Zingu!
Um abraço!