domingo, 2 de dezembro de 2007


Eis-me aqui, no dia 29 de novembro,
no km 0 da BR-101
(ao fundo, a Praia de Touros),
ao norte de Natal:
eis-me aqui,
entre o sonho e a paixão.

Foto: Fátima Arruda


BALAIO PORRETA 1986
nº 2176
Rio, 2 de dezembro de 2007



(RE)LEITURAS DO MOMENTO

A Bíblia - Uma biografia
, de Karen Armstrong. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2007, 278p. /Coleção Livros que Mudaram o Mundo/

A origem das espécies de Darwin - Uma biografia, de Janet Browne. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2007, 182p. / Coleção Livros que Mudaram o Mundo/

Revendo Itajubá, de João Batista de Morais Neto. Natal : Sebo Vermelho, 2007, 42p.

Gaudí, la vida de un visionario [1999], de J. Castellar-Gassol. Barcelona : Ediciones de 1984, 2005, 142p.

A boa sorte de Solano Dominguez, HQ de Wander Antunes & Mozart Couto. Rio de Janeiro : Desiderata, 2007, 48p.


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS

Mais provençais, de Arnaut Daniel e Raimbaut d'Aurenga. Trad., intr. e notas Augusto de Campos. Ilha de Santa Catarina : Noa Noa, 1982. [] Edição bilingüe, com apuro e elegância de ordem gráfica, incluindo 18 canções de A. Daniel e duas de R. d'Aurenga, poetas que expressam, como poucos, a arte provençal. (Há uma edição revista e ampliada pela Companhia das Letras, de 1987.) Para maior encantamento, sugerimos que a sua leitura seja efetuada ao som dos discos Troubadours/Cantigas de Santa Maria, por René Clemencic/Clemencic Consort [Harmonia Mundi 2901524.27], Trouvères, por Sequentia [Deutsche Harmonia Mundi 77155-2-RC] e/ou Cansós de Trobairitz, por Jordi Savall/Hespèrion XX [EMI Reflexe C065-30.941].


SE VEJO FOLHA E FLOR E FRUTO
/fragmento/
de Arnaut Daniel (séc. XII)
Trad. Augusto de Campos

Amor me leva ao seu reduto,
ao seu castelo mais fiel,
sem exigir renda ou tributo,
pois me faz rei em vez de réu
da fortaleza de que é o senhor,
que por fidelidade é defendida,
a fé protege e a cortesia orna.

Amor, abrigo te reputo
de altas virtudes. Teu anel
já não refugo nem refuto,
que amar me sabe como mel.
Por isso conto com o teu favor
para colher a flor mais escolhida
da aura da aurora à hora que retorna.

É tão veraz, tão absoluto
o Amor que me leva ao céu,
que erros ou males não discuto,
não temo o falso com seu fel
nem dou ouvido ao vil adulador,
pois amo e me ama a minha preferida
e maldizer algum já me transtorna.

5 comentários:

o refúgio disse...

Moacy & Fátima,
Eita amor grande!
Lindo poema!

Beijos, Menino.

Dilberto L. Rosa disse...

Bel�ssimo post, caro Moacy! Sempre me imagino nesses marcos zero, a dar in�cio a algo maior que eu... Gosto de viajar pelas estradas... Lindo poema, perfeito! Forte abra�o! Tem novidade nos Morcegos!

Anônimo disse...

Parabéns pelo aBc! Ah, o autor aparece finalmente!

Grande abraço.

Milton Ribeiro disse...

Anônimo? Eu? Por quê?

Milton Ribeiro.

AB disse...

Tenho umas poucas fotos de marco zero. E uma do fim do mundo!!!
Adorei a foto!