domingo, 20 de janeiro de 2008


Cartaz
in
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BALAIO PORRETA 1986
n° 2210
Rio, 20 de janeiro de 2008



POEMETO IRÔNICO
de Bruno Gaudêncio
[ in Mal Estar Imperfeito ]

Deus existe.
Mas está escondido
Na música de Bach.

O diabo existe.
Mas está escondido
Na música de Bar.


POEMA
de Tati F.
[ in Crânio e Gavetas ]

É com horror
e alegria
que percebo:

a menina no espelho
sou eu.


MAPEANDO UM PROJETO
de Romário Gomes
[ in ACCAS na Net ]

sou um poeta/processo
quando prefiro uma aurora a um crepúsculo
quando prefiro São José do Seridó a São José da Bonita

são josé (do seridó) em duas mil e sete versões
são josé (da bonita) em noventa e uma mil versões

São José
pintada de
verdeesperança
e
vermelhorevolução


A BIBLIOTECA DOS MEUS SONHOS

Ficção completa, poesia & ensaios, de Edgar Allan Poe. Trad. Oscar Mendes & Milton Amado. Rio de Janeiro : Aguilar, 1965, 1022p. [Volume adquirido em Natal, nos anos 60] Os contos policiais. E os contos de terror e mistérios. As viagens fantásticas e as aventuras fabulosas. Os ensaios e os poemas. Em síntese: um grande Autor, um grande Livro. Entre os contos, há obras-primas que nos parecem indiscutíveis: William Wilson, Eleonora, O retrato oval, O coração dennciador, O barril de amontilado. Há uma novela primorosa: Narrativa de Artur Gordon Pym. Há as várias traduções do poema O corvo. Há outros poemas. E há os ensaios. "A maior parte das viagens fantásticas escritas no século XVIII não são senão artifícios para descrever utopias sociais. A viagem imaginária de Poe tem uma tonalidade mais profunda, mais cósmica. Poe é um aventureiro da solidão" (Gaston BACHELARD. Le droit de rêver [1970]. Paris : PUF, 1973, p.138-9).

5 comentários:

Anônimo disse...

Quanta honra! Quanta beleza na foto, nos poemas e nos sonhos da sua biblioteca, Professor! Século XVIII/ Século XXI: as utopias sociais continuam presentes, diante de auroras, horrores, alegrias e ironias... agressivas/sutis/espantosas ou não. A partir de leituras diversas - embalaiadas, sobretudo. Ah!: duas pequenas chuvas caíram em São José, não muito significantes, mas promotoras de esperanças. OBRIGADO!!!

Anônimo disse...

Muito Obrigado caro Moacyr,
è um prazer ter um poema meuno seu intenso balaio.
Sempre que quiser passiar por meu blog, esteja a vontade,
o seu já esta entre os meus favoritos.
Forte abraço e quando estiver em Campina Grande me comunique.

Jens disse...

Oi Moacy.
Estou voltando às atividades. Reabri o boteco.
Poe? (Brrr...)É dos bons. Assim como os poemas deste post (como tem gente boa poetando por aí. Sorte nossa que tu os dilvuga aqui no Balaio).
Coxuda a foto do post anterior.
Um abraço.

André Renato disse...

O poemeto irônico é demais! Bach realmente nos coloca um pouquinho mais próximos de Deus...

Marco disse...

Tem contos do Poe que eu cito entre os melhores de todos os tempos. Um, chamado "Berenice" (acho que é este o nome), em que ele descreve a paixão pelo sorriso, pelos dentes da moça, é maravilhoso. Carpe Diem.