domingo, 6 de abril de 2008


O Rio Seridó,
de barreira a barreira,
em Caicó,
antes de receber as águas da sangria do Itans
(que alimentam o Rio Barra Nova)


Foto:
Paulo Júnior / Correio do Seridó
in Sem Opção


BALAIO PORRETA 1986
n° 2276
Rio, 6 de abril de 2008


EIS
o seridó de barreira a barreira poemáguas que me lambem amorosamente pamonhas e canjicas do meu sertão caicós sabugis acaris eis o seridó de barreira a barreira morenáguas que me sonham docemente cruvianas e virações da minha infância jardins cruzetas parelhas eis o seridó de barreira a barreira ternuráguas que me auroram magicamente arribaçãs e acauãs da minha solidão jucurutus carnaúbas currais novos eis o seridó barroco imprevisível do cinema pax na praça da liberdade mangas e crepúsculos de ouro branco a são josé do seridó num poema de moacy cirne:
depois da chuva
depois das borboletas
o cheiro da terra molhada
e a vontade de abraçar crepúsculos
e trovoadas
depois dos cajus
depois dos cajás
a festa de sant'ana e as romãs
guardam poentes escandalosos
de vermelhos
e carnavais

2 comentários:

Anônimo disse...

eismoacyrneseridofazendo-seridofazendo-se

o refúgio disse...

Belíssimo poema, Mestre Cisne, ops, Cirne.
;-)
Beijos.